domingo, 12 de março de 2023

Piloto morre e filha está em estado grave após aeronave cair sobre casas em BH

Aeronave atingiu duas casas na queda, mas não houve vítimas nos imóveis, segundo o Corpo de Bombeiros.

(Foto: Fred Dávila)
O piloto da aeronave particular Cessna R182 Skylane RG, prefixo PT-FLK, que caiu sobre casas em Belo Horizonte na tarde deste sábado (11) morreu após dar entrada em estado gravíssimo no Hospital Pronto Socorro João XXIII. A informação é da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). A filha, que estava com ele no voo, está em estado grave.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para a rua Morro das Graças, no bairro Jardim Montanhês, para socorrer o piloto, de 60 anos, e a passageira, de 33 anos, que estavam inconscientes e presos às ferragens.

(Foto: Fred Dávila)
As vítimas foram resgatadas e entregues aos cuidados das equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os militares disseram que em ambas foi constatado politraumatismo.

Os bombeiros informaram, ainda, que a aeronave atingiu duas casas na queda, mas não houve vítimas nos imóveis atingidos. Também informaram que não houve incêndio, mas que realizavam um sistema preventivo, nesta tarde, devido ao risco de explosão.

(Foto: Redes sociais)
Ainda de acordo com os militares, a Defesa Civil foi acionada para avaliação estrutural dos imóveis.

A aposentada Neuza de Fátima Gonçalves, moradora da rua Morro da Graça, no Bairro Jardim Montanhês, estava almoçando na sala de casa quando foi surpreendida por um avião caindo em seu telhado. “Foi um susto tremendo. Um barulho tremendo. Eu estava na sala, almoçando e vendo televisão, tranquila e um avião caiu na minha casa, entre a cozinha e a sala”, conta a aposentada. 

A queda do monomotor na rua Morro das Graças, bairro Jardim Montanhês, região Noroeste de BH, deixou os vizinhos assustados. Vários correram ao local imediatamente para ajudar a socorrer as duas vítimas que estavam dentro do avião. 

"Eu estava na varanda da minha casa, aí ouvi um barulho muito forte, de um motor. Só vi um vulto descendo e fez um barulho com se estivesse girando e levantou muita poeira”, conta Luzia Abreu, dona de casa. 


A Força Aérea Brasileira (FAB) já trabalha para começar a perícia na Rua Morro da Graça, palco do acidente no Jardim Montanhês. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticas (Cenipa), ligado à Aeronáutica, vai enviar um perito, que é major.  
 
Assim que desembarcar no Aeroporto de Confins, na Grande BH, o major vai se dirigir diretamente ao local do acidente, onde irá avaliar as circunstâncias e identificar evidências que ajudem a identificar as causas da queda.

Histórico de acidentes


O acidente deste sábado se soma a um histórico de desastres que representa um medo constante para moradores. O Aeroporto Carlos Prates começou a funcionar em janeiro de 1944, há quase 80 anos, e, desde então, o terminal que teve boa parte de sua trajetória ligada à voos de instrução e formação de pilotos, é uma preocupação para os residentes da região, que foi se tornando mais populosa com o crescimento da capital mineira.

Quem mora há mais de 20 anos nos bairros próximos ao aeroporto mal pode contar nos dedos das mãos as ocorrências com aviões e convive com o medo de acidentes a cada aeronave que sobrevoa a região, deixando ou chegando ao terminal. 

Em 2008, três pessoas ficaram feridas após um avião cair no telhado de um depósito no mesmo Bairro Jardim Montanhês. O acidente aconteceu instantes depois da aeronave decolar no Aeroporto Carlos Prates.

Quatro anos depois, em agosto de 2012, um helicóptero caiu na cabeceira do aeroporto, ferindo o piloto e um aluno. O acidente aconteceu próximo ao Anel Rodoviário.

Em 2014, quatro acidentes aconteceram no final do ano. Em outubro, três pessoas ficaram feridas após pouso de emergência entre Juatuba e Igarapé de avião que partiu do Aeroporto Carlos Prates. Um mês depois, a queda de um avião de pequeno porte sobre uma casa nas imediações do terminal deixou dois feridos.

Em dezembro de 2014, outro avião de pequeno porte caiu próximo ao aeroporto, desta vez, no Anel Rodoviário. O piloto conseguiu sair da aeronave sem ferimentos graves e foi atendido por uma ambulância do Samu.

Em 2019 dois acidentes aéreos aconteceram em um intervalo de seis meses, ambos na Rua Minerva, Bairro Caiçara. Em abril, uma aeronave colidiu com um poste segundos após decolar no Aeroporto Carlos Prates, pegou fogo e o piloto morreu imediatamente. Em outubro, a queda de outra aeronave vinda do terminal resultou na morte do piloto e de duas pessoas que estavam em terra.

Via g1, ASN, Itatiaia e Estado de MInas

Avião de pequeno porte faz pouso forçado com paraquedas na Região Metropolitana de Belo Horizonte


O monomotor 
Cirrus SR22 GTS G6, prefixo PS-VAC, da Volare Equipamentos Aéreos SA, se acidentou na tarde deste sábado (11), na região de Morro Vermelho, limite de Sabará e Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

De acordo com o Corpo de Bombeiros, seis pessoas estavam na aeronave. Entre elas, uma criança de 3 anos e outra de apenas três dias. Todos passam bem.

No momento da queda foi acionado um paraquedas balístico, permitindo a segurança dos tripulantes durante a queda. Veja o vídeo abaixo:


A aeronave decolou do aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte e quando estava no ar, teve uma perda de potência.

Segundo o Corpo de Bombeiros, todos os tripulantes da aeronave foram avaliados e dispensaram o atendimento médico.

(Foto: Redes Sociais)
Em nota, a Força Aérea Brasileira informou que investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) foram enviados ao local para perícia. Disse ainda que o CENIPA atua com objetivo de prevenir novos acidentes como este de ocorrerem, e que “a conclusão das investigações terá o menor prazo possível”.

De acordo com pesquisa no site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave pertence ao banco Bradesco em formato de arrendamento mercantil. A aeronave não está autorizada a realizar o taxi aéreo e foi comprada há um mês.

“Tentei voltar para a Pampulha”, diz piloto de avião que caiu em Sabará


Um áudio enviado pelo piloto do avião monomotor que caiu na manhã deste sábado (11) na estrada do Gaia, em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte, mostra o aperto que o condutor passou ao perceber que o avião estava perdendo potência. Ele conta ter tentado voltar para o Aeroporto da Pampulha, em BH, mas não conseguiu. 

“Próximo de nivelar o avião, eu tive uma perda abrupta de potência. Eu estava com 80 e poucos de potência, 88, 85…”, relata o piloto no áudio. Foi nesse momento que ele começou a tentar alternativas para resolver o problema. “A potência (do avião) caiu para 30%, mexi na manete, nada; desliguei e liguei a bomba, desliguei e liguei de novo, nada; troquei de tanque, nada. Estava vibrando muito e declarei mayday”, continua. 


De acordo com o Corpo de Bombeiros, seis passageiros estavam na aeronave no momento do acidente, eram 4 adultos, uma criança de 3 anos e outra recém-nascida de apenas 3 dias. Para evitar uma tragédia, o piloto tentou voltar para o Aeroporto da Pampulha. “Tentei voltar para a Pampulha, mas, quando tinha acabado de fazer a curva, estava a 5 mil e poucos pés (de altura) e a cinco minutos da pista, não tinha como chegar”, desabafa. 

