
Entre 101 mortos há 14 crianças, enquanto os feridos se recuperam nos hospitais da província de Java Oriental.
O chefe da comissão parlamentar do Ministério da Defesa, Yusron Ihza Mahendra, culpou o Executivo pela tragédia, por ter reduzido para menos de 10% o total do orçamento para manutenção da frota de aviões da Força Aérea.
O aparelho, um Hércules C-130 da Força Aérea, primeiro se chocou contra várias casas antes de tocar em terra no meio de um arrozal na província de Java Oriental.
A bordo viajavam mais de 100 pessoas, entre elas várias crianças, pois alguns dos ocupantes eram oficiais e soldados que estavam com suas famílias.

Vários moradores da área relataram a rádios locais que escutaram uma forte explosão e que, logo em seguida, uma das asas se desprendeu da aeronave, que então começou a voar baixo sobre um grupo de casas antes de explodir e se partir em dois ao cair no meio do arrozal.
Os restos carbonizados da fuselagem do aparelho se encontram espalhados por uma enorme área coberta de barro.
As autoridades inicialmente descartaram a meteorologia como causa do acidente, mas o chefe das Forças Armadas, general Djoko Santoso, comentou que havia um pouco de neblina na região, e que aconteceu uma leve mudança de temperatura.
Já o ministro da Defesa indonésio, Juwono Sudarsono, lamentou que o orçamento de seu departamento seja insuficiente para garantir uma manutenção adequada de sua frota de aviões.
Sudarsono disse que vai deixar em terra todos os Hércules C-130 da Força Aérea, caso seja demonstrado que o acidente aconteceu devido a uma falha mecânica ou técnica do aparelho.
Há uma semana, a chefia da Força Aérea indonésia ordenou a inspeção de todos os aviões da frota de Hércules C-130, depois de um deles sofrer um acidente em um aeroporto da remota região de Papua sem o trem de aterrissagem traseiro.
Já há quase 20 anos, a Aeronáutica da Indonésia sofre com a falta de recursos financeiros e de peças de reposição. Tanto os altos comandantes, quanto o Governo, admitem que é necessário um forte investimento para modernizar sua obsoleta frota.
Uma fonte militar revelou que o Hércules que caiu está em atividade desde a década de 70.
A maioria dos aviões deste modelo, muitos de segunda mão, foi adquirida entre 1960 e 1975.
Fonte: EFE via G1 - Foto: AFP - Mapa: Arte (G1)
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