quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Gaudenzi pede demissão da Infraero

Confirmado

O presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, entregou uma carta com pedido de demissão ao ministro de Defesa, Nelson Jobim, na terça-feira, conforme confirmaram, nesta quarta, fontes da estatal que administra os aeroportos mais importantes do Brasil. O pedido de demissão foi aceito pelo ministro. Dois diretores da estatal, o de administração, Raimundo José Miranda, e de operações, brigadeiro Cleonilson Nicácio, também estão demissionários e a tendência é que o restante da diretoria (incluindo áreas financeira, comercial e de engenharia) sigam Gaudenzi.

Gaudenzi se comprometeu que fará todo o processo de transição até a posse do novo presidente. Conforme Ancelmo Gois antecipou em sua coluna, na segunda-feira, o cargo será ocupado por Guilherme Lagger, executivo da TV Bahia, com passagens por Vale e Varig. Seu nome, no entanto, ainda não foi oficialmente confirmado.

Como mostra reportagem do Globo, Lagger ainda não deu a palavra final de que aceita o cargo. Ele teria ficado assustado com o salário de R$ 17 mil (bruto) pago pela Infraero, que considerou baixo, segundo uma fonte. O executivo foi procurado, mas não retornou as ligações.

O pedido de Gaudenzi foi entregue ao ministro da Defesa no início da tarde de terça-feira, antes da reunião do Conselho de Viação Civil (Conac).

Reportagem publicada terça-feira pelo jornal O Globo indicava que o governo federal poderia anunciar a a saída de Gaudenzi a qualquer momento. A substituição teria como objetivo acelerar obras e, principalmente, dar prosseguimento ao projeto de privatização de terminais aeroportuários do país.

A troca tentará dar agilidade à estatal e mantê-la alinhada ao Planalto.

Gaudenzi foi levado ao cargo por Jobim durante o caos aéreo, em agosto de 2007. Os rumores de que ele deixaria a estatal são antigos, mas a situação ficou praticamente insustentável depois que Gaudenzi expôs publicamente seu ponto de vista contrário aos planos do Executivo de repassar alguns aeroportos à iniciativa privada.

Fonte: O Globo

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