O piloto, então, acionou o paraquedas. “Raramente tiro o pino do paraquedas, e hoje tirei o pino. Graças a Deus, avisei os passageiros e deu tudo certo. Estamos todos bem”, finaliza. 

Via g1, O Tempo, ASN e Metrópoles

Airbus da Iberia fez uma descida impressionante quando uma criança a bordo entrou em estado crítico


Na quinta-feira (9), um avião da Iberia que realizava o voo IB2602 de Buenos Aires, na Argentina, para Barcelona, na Espanha, teve que fazer um pouso de emergência no aeroporto de Gran Canaria, nas Ilhas Canárias.

O Airbus A330-202, prefixo EC-NNH, da Iberia (Level), ​​realizou uma aterrissagem de emergência em razão de uma criança que viajava a bordo se encontrava em risco vital, segundo os controladores. Uma ambulância os esperava ao pé da escada e o transportou, com a família, para o hospital mais próximo.

A emergência ocorreu às 2h09 da manhã quando a aeronave se encontrava então nas proximidades de Fuerteventura, a cerca de 38.000 pés. O avião pousou apenas 20 minutos depois que o estado de saúde precário da criança foi confirmado a bordo.

Via Airlive

Boeing 737 da Norwegian sofre uma perda de pressurização da cabine e faz pouso de emergência


Em 9 de março, o Boeing 737-84P, prefixo SE-RXB, da Norwegian, teve um problema de pressurização da cabine enquanto voava a 39.000 pés.

As máscaras de oxigênio caíram repentinamente, o avião desceu rapidamente para 10.000 pés de altitude. Como a aeronave estava perto de Bodo, na  Noruega, o ATC solicitou um desvio para o aeroporto de Harstad.


“Devido a um problema de pressurização da cabine, a aeronave foi forçada a fazer uma parada imprevista em Harstad”, disse um porta-voz norueguês da Norwegian, acrescentando que os passageiros estavam sendo transferidos para outros voos.

Via Airlive

Avião atrasa 14 horas após comissária de bordo ser estuprada antes do voo

Aeroporto Grantley Adams em Barbados (Foto: CaribDigita/Wikipedia)
Uma comissária de bordo da British Airways foi supostamente estuprada durante sua escala em Barbados, segundo a polícia local. A mulher teria passado a noite bebendo com membros da tripulação antes de convidar um homem que ela conhecia a acompanhá-la ao seu quarto de hotel.

Uma porta-voz da Polícia de Barbados disse ao MailOnline que eles estão procurando ativamente pelo suposto estuprador, um conhecido da mulher, que se acredita ser um expatriado que mora na ilha.

A representante policial disse: “Ela nos disse em seu depoimento que o homem era conhecido dela. Ela o convidou a ir para seu quarto de hotel, mas o que aconteceu não foi consensual. Há uma denúncia de estupro”.

Por conta dos acontecimentos, o voo da comissária de volta para Londres-Heathrow, saindo do aeroporto Grantley Adams, em Barbados, atrasou 14 horas, enquanto a polícia buscava por mais testemunhas. Por fim, a comissária permaneceu na ilha enquanto a investigação é realizada.

O Boeing 777-300ER da British Airways, que deveria pousar em Londres às 5h50, atrasou 14 horas, pousando às 19h24. Uma porta-voz da British Airways disse ao MailOnline: “Estamos cientes de um incidente envolvendo uma de nossas comissárias de bordo na ilha de Barbados. Estamos fornecendo apoio completo a ela e trabalhando em estreita colaboração com as autoridades locais enquanto eles conduzem sua investigação“.

O que acontece se abrir a porta do avião durante o voo?

Passageiro nos Estados Unidos tentou destravar porta de emergência da aeronave e foi preso.



No último domingo (5), um passageiro de um voo da United Airlines, voando de Los Angeles a Boston, nos Estados Unidos, assustou a tripulação ao mexer na trava de segurança e tentar abrir a porta de emergência da aeronave. O homem ainda agrediu um comissário de bordo com uma colher quebrada.

Neste caso, o homem foi contido e o piloto realizou um pouso de emergência para que o homem fosse retirado do avião pela polícia.

O caso levantou a curiosidade em algumas pessoas sobre o que aconteceria caso ele conseguisse abrir a porta de emergência. Logo, especialistas explicam o que poderia ocorrer hipoteticamente, uma vez que não é possível abrir a porta do avião enquanto a aeronave está voando devido à pressão.

O piloto Fernando de Borthole explica em seu canal no YouTube Aero Por Trás da Aviação que, além da alavanca, durante o voo as portas são trancadas pelo piloto por um comando no painel do avião.

“Mesmo assim, você não iria conseguir por causa da pressurização. Quando o avião está voando a pressão externa é muito menor do que a pressão interna. A pressão interna da cabine é tão grande que a porta ficará travada, nenhum ser humano terá força suficiente para vencer essa pressão”, afirma no vídeo.

Porém, caso a possibilidade existisse, a abertura de portas do avião poderia provocar uma tragédia.

A liberação súbita de ar de dentro da cabine faria com que pessoas próximas à porta fossem puxadas imediatamente para fora. O avião ainda poderia se desfazer no ar caso a pressão causasse o descolamento de partes da fuselagem.

Além disso, com a cabine despressurizada, todo o oxigênio seria sugado para fora e a temperatura interna cairia a níveis insuportáveis.

Treinamento da tripulação


Em entrevista ao Byte, a comissária de bordo de uma grande empresa de aviação internacional, que preferiu não se identificar por regras da companhia, afirmou que nos treinamentos a tripulação é orientada a permanecer perto da porta para evitar que passageiros tentem sair, isso quando o avião está em solo.

Apesar de os passageiros não conseguirem abrir a porta com o avião em voo, a tripulação está preparada para agir em caso de incidentes.

“Acontece muito de algumas pessoas se confundirem e acharem que a saída de emergência é a porta do banheiro, então estamos perto e atentos para orientar”.

No caso de passageiros que apresentem algum risco para o voo, a tripulação é treinada para conter o indivíduo.

“O procedimento é justamente para conter passageiro num nível que atenta ao bem de todos, inclusive entrar na cabine de comando. Tem um procedimento a ser cumprido, em último caso é conter o passageiro atando os pulsos”, explica a comissária.

Via Anna Gabriela Costa (Byte)

Vídeo: AutoFlight realiza o voo mais longo de um eVTOL na história


A AutoFlight anunciou que realizou o voo mais longo de um eVTOL na história, cobrindo uma distância de 250 quilômetros com apenas uma carga de bateria – a Joby havia voado com um eVTOL por 248 quilômetros em 2021. Esse novo marco foi alcançado no dia 23 de fevereiro de 2023.

O voo de 1h38m de duração ocorreu a partir do local de testes da empresa na região de Shandong, na China, e consistiu de 20 voltas em um circuito pré-definido. A aeronave foi remotamente pilotada, ou seja, não havia ninguém a bordo do AutoFlight Gen4.


Para a empresa alemã, esse voo é muito importante para buscar a certificação de aeronavegabilidade da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA, na sigla em inglês). A expectativa é de que a autorização ocorra até 2025.

