A companhia aérea australiana Qantas anunciou nesta segunda-feira (2) o lançamento dos primeiros voos comerciais diretos de Sydney a Londres e Nova York para 2025, o que chamou de solução para a "tirania da distância".
A empresa informou que encomendou 12 aviões Airbus A350-1000 para operar os voos do "Projeto Amanhecer", de Sydney para várias cidades, incluindo Londres e Nova York, a partir do fim de 2025.
De acordo com o preço de catálogo de 2018, último ano em que a Airbus publicou os preços indicativos de seus aviões, o A350-1000 era vendido a 366,5 milhões de dólares. Mas a tarifa não representa o preço real pago pelas companhias aéreas, porque as negociações permitem descontos, em particular nos grandes pedidos.
A Qantas confirmou que conseguiu uma redução significativa no preço da aeronave.
"Os novos tipos de avião tornam possível novas coisas", afirmou em um comunicado do CEO da Qantas, Alan Joyce.
"É a última fronteira e a última solução para a tirania da distância", acrescentou.
A Qantas já organizou voos de teste para aviões de longa distância em 2019, incluindo um Londres-Sydney de 17.750 quilômetros, que durou 19 horas e 19 minutos.
No mesmo ano, o voo de teste NY-Sydney, de 16.200 km, durou pouco mais de 19 horas.
A Singapore Airlines tem atualmente o voo comercial mais longo do mundo sem escalas, entre Singapura e Nova York, que dura quase 19 horas.
A Qantas já opera uma conexão entre Perth, no sudoeste da Austrália, e Londres de 14.498 quilômetros, que dura 17 horas.
"Como vocês podem imaginar, a cabine foi especialmente projetada para o máximo de conforto nos voos de longa distância", afirmou Joyce.
A Qantas informou que novo A350 será adaptado para 238 passageiros, com uma primeira classe que oferecerá uma cama separada, assento reclinável e um armário.
Também promete uma classe econômica mais espaçosa e uma área projetada "para movimentar, alongar e hidratar".
Ao mesmo tempo, a Qantas confirmou que também fez um pedido de 40 aviões A321 XLR e A220 a Airbus. A empresa assinou ainda opções de compra de 94 aviões adicionais do tipo até o fim de 2034.
No catálogo de venda de 2018 da Airbus, o A220 custava 81 milhões de dólares pare o modelo A220-100 e US$ 91,5 milhões para o A220-300. O A321 XLR só foi lançado em 2019.
"Os A320 e A220 serão a coluna vertebral de nossa frota nacional nos próximos 20 anos", declarou o CEO da empresa.
O novo avião reduziria as emissões de gases do efeito estufa em pelo menos 15% se funcionar com combustíveis fósseis, e um pouco mais se usar combustível de aviação mais duradouro, disse.
Via AFP - Foto: Wendell Teodoro/AFP
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