segunda-feira, 8 de março de 2010

Operadoras de celular e companhias aéreas unem-se para criar vantagens

Companhias aéreas e de telefonia estão se unindo para oferecer vantagens e serviços para os clientes. As novidades vão desde transformar em milhas os gastos de ligações no exterior até a possibilidade de usar o celular durante os voos. Entidades de defesa do consumidor alertam para as tarifas e condições de uso da operadora, com o intuito de evitar surpresas no valor das contas.

A promoção da operadora Claro em parceira com a companhia aérea portuguesa TAP permite que a cada R$ 2 que o cliente gastar com o serviço de roaming (deslocamento) internacional receberá 1 milha para fazer novas viagens pelo programa Victoria da TAP.

A parceria é inédita no país. O período para acumular milhas é de um ano, até março de 2011. A ideia da promoção foi da TAP. O diretor de inteligência de mercado da TAP, Carlos Antunes, conta que já existem produtos semelhantes em Portugal.

– O foco dessa promoção são os executivos que viajam a negócios. Essas parcerias são formas de fidelizar os clientes e apresentá-los aos nossos serviço – comenta Antunes.

A Claro tem acordo de roaming em 160 paises. E a companhia oferece vôos diretos e diários a partir de oito cidades brasileiras para mais de 40 destinos tornando-se uma ponte direta para a Europa. Todos os clientes pessoa física dos planos pós-pagos da operadora podem participar da promoção.

Maria Inês Dolci, coordenadora Institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), alerta que o cliente tem que estar atendo ao prazo da promoção. Ela explica que o consumidor precisa ler as regras da parceria e conferir os gastos internacionais e as milhas acumuladas.

– Antes de usar o serviço, o cliente deve avaliar se a promoção é vantajosa, já que as tarifas de telefonia móvel são muito altas no país – alerta Maria Inês.

Para uma viagem do Brasil para Portugal é preciso juntar 70 mil milhas. O cliente ainda trocar os pontos por passagens do sistema Star Alliance, que pertencem a diversas companhias, como: Continental Airlines, United, Lufthansa, South African Airways e Spanair.

– O programa com a Claro é mais uma forma para o cliente juntar milhas e trocar por passagens. Funciona como parcerias de cartão de crédito e outros serviços que, aos poucos, o consumidor chega ao volume necessário para viajar – explica Antunes.

O presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), Geraldo Tardin, ressalta que os clientes devem identificar o perfil de consumo. Ele explica que o cliente pode optar por participar de outros planos, que tenham pacotes de desconto no preço da tarifa internacional, e economizar na conta.

– A promoção é um benefício para o consumidor, que precisa analisar se compensa sua participação – destaca Tardin.

Ligações durante voos

A Vivo tem o serviço uso do celular durante voos internacionais entre alguns países, principalmente na Europa. Para voos saindo do Brasil, ainda falta regulamentação da Anatel, mas a expectativa é que comece até o final deste ano, diz Fernando Duschitz, gerente de interconexão e roaming da companhia.

Para usar o sistema, as aeronaves precisam ter uma antena de telefonia que é operada pela Vivo em parceria com empresas de tecnologia. As companhias que já oferecem o serviço são: British Airways, Emirates, Qantas, Royal Jordanian Airways, Ryanair, Saudi Arabian Airlines, TAP Airlines, Turkish Airlines e V Australia.

– Observamos que quem viaja a negócios usa mais o serviço, que tem crescido nos últimos anos. Em viagens de longa duração, fazer ligações, madar mensagens e acessar a internet pode ser útil tanto para executivos quanto para turistas – ressalta Duschitz.

A ligação feita dentro de aeronaves, independente do destino, custa US$ 9 por minuto. Para chamada recebida, o valor é de US$ 6 mais o valor do deslocamento cobrado pela operadora de longa distância por minuto, que varia de R$ 5 a 7).

– O aumento da demanda leva ao uso mais eficiente do serviço, o que aos poucos deve reduzir o custo da ligação – explica Duschitz.

Fonte: Carolina Eloy (Jornal do Brasil)

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