“Este voo é uma prova do incrível esforço e progresso da equipe nos testes e no aumento gradual do envelope de desempenho da aeronave. É uma conquista notável que mostra a capacidade de nossa aeronave e estamos entusiasmados em continuar trabalhando em direção às nossas próximas metas até a certificação da EASA em 2025”, disse Omer Bay-Yhohay, presidente da AutoFlight.

O eVTOL da AutoFlight, que quando finalizado será chamado de Prosperity, conta com 10 rotores para voo vertical e três para voo horizontal, tem altura de 3,3 metros e envergadura de 12,8 metros. Ele pode voar a uma velocidade de cruzeiro de 200 km/h e transportar até quatro passageiros.

Via MundoGEO e FL360aero

Uma pessoa 'normal' pode pousar um avião em situações de emergência?

(Foto: Pexels)
Apesar de não ser uma ocorrência comum, algumas vezes pilotos de avião e tripulantes precisam lidar com urgências profundamente desesperadoras. Isso porque, quando os responsáveis estão impossibilitados de dar prosseguimento ao voo, há um cenário em que a cabine deve ser entregue a um viajante comum, forçando uma pessoa sem vasta experiência a realizar o pouso de forma segura. Mas será que isso é tão simples quanto a teoria aparenta?

Em entrevista à CNN, Douglas Moss, instrutor de voo certificado pela Federal Aviation Administration (FAA) e ex-piloto da United Airlines, comentou sobre as medidas de urgência adotadas pelas empresas de aviação. Segundo ele, pessoas sem experiência podem pousar um transporte aéreo com segurança, especialmente por ter orientação de um instrutor de voo via rádio enquanto controla o dispositivo mecânico.

“Por exemplo, ser capaz de se adaptar rapidamente e compreender as relações entre os dispositivos de controle de voo do avião, como os controles do leme e do acelerador, e suas respostas aerodinâmicas”, comenta o especialista. Porém, em aviões maiores as dificuldades seriam significativamente ampliadas, tanto pela grande quantidade de operações distribuídas no painel quanto pelos desafios em manejar os equipamentos de comunicação em meio à pressão constante.

Cockpit do Airbus A350X WB (Foto: Getty Images)
Além do conhecimento técnico, a confiança durante as operações pode fazer toda a diferença para a sobrevivência de todas as pessoas dentro do avião. Jogos de videogame como Microsoft Flight Simulator, tutoriais na web e vídeos disponíveis nas mais diversas plataformas não oferecem as mesmas condições de tensão e urgência se comparadas as de um pouso em andamento, mas eles podem garantir um maior preparo e compreensão das etapas de controle.

Um estudo publicado pela Universidade de Waikato, Nova Zelândia, sugeriu que assistir a um vídeo de quatro minutos no YouTube, onde dois pilotos realizam um pouso de emergência em uma área montanhosa, aumenta em até 30% a capacidade de efetuar as ações com segurança e, consequentemente, a confiança para cumprir o objetivo. Esse mecanismo é conhecido como efeito Dunning-Kruger e possibilita melhorias em tarefas complexas apenas pelo fato de se conhecer um pouco sobre elas.

“Independentemente de terem assistido ao vídeo ou não, descobrimos que os homens estavam mais confiantes em sua capacidade de pousar o avião do que as mulheres, em aproximadamente 12%”, diz Kayla Jordan, uma das autoras do estudo. “Esta descoberta está de acordo com o trabalho existente que descobriu que os homens tendem a ser mais confiantes em seus conhecimentos e habilidades do que as mulheres, mesmo em um ambiente de alto risco, como corrida competitiva ou mergulho”.

Quando os pousos são considerados "forçados"?


Jack Netskar, presidente da Federação Internacional das Associações de Pilotos de Linha Aérea, afirmou que existem três tipos distintos de pousos forçados. O primeiro seria "um pouso imediato, dentro ou fora de um aeroporto, e necessário pela incapacidade de continuá-lo", ocasionado por uma falha de motor, por exemplo. O segundo seria "uma aterrissagem forçada ou preventiva na água". Ambas as modalidades teriam taxas de mortalidade entre 10% e 20%.

Por fim, o terceiro pouso forçado consiste em uma parada preventiva e ocorre dentro ou fora de um aeroporto. Assim como o primeiro caso, ele é comumente gerado por falhas contínuas e graduais no motor.

Ao longo da história, algumas pessoas tiveram que assumir a cabine de comando e se responsabilizaram por garantir a sobrevivência de passageiros e tripulantes. Porém, em todos esses casos o novo piloto já tinha conhecimento prévio em aviação, tanto por lidar com operações em academias quanto por atuar em instituições militares.

Em 2014, o piloto de um voo da United Airlines sofreu um ataque cardíaco e foi substituído por um passageiro que havia atuado como piloto da Força Aérea dos Estados Unidos da América em estações passadas. Já em 2005 na Grécia, um comissário de bordo e estudante de pilotagem assumiu o controle de um 737 devido a problemas graves de pressurização. Infelizmente, o comandante improvisado foi incapaz de contornar o problema e morreu ao lado de 121 pessoas, após o avião ficar sem combustível e cair.

“Um não-piloto não teria a menor ideia de como operar os rádios de comunicação, muito menos voar e pousar o jato”, conclui Patrick Smith, piloto de linha aérea. “Há uma chance de zero por cento de um resultado bem-sucedido neste cenário.”

sábado, 11 de março de 2023

Vídeo: "Mergulho no Triângulo das Bermudas" Documentário


Há um mistério aí e a resposta está em algum lugar entre Bermudas, Porto Rico e Miami. Centenas de barcos e aviões desapareceram no oceano com pouco ou nenhum vestígio. A maioria desses casos pode ser facilmente explicada por erro humano ou mau tempo. Mas há alguns que desafiam qualquer explicação. Abundam as teorias sobre estas causas: Alienígenas, erupções massivas de gás e ondas aberrantes. O documentário revela que os barcos e aviões enfrentam um perigo real em um triângulo, mas a verdadeira ameaça costuma ser tão estranha quanto a teoria mais ousada.

Aconteceu em 11 de março de 2018: Acidente com o jato particular no Irã - Morte na despedida de solteira


Em 11 de março de 2018, o jato particular Canadair CL-600-2B16 Challenger 604, prefixo TC-TRB, de propriedade do grupo turco Başaran Holding e operado pela MC Aviation (foto abaixo), partiu do Aeroporto Internacional de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos, por volta das 17h11, hora local (13h11 UTC), com destino ao Aeroporto Atatürk, em Istambul, na Turquia.

O avião envolvido no acidente
A tripulação de voo consistia em dois pilotos e um comissário de bordo. O capitão, Beril Gebeş, de 36 anos, havia voado para a Turkish Airlines no passado, enquanto a primeira oficial, Melike Kuvvet, de 40 anos, tinha experiência em aviação militar e foi uma das primeiras pilotos do sexo feminino no forças armadas turcas.

O jato transportava um grupo de oito amigos que voltavam de uma despedida de solteira em Dubai . Entre eles estava Mina Başaran, filha do chefe da Başaran Holding, Hüseyin Başaran, e membro do conselho de administração da empresa. 

