Os problemas financeiros da Nasa (agência espacial americana) põem em dúvida o plano para o retorno do homem à Lua, segundo uma comissão designada pelo presidente Barack Obama para revisar o programa de voos ao espaço, informou hoje o diário "The Washington Post" na internet.
A Nasa não tem dinheiro suficiente para concretizar o plano de levar astronautas à Lua até 2020. Fora isso, o satélite natural da Terra não deveria ser o objetivo central da exploração espacial tripulada, segundo as conclusões do grupo.
Há três anos, a Nasa vem sofrendo problemas de orçamento e, além de reduzir pessoal, teve que aumentar as formas de economizar nos seus diversos projetos.
Em 2004, o então presidente George W. Bush anunciou sua "Visão para a Prospecção Espacial", que incluía o retorno do homem à Lua na década de 2020, assim como a preparação de viagens tripuladas a Marte nas décadas seguintes.
No entanto, a Comissão de Planos para Viagens Espaciais Tripuladas, liderada pelo executivo Norman Agustine, acredita que um plano do tipo envolveria abandonar a Estação Espacial Internacional (ISS).
Segundo ele, se isso acontecesse a ISS seria arrastada pela força da gravidade da Terra até cair no Pacífico sul em 2016, como noticia o diário.
A ISS é um projeto internacional concebido a um custo de uns US$ 100 bilhões. Espera-se que esteja terminada no final do próximo ano ou no começo de 2011.
Os membros da comissão se reunirão nesta sexta-feira com funcionários da Casa Branca e prepararão um relatório final sobre as conclusões no final do mês.
O diário indicou que, embora na lista de opções colocadas pela comissão esteja a criação de uma base na Lua, o grupo se inclinaria mais pela alternativa chamada "Espaço profundo", que consistiria em enviar astronautas em viagens além da órbita terrestre, mas não levá-los a outros mundos.
A estratégia envolveria a viagem de naves tripuladas a asteroides próximos à Terra e que estão além da magnetosfera de nosso planeta.
Eles poderiam, por exemplo, viajar para Fobos, uma pequena lua de Marte onde uma nave tripulada poderia se acoplar de forma similar ao encontro entre ônibus espaciais e a ISS.
Segundo a análise da comissão citada pelo diário, a Lua seria uma possível plataforma, mas não o objetivo da prospecção espacial.
Por outro lado, aponta, levar astronautas à superfície de Marte e trazê-los de volta à Terra seria onerosamente proibitivo.
Segundo a ex-astronauta Sally Ride, o rombo orçamentário da Nasa chegaria a US$ 50 bilhões até 2020.
Se a vida da estação espacial se estendesse por outros cinco anos, o atual orçamento permitiria terminar a construção de um foguete lunar somente em 2028 e isso teria que ser feito sem destinar recursos para desenvolver os componentes de uma base lunar, indicou Ride.
"Se estamos dispostos a esperar até 2028, haverá um veículo de transporte pesado, mas não terá nada para transportar. Não se pode concretizar o programa com este orçamento", explicou.
Tanto durante sua campanha presidencial como durante seus primeiros meses na Casa Branca, Obama deu apoio aos planos para o retorno do homem à Lua.
Segundo o jornal, no entanto, sua decisão de criar a comissão é um indício de que existem dúvidas.
Fonte: EFE via G1
A Nasa não tem dinheiro suficiente para concretizar o plano de levar astronautas à Lua até 2020. Fora isso, o satélite natural da Terra não deveria ser o objetivo central da exploração espacial tripulada, segundo as conclusões do grupo.
Há três anos, a Nasa vem sofrendo problemas de orçamento e, além de reduzir pessoal, teve que aumentar as formas de economizar nos seus diversos projetos.
Em 2004, o então presidente George W. Bush anunciou sua "Visão para a Prospecção Espacial", que incluía o retorno do homem à Lua na década de 2020, assim como a preparação de viagens tripuladas a Marte nas décadas seguintes.
No entanto, a Comissão de Planos para Viagens Espaciais Tripuladas, liderada pelo executivo Norman Agustine, acredita que um plano do tipo envolveria abandonar a Estação Espacial Internacional (ISS).
Segundo ele, se isso acontecesse a ISS seria arrastada pela força da gravidade da Terra até cair no Pacífico sul em 2016, como noticia o diário.
A ISS é um projeto internacional concebido a um custo de uns US$ 100 bilhões. Espera-se que esteja terminada no final do próximo ano ou no começo de 2011.
Os membros da comissão se reunirão nesta sexta-feira com funcionários da Casa Branca e prepararão um relatório final sobre as conclusões no final do mês.
O diário indicou que, embora na lista de opções colocadas pela comissão esteja a criação de uma base na Lua, o grupo se inclinaria mais pela alternativa chamada "Espaço profundo", que consistiria em enviar astronautas em viagens além da órbita terrestre, mas não levá-los a outros mundos.
A estratégia envolveria a viagem de naves tripuladas a asteroides próximos à Terra e que estão além da magnetosfera de nosso planeta.
Eles poderiam, por exemplo, viajar para Fobos, uma pequena lua de Marte onde uma nave tripulada poderia se acoplar de forma similar ao encontro entre ônibus espaciais e a ISS.
Segundo a análise da comissão citada pelo diário, a Lua seria uma possível plataforma, mas não o objetivo da prospecção espacial.
Por outro lado, aponta, levar astronautas à superfície de Marte e trazê-los de volta à Terra seria onerosamente proibitivo.
Segundo a ex-astronauta Sally Ride, o rombo orçamentário da Nasa chegaria a US$ 50 bilhões até 2020.
Se a vida da estação espacial se estendesse por outros cinco anos, o atual orçamento permitiria terminar a construção de um foguete lunar somente em 2028 e isso teria que ser feito sem destinar recursos para desenvolver os componentes de uma base lunar, indicou Ride.
"Se estamos dispostos a esperar até 2028, haverá um veículo de transporte pesado, mas não terá nada para transportar. Não se pode concretizar o programa com este orçamento", explicou.
Tanto durante sua campanha presidencial como durante seus primeiros meses na Casa Branca, Obama deu apoio aos planos para o retorno do homem à Lua.
Segundo o jornal, no entanto, sua decisão de criar a comissão é um indício de que existem dúvidas.
Fonte: EFE via G1
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