Na última terça-feira, dia 18 de março, tive de viajar para o Rio de Janeiro, partindo de Porto Alegre, com volta no mesmo dia, e escala, infelizmente como vou explicar, em Congonhas, tanto na ida quanto na volta.
Fui pela Varig, de Porto Alegre a Congonhas, no vôo RG2101, às 7h, e do Rio a Congonhas, pelo vôo RG2438, saindo às 18h25.
Na ida, durante o pouso em Congonhas, achei estranho o piloto ter pedido de forma mais enfática para que nós apertássemos o cinto, pois "em Congonhas, a freada tem que ser mais forte". A batida do avião no solo também foi mais forte do que o normal, provocando comentários de preocupação entre os passageiros. Eu, apesar de sempre estar tranqüilo em vôos, senti a diferença nesta aterrissagem.
Na volta do Rio para Congonhas, algo mais estranho ainda ocorreu. A batida do avião no solo foi ainda mais forte. Vários passageiros, incluindo eu, sentiram o avião balançar quando já freava. Na saída do avião, um dos passageiros disse que viu um dos pneus do avião passando ao lado da aeronave durante o pouso. Foi quando olhamos através do vidro vários funcionários em volta do trem de pouso do Boeing 737-700, talvez se perguntando o que poderia ter ocorrido: realmente um dos pneus dianteiros havia caído durante o toque no solo.
Como brasileiro e cidadão, além de aliviado por estar ainda vivo, tenho indagações a fazer. A principal: é mesmo normal ocorrerem tantas anomalias numa pista de pouso, como ocorre em Congonhas? Até quando teremos que nos sentir aliviados após cada pouso?
Com a palavra, nossas quase sempre negligentes autoridades federais.
Fonte: O Globo Online
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