Mina Başaran e suas amigas posaram para esta foto antes de decolarem do Aeroporto Atatürk de Istambul
A aeronave atingiu uma altitude de cruzeiro de pouco mais de 35.000 pés (11.000 m). Por volta das 18h01, hora local IRST (14h31 UTC), pouco antes do contato ser perdido, a tripulação relatou problemas técnicos e solicitou autorização do controle de tráfego aéreo para descer para uma altitude mais baixa.

O jato começou a subir antes de perder altitude abruptamente, e às 18h09, atingiu as montanhas Zagros, perto de Shahre Kord, cerca de 370 km (230 milhas) ao sul de Teerã, no Irã.

Todos os onze ocupantes morreram. A agência de aviação disse que seis dos oito passageiros eram cidadãos turcos e os outros dois espanhóis.


Uma testemunha teria visto a aeronave em chamas antes do acidente. Os moradores locais viram uma nuvem de fumaça subindo dos destroços e foram os primeiros a chegar ao local. Equipes iranianas de busca e resgate chegaram depois e encontraram os corpos queimados de dez vítimas. 


As más condições climáticas no local do acidente dificultaram a operação. Uma vítima demorou para ser localizada. Os corpos recuperados foram transportados para Teerã de helicóptero. 


A Turquia então enviou pessoal de emergência por meio de um jato militar para obter assistência. A identificação dos corpos exigiu testes de DNA.


Após a identificação pelas autoridades iranianas, os corpos de dez vítimas foram levados para Istambul pelos militares turcos e depois entregues às famílias das vítimas. A Organização de Medicina Legal Iraniana afirmou que os restos mortais do capitão não estavam entre os corpos recuperados nos onze sacos para cadáveres dos destroços.

A mídia turca informou que Mina Basaran, a filha de 28 anos do magnata Huseyin Basaran, passou vários dias nos Emirados Árabes Unidos com amigos comemorando a despedida de solteira, já que seu casamento aconteceria no mês seguinte. A festa também foi destinada a três das outras mulheres, que se casariam naquele verão. 

Várias das mulheres, como Mina, tiveram carreiras de sucesso na indústria da moda. A mídia turca informou que pelo menos uma das vítimas estava grávida. Fotografias reimpressas da mídia social mostraram as mulheres descansando em um resort nos Emirados Árabes Unidos.

Os dois gravadores de voo da aeronave (o gravador de dados de voo e o gravador de voz da cabine) foram recuperados para análise.


Em setembro de 2018, o Conselho de Investigação de Acidentes Aeronáuticos da autoridade de aviação civil iraniana publicou um relatório preliminar indicando que, pouco antes de atingir a altitude de cruzeiro, uma discrepância entre as indicações de velocidade mostradas aos dois pilotos tornou-se aparente, com uma delas indicando uma condição de excesso de velocidade. A potência do motor foi reduzida e logo após o stick-shaker foi ativado. 


A aeronave subsequentemente estolou e entrou em uma descida íngreme durante a qual ambos os motores falharam . O controle não foi recuperado e a aeronave acabou atingindo a encosta de uma montanha. 


Em março de 2020, a AAIB emitiu seu relatório final, concluindo que o acidente foi causado por treinamento insuficiente para falha na indicação de velocidade e gerenciamento inadequado dos recursos da tripulação.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com ASN, baaa-acro e Wikipedia

Aconteceu em 11 de março de 1983: O trágico acidente com o voo 007 da Avensa na Venezuela

Um DC-9 da Avensa, semelhante à aeronave envolvida no acidente
Em 11 de março de 1983, o avião McDonnell Douglas DC-9-32, prefixo YV-C-AVD, da Viasa, operado pela Avensa, realizava o voo 007, um voo doméstico do aeroporto de Caracas para o aeroporto de Barquisimeto, ambos na Venezuela.

Com 45 passageiros e cinco tripulantes, o avião fez uma aproximação ILS em meio a forte neblina no Aeroporto de Barquisimeto, na Venezuela. A tripulação era composta pelo capitão José Manuel Albornoz, o primeiro oficial Vicente Russo e as comissárias de bordo Isaura Arias, Lobalice Durán e Zulenia Flores.

O DC-9 pousou com força 1.015 metros além da cabeceira da pista, causando o colapso do trem de pouso. A aeronave posteriormente deslizou para fora da pista e explodiu. 


Como resultado do acidente, um tripulante e 22 passageiros morreram. Dez passageiros ficaram gravemente feridos. Na tragédia, entre os que perderam a vida estava o locutor esportivo da Venezolana de Televisión, Luis Enrique Arias, que alguns anos antes havia trabalhado como comentarista do circuito de rádio Cardenales de Lara. 


Entre os sobreviventes estavam três deputados do parlamento nacional: Germán Lairet, MAS; Juan Medina Lugo, AD e Luis Delgado, Copei.


Em pouco tempo, em menos de quinze minutos, uma conhecida estação de rádio deu a notícia fatal de um acidente aéreo pertencente ao voo 007, conhecido como o voo da madrugada que fazia a rota Caracas-Barquisimeto, sem dar maiores detalhes.


De acordo com o relatório do National Transportation Safety Board (NTSB) que investigou o evento no Aeroporto Internacional Jacinto Lara de Barquisimeto, o DC-9 pousou forte no nevoeiro 1.015 metros além da cabeceira da pista após uma abordagem ILS em sua sigla em inglês Instrument Landing System (sistema de pouso por instrumentos).


O trem de pouso do nariz imediatamente colapsou, soltando-se, fazendo com que a aeronave derrapasse para fora da pista e se partisse. Com o impacto, a parte frontal da fuselagem foi totalmente queimada e a porta frontal desabou para dentro da cabine da aeronave, impedindo a evacuação da aeronave destruída. A parte traseira da fuselagem foi completamente destruída.


Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com ASN, Wikipedia e Correo de Lara

Aconteceu em 11 de março de 1982: Voo Widerøe 933 - Acidente ou colisão com jato militar?

Um acidente que passou por quatro investigações



O voo 933 da Widerøe, também conhecido como o "Acidente de Mehamn", foi a queda de um de Havilland Canada DHC-6 Twin Otter operado pela companhia aérea norueguesa Widerøe. O Twin Otter caiu no Mar de Barents perto de Gamvik, Noruega, em 11 de março de 1982, às 13h27, matando todas as quinze pessoas a bordo. 

Os resultados das quatro investigações oficiais foram que o acidente foi causado por falha estrutural do estabilizador vertical durante turbulência de ar puro. Uma falha mecânica no elevador do sistema de controle fazia com que os pilotos perdessem o controle do pitch; e uma série de estolagens ou uma rajada de vento de alta velocidade fez com que a aeronave perdesse altitude sem a capacidade da tripulação de reagir, resultando na falha do estabilizador vertical.

O acidente ocorreu durante um exercício militar da OTAN, dentro de uma zona auto-declarada de exclusão aérea para aeronaves militares aliadas. Uma extensa operação de busca e resgate foi realizada e os destroços submersos foram encontrados em 13 de março. A aeronave e todos os falecidos, exceto um, foram recuperados. Uma investigação oficial foi concluída em 20 de julho de 1984.

Uma teoria da conspiração surgiu mais tarde após a investigação do acidente ter sido concluída, alegando que o acidente foi causado por uma colisão no ar com um Harrier Jump Jet da Força Aérea Real Britânica. A teoria é baseada em relatos que surgiram anos ou décadas após o acidente. As reclamações e o renovado interesse da imprensa resultaram em três investigações adicionais, estabelecidas em 1987, 1997 e 2002. Todas as quatro investigações chegaram às mesmas conclusões gerais e rejeitaram uma colisão.

