quarta-feira, 26 de março de 2008

Satélite da Nasa detecta explosão cósmica de 7,5 bilhões de anos

Imagem capturada pelo telescópio do satélite Sfwit mostra explosão cósmica

O satélite Swift da Nasa (agência espacial norte-americana) detectou uma explosão cósmica tão luminosa que seria possível observar da Terra a olho nu, apesar de ter ocorrido há 7,5 bilhões de anos, informou a agência espacial.

A explosão de raios gama foi detectada na quarta-feira (19) pelo satélite, embora tenha ocorrido quando o Universo tinha menos da metade de sua atual idade e a Terra ainda não tivesse sido formada.

A diferença entre a ocorrência da explosão e quando ela pôde ser observada deve-se à distância da estrela com relação ao satélite da Nasa e ao planeta Terra.

A explosão de raios gama é o acontecimento astronômico mais espetacular e luminoso do Universo desde o "Big Bang", informou a Nasa em comunicado.

Esses fenômenos são produzidos quando uma estrela supergigante esgota seu combustível nuclear e seu núcleo entra em colapso para formar um buraco negro ou estrelas de nêutrons.

Este processo ocorre acompanhado por explosões de raios gama de energia intensa e uma expulsão de partículas que viajam pelo espaço a uma velocidade quase igual à da luz.

Quando atravessam nuvens interestelares, freqüentemente produzem um brilho prolongado no espaço.

"Esta explosão foi tremenda. Foi muito mais forte que as explosões gama que tínhamos presenciado até agora", disse Neil Gehrels, investigador do Goddard Space Flight Center da Nasa em Greenbelt (Maryland).

Coordenadas

O telescópio de alerta de explosões do Swift detectou a explosão às 18h12 GMT (15h12 horário de Brasília) de 19 de março e orientou suas coordenadas rumo à constelação Boötes.

Outros telescópios no espaço e na Terra também se voltaram em direção às coordenadas indicadas para observar o brilho da explosão, denominada GRB 080319B. Foi a segunda explosão de raios gama detectada nesse mesmo dia.

"Nenhum outro objeto conhecido ou tipo de explosão pode ser percebido em uma simples vista a uma distância tão imensa como essa", afirmou Stephen Holland, cientista do Goddard Space Flight Center.

"Se nessa tarde alguém resolveu olhar em direção ao local adequado e no momento preciso, pôde ver o objeto mais distante já observado sem a ajuda de telescópios", afirmou Holland.

Fonte: Folha Online

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