O Exército Americano (US Army) finalmente decidiu qual será o substituto do icônico helicóptero UH-60 Blackhawk, e a Boeing perdeu o contrato.
(Foto: Divulgação/Bell) |
O UH-60 Blackhawk é produzido pela Sikorsky, hoje parte da gigante de defesa Lockheed Martin, e se tornou o substituto definitivo do Bell Huey, que fez história no Vietnã. Assim como seu antecessor, o Blackhawk é multifunção, podendo ser utilizado para transporte de tropas, reconhecimento, içamento de cargas, combate à incêndio, ambulância aérea, resgate em combate, escolta armada e apoio aéreo aproximado.
O Exército dos EUA queria continuar com essas funções em uma nova plataforma, e iniciou em 2019 o programa FLRAA – Aeronave de Assalto de Longo Alcance do Futuro – para substituir o UH-60.
No final, sobraram duas empresas com propostas distintas: a Bell com o V-280 Valor, um multiplano que é avião e helicóptero ao mesmo tempo com uma cauda em “V”, e a Sikorsky com a Boeing, com o SB-1 Defiant, que tem uma fuselagem similar à do Blackhawk, mas conta com motores contra-rotativos e uma hélice propulsora na cauda.
Ironicamente, a Bell e a Boeing são parceiras no único multiplano em operação hoje nos EUA, o V-22 Osprey, que tem uma grande fama de “fazedor de viúvas”, devido ao longo histórico de acidentes que permanece até hoje, em número menor dada a maturidade do projeto.
SB-1 Defiant (esq.) e UH-60 Blackhawk (dir.) (Foto: Divulgação) |
Este conhecimento da Boeing sobre o Osprey, somado à experiência da Sikorsky com o Blackhawk, davam uma certa vantagem ao SB-1 Defiant, mas apenas na teoria, já que a Bell levou a melhor, mesmo com uma aeronave de tamanho maior, algo não tão desejado em helicópteros.
O Exército Americano anunciou na noite de segunda que a Bell ganhou o contrato, sem ainda dar mais detalhes dos motivos. Como qualquer licitação, a proposta que apresentar o menor valor e atingir todos os requisitos, leva o contrato, mas já aconteceu dos militares americanos desclassificarem por critérios técnicos um dos finalistas.
A Bell comemorou a notícia e afirmou estar animada para trabalhar em cooperação com o Exército Americano. Já a Boeing e a Sikorsky não falaram sobre o resultado e se irão pedir uma revisão da decisão.
Via Carlos Martins (Aeroin)
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