Aeronave




A aeronave envolvida no acidente era o de Havilland Canada DHC-6 Twin Otter 300, prefixo LN-BNK, da Widerøe (foto acima), um avião que foi construído pela de Havilland Canada em 1977, entregue em Widerøe e registrado na Noruega em 9 de fevereiro de 1978. 

A aeronave foi danificada por uma explosão de jato de um Douglas DC-9 no aeroporto de Tromsø em março de 1980, após o que o leme foi substituído. Além disso, o Twin Otter não foi sujeito a nenhum outro incidente extraordinário. Cumpriu todos os requisitos de manutenção e certificação e operou cerca de 10.000 horas até o momento do acidente.

Voo


O voo 933 da Widerøe era um serviço regular do aeroporto de Kirkenes, Høybuktmoen para o aeroporto de Alta, com paradas intermediárias no aeroporto de Vadsø, aeroporto de Berlevåg, aeroporto de Mehamn e aeroporto de Honningsvåg, Valan, todas localidades da Noruega.

O capitão tinha 38 anos e o primeiro oficial tinha 26 anos. A aeronave levava treze passageiros a bordo, incluindo duas crianças, ao partir de Berlevåg. O tempo estava bom, mas com vento forte de sul. O capitão optou por voar com regras de voo visual. Outras aeronaves que passaram pela área do acidente após o voo Widerøe 933 experimentaram forte turbulência entre 1.000 pés (300 m) e 1.500 pés (460 m).

Em 11 de março de 1982, o Twin Otter deixou Berlevåg às 13h19, 11 minutos mais cedo, fazendo com que um passageiro perdesse o voo. O primeiro oficial relatou ao Mehamn Aerodrome Flight Information Service (AFIS) às 13h22 que a aeronave estava a 2.000 pés (610 m) de altitude sobre o Tanafjord e tinha um tempo estimado de chegada às 13h33. 

O contato por rádio terminou às 13h22:53s. A rota do voo foi monitorada por um oficial do centro de controle e relatório da Real Força Aérea Norueguesa (RNoAF) em Honningsvåg entre 13h23:20s e 13s25:25s, após o qual a aeronave não apareceu mais no radar. O oficial do centro RNoAF presumiu que a aeronave havia caído abaixo do horizonte do radar de 1.200 pés (366 m) de altitude.

O Mehamn AFIS  transmitiu ao voo 933 por rádio às 13h35:52s, mas não obteve resposta. Depois de várias tentativas, o Mehamn AFIS contatou o Berlevåg AFIS e o aeroporto de Kirkenes, que também não conseguiu estabelecer contato por rádio. Uma aeronave Widerøe em rota de Honningsvåg a Mehamn também tentou fazer contato. 

O Centro de Coordenação de Resgate Conjunto do Norte da Noruega foi informado da situação às 13:41 e coordenou imediatamente uma operação de busca e salvamento. Três grupos do Corpo de Busca e Resgate da Cruz Vermelha Norueguesa foram despachados e dez navios na área se ofereceram para ajudar na busca. 

Um CF-104 Starfighter durante a busca pelo  DHC-6 Twin Otter LN-BNK
Eles foram complementados por dois navios de busca e salvamento da Sociedade Norueguesa de Resgate Marítimo (NSSR); aDraug, o navio de mergulho da Marinha Real norueguesa ; e o navio da Guarda Costeira norueguesa Horten.

Dois caças RNoAF CF-104 e um Westland Sea King na estação aérea de Banak participaram da busca junto com outros dois helicópteros militares, assim como um Twin Otter de Widerøe e uma aeronave da companhia aérea norueguesa Norving. Partes da aeronave acidentada foram encontradas por volta das 18h do dia do acidente. 

Mapa da rota do vôo 933. A linha grossa é a rota seguida pelo radar;
"Vrak" é onde os destroços foram encontrados
A descoberta veio às 17h39 do dia 13 de março, quando um navio da NSSR encontrou o avião naufragado a 45 metros (150 pés) de profundidade, 1,1 quilômetros (0,7 mi) ao norte de Teistbergan. 

No dia seguinte, dois mergulhadores da polícia exploraram o local e confirmaram que se tratava da aeronave desaparecida. Um dos mergulhadores sofreu de doença descompressiva, que causou uma lesão cerebral vitalícia e subsequente incapacidade.

Uma tropa de mergulhadores chegou da Base Naval de Ramsund naquela noite e começou a trazer os corpos. O último corpo foi recuperado em 20 de março. Todos, exceto o capitão, foram encontrados, embora um corpo estivesse localizado a 300 metros (1.000 pés) dos destroços. 

Como os passageiros teriam sido expostos a uma força de 50 a 100 G no momento do impacto, todos teriam morrido instantaneamente. A Widerøe pagou uma indenização máxima de 330.000 coroas norueguesas (NOK) pelo acidente, custando à companhia aérea entre 4 e 5 milhões de coroas norueguesas.

Busca da causa do acidente


A investigação dos destroços mostrou que, antes do acidente, havia rachaduras no tubo de torque que conectava o elevador de bombordo ao sistema de controle do elevador. 

A Widerøe, a de Havilland Canada e a comissão de investigação inicial foram de opinião que isso era irrelevante para o acidente, enquanto a Transport Canada e o Swedish National Defense Research Instituteforam de opinião que isso causou um enfraquecimento da estrutura. 

A área do acidente estava sofrendo de forte turbulência em tempo claro de até 6.000 pés (1.800 m) de altitude. A velocidade do vento era comparável aos níveis usados ​​para certificar a aeronave. Pilotos Twin Otter de Widerøe e RNoAF confirmaram que o controle da altitude da aeronave pode ser difícil em condições de forte turbulência.

É possível que a turbulência tenha causado a quebra do tubo de torque que conduz o elevador de bombordo; isso permitiria que o elevador portuário se movesse livremente, mas os pilotos ainda reteriam aproximadamente metade de seu controle de atitude. A aeronave também tinha uma haste de tração com defeito e cabos de direção gastos, embora não se tenha certeza se isso foi parte da causa.

O estabilizador vertical da aeronave acidentada após ser recuperado do mar
Presume-se que a causa direta do acidente seja o colapso do estabilizador vertical. Existem duas explicações alternativas para como o acidente pode ter acontecido. 

A primeira explicação é que a falta de controle vertical causada pelo tubo de torque do elevador quebrado paralisou a aeronave. Por causa da falta de controle de inclinação, teria sido fácil para a aeronave cair de novo em um estol repetidamente, a cada vez perdendo altitude. A aeronave, portanto, eventualmente teria caído no mar. A barbatana vertical e o leme teriam se quebrado com o impacto. Essa teoria não explica por que o estabilizador vertical foi encontrado a essa distância da aeronave.

A segunda explicação é baseada na aeronave atingindo uma velocidade de pelo menos 180 nós (210 mph; 330 km/h), em comparação com a velocidade de cruzeiro normal da aeronave de 140 nós (160 mph; 260 km/h). Isso é possível em condições extremas de vento, uma vez que os pilotos perderam o uso do elevador. As simulações mostram que cada rajada de vento tinha 0,5% de possibilidade de quebra do leme; e a última comissão de inquérito concluiu que era provável que a aeronave pudesse ter sido atingida por pelo menos dez dessas rajadas. Esta alternativa explica porque o estabilizador vertical foi encontrado a essa distância da aeronave.

