Estima-se que mais de 700 aeronaves desapareceram durante missão.
Americano Clayton Kuhles leva notícia a parentes de pilotos 70 anos depois.
Um “aventureiro profissional” que se dedica há anos a rastrear aviões que sumiram durante a Segunda Guerra nas montanhas do Himalaia, vem dando a centenas de famílias norte-americanas explicações para seus parentes desaparecidos 70 anos depois, informa o "Daily Mail".
Um dos pilotos desaparecidos é James Browne, que tinha 21 anos quando sumiu na região de floresta nas montanhas conhecida como “The Hump”, em 17 de novembro de 1942.
O copiloto John Dean e um tripulante chinês estavam com ele numa aeronave C-47. Browne, de Chicago, nunca mais foi visto e por mais de 70 anos sua família só sabia que ele “desapereceu durante missão”.
Destroços de um dos aviões localizados pelo explorador nas montanhas do Himalaia
Os americanos que atravessaram o chamado “caminho para o inferno” para levar suprimentos à China durante a batalha contra o Japão foram reconhecidos por sua bravura.
Durante a Segunda Guerra, o Exército imperial japonês cercou portos e aeroportos chineses. A única via para o país receber suprimentos dos Aliados era por meio dos heróicos pilotos, que arriscavam suas vidas cruzando a imensa barreira da cordilheira do Himalaia.
Eles voavam até 20 horas enfrentando ventos de mais de 300 km/h e sob a ameaça da artilharia aérea japonesa.
A busca pelos aviões desaparecidos foi levada a cabo pelo “aventureiro profissional” Clayton Kuhles, do Arizona, que gastou US$ 100 mil (cerca de R$ 200 mil) na missão de encontrar sinais dos pilotos. Estima-se que mais de 700 aeronaves sumiram na travessia.
Kuhles, de 58 anos, viaja todos os anos para a região que se estende do norte da Índia, parte de Burma e oeste da China.
O explorador já localizou 22 locais onde de acidentes e 193 pilotos desaparecidos, incluindo o piloto Browne.
“É como descobrir uma pirâmide do Egito antigo”, descreve Kuhles. O explorador diz que não tem como levar de volta os aviões que encontra.
Em geral, ele recolhe objetos pessoais dos pilotos para levar aos familiars, mas não restos mortais, devido as restritas leis que proíbe o transporte de materiais humanos.
Fonte: G1 - Foto: Reprodução/Daily Mail
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