quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

'É um milagre', diz dono de avião que sobreviveu à queda em fazenda de Nelson Piquet, no DF

Renato Joner conversou com g1 e contou que houve rajada de vento momentos antes do pouso. Filha, genro, neta e piloto também não se feriram.


O produtor rural e dono do avião que caiu no Aeródromo Nelson Piquet, em Brasília, Renato Joner, conversou com o g1, nesta terça-feira (1°), um dia após o acidente. O homem, a filha, o genro e a neta de dois meses decolaram da Bahia na segunda (31) e, a aeronave caiu próximo ao momento do pouso, em Brasília. Nenhum dos cinco ocupantes se feriu.

"Estarmos todos com saúde é um milagre", disse Renato ao g1.

Apesar do susto, ele contou que todos ficaram bem, inclusive o piloto. De acordo com o produtor rural, a filha, Renata Andrea Joner, mora em Brasília e tinha ido passar o fim de semana na Bahia.

"Uso esse avião para transporte de familiares. Quando estávamos voltando, aconteceu essa tragédia. Mas, apesar de tudo, estamos tranquilos e aliviados por estarmos bem, é o que importa."

Renato disse também que o acidente aconteceu no momento em que o avião iria tocar a pista de pouso. "Houve uma rajada de vento, ele subiu e foi para o mato", comentou.


De acordo com o produtor rural, após a queda, só deu tempo de pegar a neta dele, que tem 2 meses, e ir para a porta de emergência. O homem conta que todos decidiram correr para longe da aeronave, porque o tanque estava cheio de combustível e eles tinham receio de que pudesse pegar fogo.

"Fomos protegidos por Deus. Eu, minha família e o piloto sobrevivemos sem machucados nenhum", afirmou Renato.

O produtor rural disse ainda que a aeronave tem seguro e que vai voltar para a Bahia ainda nesta terça-feira (1º). "Estamos bem e com saúde. Isso é o que vale", disse.

Acidente



O acidente aconteceu por volta das 9h30, em uma pista que fica na fazenda do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet, na região do Jardim Botânico. O piloto da aeronave informou aos bombeiros que o avião recebeu uma rajada de vento lateral, em baixa altitude, que a fez cair.

O avião, fabricado em 2010, tinha licença para fazer serviços aéreos privados com transporte de até cinco passageiros.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticas (Cenipa), do Comando da Aeronáutica, vai investigar a queda da aeronave. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o monomotor estava em situação regular e com certificado válido até setembro deste ano.

Via g1 DF - Fotos: CBMDF/Divulgação

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