Atividade militar


A OTAN estava realizando o exercício militar "Alloy Express" no Norte da Noruega de 24 de Fevereiro a 24 de Março de 1982. O exercício estava praticando o envio de forças da OTAN para o Norte da Noruega em resposta a uma possível invasão soviética. 

Entre as aeronaves participantes estavam RNoAF F-5 Freedom Fighters, F-104 Starfighters e F-16 Fighting Falcons, bem como F-4 Phantom IIs e F-15 Eagles da Força Aérea dos Estados Unidos. 
Um mapa mostrando locais relevantes relacionados ao voo 933 e atividades militares na área
O porta-aviões da Marinha Real HMS Invincible estava ancorado em Vestfjorden e seus Sea Harriers estavam participando, assim como um destacamento de Hawker Siddeley Harriers do Squadron No. 1 da RAF voando para fora do Aeroporto de Tromsø. 

A política norueguesa proibia qualquer aeronave da OTAN de operar a leste do meridiano leste 24º, a menos que tivesse permissão explícita do governo; nenhuma permissão foi concedida para "Alloy Express".

No dia do acidente, dois Harriers voaram em missões de Tromsø, chamados Red 1 e Red 2. O primeiro foi o Harrier de dois lugares de número de série XW925 com o Wing Commander Peter Squire como piloto e o Major norueguês Bjørnar Vollstad. 

A aeronave deixou Tromsø às 14h27, quase uma hora após o acidente. Eles voaram para um campo de tiro perto de Setermoen, seguido por Red 2, um Harrier GR.3. O campo de tiro foi envolvido por uma nevasca, mas Squire optou por realizar a prática. 

Hawker Siddeley Harriers da RAF no Aeroporto de Tromsø durante o exercício "Alloy Express" em 1982
O Red 1 foi sujeito a uma explosão de ar; mas o piloto Squire não registrou nenhum dano, optando por retornar a Tromsø e pedindo um pouso prioritário por segurança. O piloto do Red 2 acreditou que suas armas não estavam seguras e optou por realizar um pouso prioritário na Estação Aérea de Bardufoss, localizada nas proximidades.

A violação da política do meridiano 24º por aeronaves militares durante os exercícios seria descoberta pelos centros de controle e notificação, que ordenariam que as aeronaves voltassem. Quaisquer incidentes seriam registrados no Centro de Controle e Relatório Sørreisa (CRC) e na estação de radar que rastreava as aeronaves.

Durante um exercício três anos depois, em 13 de março de 1985, dois Sea Harriers do HMS Invincible, então ancorados ao largo de Andøya, foram registrados como estando 150 quilômetros (93 mi) dentro da zona de exclusão aérea, comparativamente perto do local onde o HMS Invincible estava em 1982. 

O porta aviões do Reino Unido HMS Invincible
Este foi o único incidente que a comissão parlamentar conseguiu verificar. Os membros da comissão realizaram entrevistas com dezenas de controladores de tráfego aéreo, pilotos e comandantes civis e militares; nenhum jamais havia observado aeronaves estrangeiras na zona de exclusão aérea, embora todos tivessem ouvido rumores de tal atividade. A comissão concluiu que as supostas violações frequentes da zona eram resultado de uma lenda urbana.

As investigações


Primeira investigação

A primeira investigação foi realizada por uma comissão militar, liderada pelo Tenente General Wilhelm Mohr e composta pelo Capitão Stein I. Eriksen, o Inspetor de Polícia Liv Daae Gabrielsen e o piloto Hallvard Vikholt. Os destroços foram salvos por MS Hugo Trygvasson a partir de 16 de março. Os destroços foram içados a bordo e armazenados antes de serem transportados para um hangar no aeroporto de Bodø, onde foi realizada a investigação. A falta de espaço a bordo do navio fez com que os destroços ficassem amontoados e poderiam ter sofrido danos durante o carregamento e transporte. Algumas das análises técnicas dos componentes da aeronave foram realizadas por de Havilland Canada e por Transport Canada. 

Houve uma testemunha ocular do acidente - Grete Mortensen, que trabalhava ao ar livre em um jardim de infância em Gamvik. Os comentários de Mortensen foram fundamentais para localizar a aeronave após o acidente. Ela afirmou ter ouvido um barulho alto e informou a comissão inicial que "um pouco depois" ela viu um caça a jato na área. A comissão inicial não pediu na época o intervalo de tempo entre os avistamentos das duas aeronaves. 

Em 1987, ela especificou que o caça surgiu cerca de um a cinco minutos após o estrondo. A comissão final afirmou que a especificação posterior poderia muito bem ter sido influenciada pelos relatos da mídia. A última comissão afirmou que o não interesse da primeira comissão em acompanhar seus comentários foi utilizado pela mídia para levantar dúvidas sobre a existência de um caça na área.

A primeira comissão concluiu que "partes vitais do estabilizador vertical entraram em colapso devido à sobrecarga enquanto ainda estava no ar tornando impossível o controle adicional da aeronave". A conclusão foi unânime e foi apresentada em uma coletiva de imprensa em Mehamn em 20 de julho de 1984. 


O principal programa de notícias da Norwegian Broadcasting Corporation (NRK), Dagsrevyen, optou por enfatizar a parte do relatório que foi considerada interessante - que o capitão havia tomado medicamentos sem permissão de um médico autorizado da aviação. Parte da história continha fotos de medicamentos e o programa dava a impressão de que a comissão estava colocando parte da culpa no capitão, enquanto na realidade não havia tais conclusões no relatório.

Segunda investigação

O Eastern Finnmark está localizado perto da então fronteira da Noruega com a União Soviética, com grande atividade militar em ambos os lados. A Guerra Fria forçou o sigilo sobre as instalações militares - por exemplo, os alcances dos sistemas de radar militares - o que fez com que certos detalhes não fossem revelados no relatório da comissão. 

Vários eventos históricos fizeram com que as pessoas em Finnmark tivessem uma atitude mais cética em relação às autoridades. Logo após o acidente, começaram a circular rumores sobre vários detalhes das operações de salvamento; que foram subsequentemente fáceis de verificar como não sendo verdadeiras. A quarta comissão descobriu que havia dezenas de rumores e observações menores e maiores que foram relatados por testemunhas; que eram fáceis de provar como falsas, muitas vezes porque as pessoas em questão não se encontravam no local em questão na data do acidente.

Um debate público sobre a causa do acidente surgiu após o relatório, em parte por causa dos avistamentos de caças a jato. Tais relatos vinham aparecendo na mídia logo após o acidente. Fremover relatou em janeiro de 1987 que o radar havia observado uma aeronave não identificada que estava em rota de colisão com o Twin Otter. O problema aumentou com o irmão do capitão, o piloto-chefe de Widerøe, John Hovring, afirmando que o acidente deve ter ocorrido como resultado de uma colisão com um caça ou míssil. Ele afirmou ainda que o General Mohr, como oficial da Força Aérea, tinha grande interesse em encobrir a causa real.

