sexta-feira, 21 de maio de 2010

Boeing se diz confiante em retomada da aviação comercial

A Boeing afirmou que seu novo avião, o 787 Dreamliner, e outros jatos programados irão ajudar o crescimento no setor com o aumento na demanda de passageiros e a queda nos gastos dos Estados Unidos com defesa.

A empresa norte-americana, segunda maior fabricante de aviões do mundo depois da Airbus, também disse nesta quinta-feira que planeja buscar novas oportunidade no exterior para ampliar seu setor militar e que deve agir com mais agressividade na expansão de seus serviços de aviação.

O presidente-executivo da companhia, Jim McNerney, disse em reunião com investidores transmitida ao vivo pela Internet que a empresa vê "um ambiente de negócios melhor, mas ainda não robusto".

Mesmo assim, McNerny afirmou que seus programas para a produção de jatos grandes como o 787 e o 747-8, bem como a demanda internacional por aviões militares, são apostas boas para a Boeing com a recuperação do setor de aviação comercial.

A Boeing afirmou que a produção do 787 Dreamliner, que está com dois anos de atraso, está caminhando para uma possível primeira entrega até o final do ano. O modelo, mais econômico, representa 40 por cento das encomendas da empresa, segundo McNerny, e é essencial para a futura lucratividade da companhia.

A Boeing planeja aumentar a produção do modelo para 10 por mês até o final de 2013.

Esta semana, a empresa anunciou que iria aumentar a produção de seu popular modelo menor de avião, o 737, devido à forte demanda de companhias aéreas que se recuperam da crise. A Boeing já havia anunciado que iria elevar a produção do jato 777 no começo do ano.

Nesta quinta-feira, a Boeing disse que estava considerando aumentar a capacidade de produção do 737 além da meta que estabeleceu para o começo de 2012 de 34 aviões por mês, afirmando que a demanda superou a produção. A empresa acrescentou que também cogita atualizar o avião inteiro, ou apenas o motor.

No segmento de defesa, a Boeing afirmou que planeja buscar oportunidades de expansão no exterior, uma vez que os EUA cortaram gastos com defesa. Cerca de 49 por cento da receita da Boeing em 2009 veio do setor.

A empresa também quer expandir seus negócios para serviços de aviação.

Fonte: Karen Jacobs (Reuters) via O Globo

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