O governo, portanto, nomeou três novos membros para a comissão em 6 de fevereiro de 1987 e ordenou uma nova investigação do acidente. Os novos membros foram o Juiz de Apelação Christian Borchsenius, Erik Øie da Administração de Aviação Civil da Noruega e o Professor Janne Carlzon do Instituto Real de Tecnologia de Estocolmo. A comissão ampliada foi encarregada de examinar especialmente três questões: todos os movimentos aéreos na área na época; como a rachadura no tubo de torque foi causada; e uso de medicação pelo piloto.

A comissão realizou investigações em todos os registros de tráfego da região, bem como entrevistas com várias pessoas novas. A TI concluiu no seu relatório de 29 de Junho de 1988 que poderia ser excluída a existência de outras aeronaves na área; e que nenhum outro objeto no ar poderia ter causado o acidente. Além de ser mais explícito em alguns aspectos técnicos das conclusões, a segunda comissão concordou com a primeira. Mohr recebeu várias ameaças, incluindo algumas contra sua vida.

Terceira investigação

O debate sobre o acidente ressurgiu em 1997. O sobrinho do capitão apresentou novas evidências de um oficial anônimo da Força Aérea, mais tarde identificado como Per Garvin. O parlamentar Erling Folkvord (Aliança Eleitoral Vermelha) posteriormente levantou questões sobre o acidente no Parlamento ao Ministro dos Transportes e Comunicações sobre a investigação; e tinha um capítulo em um livro que escreveu dedicado ao assunto. 

Sua principal afirmação foi que a observação de Mortensen não havia sido investigada com mais cuidado. A mídia também informou que a causa do acidente nunca foi encontrada e que um Harrier danificado pousou em Tromsø no dia do acidente.

O Accident Investigation Board Norway (AIBN) decidiu em 1997 investigar as novas alegações. Ele investigou registros de aeroportos e estações de radar, mas não conseguiu encontrar nenhuma evidência de aeronaves no ar no momento do acidente. Em fevereiro, foi feita uma reclamação de que as toras do aeroporto de Tromsø haviam sido adulteradas; a análise mostrou que não era esse o caso. O AIBN concluiu que não havia evidências para apoiar as reivindicações.

Quarta investigação - Investigação parlamentar

Em 19 de novembro de 2002, a série de documentários "Brennpunkt" da NRK transmitiu o episódio " Vanskelige vitner" ("Testemunhas difíceis"). O programa alegou que tinha novas evidências sobre o acidente, que mostravam conclusivamente que o Twin Otter havia colidido com um Harrier. 

Incluía uma entrevista com o ex-tenente-coronel Per Garvin, então encarregado do CRC Sørreisa. Ele afirmou ter visto dois Harriers voando para a zona de exclusão aérea no dia do acidente, combinado com um comentário de que Harriers voando de Gamvik para Tromsø foram observados por testemunhas durante todo o caminho. O principal pesquisador do documentário foi o ex-piloto Widerøe Ulf Larsstuvold, que havia sido um porta-voz a favor da 'teoria Harrier'.

Isso estimulou um debate público sobre o incidente e subsequente debate no Parlamento. Foi debatido pela primeira vez em 16 de dezembro de 2002 e uma nova comissão foi nomeada em 6 de fevereiro de 2003. O jurista Gaute Gregusson , ex-presidente da Corte de Apelação de Hålogaland , foi nomeado presidente da comissão. Entre os outros sete membros estava o ex- bispo de Hålogaland, Ola Steinholt, bem como quatro especialistas nas áreas de aerodinâmica, radar, gestão de risco e operações de voo, incluindo um professor e um piloto.

A comissão conduziu trinta audiências públicas e 219 testemunhas foram entrevistadas - todas exceto três em audiências públicas. Entre as três comissões, 309 pessoas foram entrevistadas. A comissão realizou 35 reuniões e entrevistou funcionários britânicos, além de visitar todos os sites relevantes. Também considerou todo o material arquivado das três primeiras investigações. 

O Chefe da Defesa da Noruega desclassificou todo o pessoal militar de seu sigilo profissional em relação ao incidente. Além disso, vários documentos relevantes para o caso foram desclassificados pelos militares. Os destroços da aeronave foram enterrados após a investigação inicial e, portanto, não foi possível para a quarta comissão investigá-los. A busca de peças foi realizada em setembro de 2003; um tanque de queda foi encontrado, mas era incompatível com aqueles usados ​​por um Harrier.

Entrevistas e análise

Per Garvin afirmou à comissão que observou aeronaves na zona de exclusão aérea no dia do acidente e comunicou-se com a estação de Kautokeino, que também observou essas aeronaves. Ele afirmou que havia ordenado que seu assistente registrasse o incidente. 

Outro operador deu provas de que observou o Red 1 e o Red 2 voar primeiro de Tromsø para Setermoen e depois para norte para Alta e Kautokeino, na zona de exclusão aérea. Nenhum outro funcionário da Sørreisa poderia se lembrar de tais incidentes, e os registros mostravam que Garvin não estava trabalhando no dia do acidente. Garvin nunca fez nenhum comentário sobre Harriers durante a década de 1980 e suas declarações entre 1997 e 2003 mudaram de uma possibilidade para um certo fato.

Um funcionário de Kautokeino afirmou ter observado aeronaves aliadas na zona de exclusão aérea no dia do acidente, mas as investigações mostraram que ele não estava trabalhando em Finnmark em março. As investigações dos registros em Kautokeino e Sørreisa não mostraram entradas a respeito de qualquer tráfego aéreo da OTAN.

O capitão Stein Aarbogh, trabalhando no campo de tiro de Setermoen, afirmou que no dia do acidente dois Harriers eram esperados, mas que apareceram várias horas atrasadoa, por volta das cinco horas da tarde. Aarbogh tinha certeza de quem era o oficial de tiro no campo de tiro no dia do incidente, mas a comissão pôde documentar que a pessoa em questão estava trabalhando na Estação Aérea de Rygge em 11 de março. Portanto, este incidente não poderia ter ocorrido no dia do acidente.

Quatro testemunhas afirmaram ter observado aviões de combate na área do acidente. Um pescador afirmou que viu um Twin Otter e um caça a jato ao mesmo tempo na área, mas não conseguia se lembrar se foi antes ou depois do acidente, nem mesmo se foi no mesmo dia. Caso fosse após o acidente, ele estaria observando duas das aeronaves de busca.

Algumas testemunhas afirmaram ter visto um Harrier danificado em Bardufoss no momento do acidente. Alguns alegaram que a asa direita foi danificada, outros a asa esquerda ou a barriga. Algumas das testemunhas afirmaram que havia restos de tinta verde na aeronave. No momento do acidente, Widerøe não tinha um esquema de pintura verde dominante em sua aeronave. A distância de Gamvik a Bardufoss é de 430 quilômetros (270 milhas) e o Harrier teria que voar para fora e para trás sob cobertura de radar. Um Harrier não tem combustível suficiente para essa viagem de ida e volta e a aeronave teria passado por mais de dez aeroportos na rota de Gamvik para Bardufoss.

A fratura do estabilizador vertical foi apontada nos relatórios como a causa do acidente
O relatório foi publicado em 20 de setembro de 2005. Ele apoiou totalmente as conclusões de todos os três relatórios anteriores e não encontrou nenhuma evidência de impacto com um Harrier ou qualquer outra aeronave. 

A conclusão foi fundada em primeiro lugar em uma revisão completa de todos os registros e documentação e uma revisão completa de todas as análises técnicas nos primeiros relatórios. Concluiu que todas as testemunhas de aeronaves de caça haviam prestado declarações muitos anos após o acidente e que havia um alto grau de incerteza quanto ao momento de suas observações. Apenas a declaração de Grete Mortensen não pôde ser rejeitada, mas a comissão também não conseguiu descobrir que apresentasse qualquer evidência conclusiva. 

A comissão também concluiu, sem sombra de dúvida, que nenhum Harrier estava no ar no momento do acidente. A comissão também rejeitou que a saúde do capitão a saúde teve uma influência no acidente e descobriu que falhas semelhantes de controle de elevador ocorreram em outros Twin Otters acidentados.

Reação


Apesar das conclusões do relatório, a NRK afirmou que manteve a posição de que seu programa documentou um incidente de Harrier. O jornalista de Nordlys, Skjalg Fjellheim, afirmou após a reportagem que, embora tivesse aplaudido o programa de documentários na época, ele agora o caracterizava como ficção.

O Bispo Steinholt da comissão afirmou que quando ele viu o programa originalmente, ele imediatamente pensou em "assassinato". No dia da reportagem, ele criticou a NRK por transmitir o documentário, afirmando que o programa não atendia aos próprios requisitos de objetividade da NRK e que tinha testemunhas e entrevistados escolhidos a dedo. A última comissão afirmou que, de vários jornalistas independentes trabalhando ao longo do tempo, a falha em encontrar evidências de uma colisão fortalece a rejeição da 'teoria Harrier'.

O pesquisador do documentário Ulf Larsstuvold afirmou que acreditava que o Parlamento estava agindo como parte do acobertamento e que a comissão havia sido secretamente instruída a ocultar qualquer evidência em apoio à 'teoria Harrier'.

Wera Dahle Jensen, que perdeu seu marido no acidente, foi a única parente mais próxima a não ter acreditado na história de Harrier. Ela afirmou após o relatório final que isso tinha sido um fardo extra e que ela não tinha sido considerada parte no caso. Ela também estava preocupada que as "histórias fantásticas" tivessem colocado o foco na segurança da aviação de lado, já que Widerøe em acidentes posteriores também não tinha uma cultura voltada para a segurança.

Jornalista do 'Dagbladet Kristoffer Egeberg' comentou que para a teoria Harrier ser verdadeira, centenas - senão milhares - de militares, policiais, governamentais e civis da aviação teriam que ficar calados. O único propósito de um encobrimento seria proteger um único piloto britânico e evitar o desconforto marginal de admitir que uma aeronave da OTAN havia voado em uma zona de exclusão aérea auto imposta dentro do território norueguês. O encobrimento teria de ser feito ao longo de duas décadas, também após o fim da Guerra Fria. 

Tanto o fabricante quanto a companhia aérea aceitaram que o acidente foi causado por uma falha mecânica. A 'teoria Harrier' é baseada em testemunhas que relembram detalhes intrincados até duas décadas após o incidente, que elas escolheram não informar às autoridades ou à comissão durante a investigação inicial.

O custo da investigação parlamentar foi de 20 milhões de coroas norueguesas. O Parlamento decidiu, em 3 de maio de 2006, conceder um pagamento 'ex gratia' aos familiares pelo ônus extra de ter uma nova comissão para examinar o caso. O governo decidiu em outubro de 2006 conceder entre 50.000 coroas e 200.000 coroas por pessoa, totalizando 8,75 milhões de coroas norueguesas.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipedia e ASN 

Caça F-16 pousa no aeródromo de Eelde após colisão com pássaro


O caça a jato 
General Dynamics F-16AM, número de cauda J-055do 312º Esquadrão da Força Aérea Real da Holanda (312 Sqn Koninklijke Luchtmacht (KLu))fez um pouso no Aeroporto de Groningen Eelde esta manhã após uma colisão com um pássaro. O piloto conseguiu pousar o F-16 com segurança no aeroporto.

Os serviços de emergência do aeroporto inspecionaram o F-16 após o pouso preventivo. Entre outras coisas, entrou na pista o concurso de emergência do corpo de bombeiros, que é um grande veículo extintor de incêndio usado principalmente em aeroportos.


A aeronave já havia partido da Base Aérea de Volkel para um voo regular. Parece que a aeronave não vai mais decolar hoje porque uma parte está danificada, estima o serviço do aeroporto de Eelde.

De acordo com um porta-voz da Força Aérea, é procedimento normal pousar após uma colisão com um pássaro. "Então excluímos qualquer risco e pousamos na base mais próxima."

Via ASN e rtvdrenthe.nl

Boeing 737 da Smartwings faz pouso de emergência no Paquistão após colisão com pássaros


Nesta sexta-feira (10), o Boeing 737-8Z9, prefixo OK-TVX, da Smartwings, arrendado realizando voo 
FZ334 da flydubai, de Karachi, no Paquistão, para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, retornou com segurança ao aeroporto de Karachi após sofrer um ataque de pássaro, 11 minutos após a partida.

Via ASN e Pakistan Aviation News

Avião nepalês faz pouso de emergência após 'indicação de incêndio' no motor


O turboélice de Havilland Canada DHC-8-402Q Dash 8, prefixo 9N-ANR, da Shree Airlines, fez um pouso de emergência seguro no Nepal nesta quinta-feira (9) após uma "indicação de incêndio" em um de seus motores, disseram autoridades, em um país em alerta intensificado sobre a segurança da aviação após um acidente mortal ATR 72 em janeiro.

O avião da Shree Airlines estava em um voo programado de Katmandu para Bhairahawa, no sudoeste do Nepal, com 78 pessoas, incluindo a tripulação, a bordo.

"O piloto relatou uma indicação de incêndio no motor direito e o avião foi desviado para Katmandu imediatamente", disse à Reuters o porta-voz da Shree Airlines, Anil Manandhar.

Jagannath Niroula, porta-voz da Autoridade de Aviação Civil do Nepal (CAAN), disse que o avião pousou com segurança em Katmandu e que todos os passageiros e tripulantes estavam seguros. "Não havia indicação de fogo quando pousou", disse Niroula.

O montanhoso Nepal, lar de oito dos 14 picos mais altos do mundo, incluindo o Monte Everest, tem um histórico de frequentes acidentes aéreos. Muitos deles são atribuídos a terrenos difíceis e mudanças repentinas nas condições climáticas.

A Autoridade de Aviação Civil do Nepal (CAAN) instruiu a Shree Airlines a aterrar todas as suas aeronaves até que as verificações de segurança dos motores sejam concluídas.

O porta-voz da CAAN, Jagannath Niraula, disse que foi tomada a decisão de permitir que a Shree Airlines faça voos somente após verificações completas dos motores. Niraula disse que as aeronaves da Shree Airlines só farão voos após a conclusão da verificação de segurança dos técnicos da CAAN.

"Os aviões da Shree Airlines só teriam permissão para voar depois que os técnicos da CAAN confirmaram a segurança dos motores. Os aviões estão em solo após o incidente de quinta-feira", acrescentou Niraula. Com a decisão da CAAN, nenhum avião da Shree Airlines conseguiria permissão para voar.

Via ASN, Reuters e My República