quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Avião da Polícia Militar de Minas Gerais se acidenta durante o pouso no Aeroporto da Pampulha

Na tarde desta quarta-feira (19), a aeronave Beechcraft C90A King Air, prefixo PR-OSO, da Polícia Militar de Minas Gerais, se acidentou ao pousar no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (MG). O incidente, que ocorreu por volta das 17h, interditou a pista.

Segundo a Infraero, a aeronave de matrícula PT-OSO, estava fazendo um voo de manutenção e tinha quatro pessoas a bordo. Ninguém ficou ferido, mas o avião sofreu danos.

Em nota, enviada hoje, a Infraero informou que a pista foi liberada às 20h33. A causa do incidente não foi informada e, segundo a agência, um voo teve que alterar o trajeto para o Aeroporto de Confins. 

A aeronave foi fabricada em 1981 e é do modelo King Air C90. Ele possui dois motores turboélice e capacidade máxima para sete pessoas. Segundo registros na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o avião está em situação normal de aeronavegabilidade e tem certificado válido até agosto deste ano.

Via Amigos do Porta de Hangar, UOL e site Desastres Aéreos

Avião bimotor tem problema mecânico e se acidenta ao tentar pouso de emergência em Curitiba (PR)


Um avião com problemas no motor precisou fazer um pouso forçado no Aeroporto Bacacheri, em Curitiba, nesta quarta-feira (19). O bimotor Beechcraft 58 Baron, prefixo PR-JGV, da empresa Pajoara Indústria e Comércioteve um problema mecânico e chegou a bater em um barranco. Por sorte, os três ocupantes da aeronave escaparam ilesos do acidente.

Veja o momento em que o avião se aproxima do aeroporto para tentar o pouso de emergência:


Conforme foi apurado no local, a aeronave saiu de Campo Grande (MS) e teria sofrido problema em um dos motores. O avião começou a voar baixo, atravessou a pista e só parou quando colidiu no barranco.


Equipe de socorristas de uma empresa de táxi aéreo prestou os primeiros atendimentos aos ocupantes do bimotor e todos foram liberados ainda no local.

Via Massa News, XVCuritiba e Site Desastres Aéreos

Helicóptero cai na praia de Canasvieiras, em Florianópolis (SC)

Ao menos três pessoas estavam no helicóptero no momento da queda. Vítimas eram turistas e tiveram ferimentos leves, segundo Corpo de Bombeiros.

De acordo com a Guarda Municipal, nenhum banhista foi ferido (Foto: Vera Debastiani)
O helicóptero Robinson R44 Raven II, prefixo PR-NEW, da Icaraí Taxi Aéreo, caiu no mar na praia de Canasvieiras, um dos principais destinos turísticos de Florianópolis, no fim da tarde desta quarta-feira (19).


Três pessoas estavam no helicóptero e tiveram ferimentos leves, segundo informações da Guarda Municipal, que atende a ocorrência. O acidente ocorreu pouco depois das 17h. Apesar da queda ter ocorrido próximo à faixa de areia, nenhum banhista foi atingido.


As vítimas, segundo o 1º tenente do Corpo de Bombeiros Militar Roberto Rosa Machado, eram turistas e tiveram ferimentos leves. Elas foram transportadas para as unidades de pronto atendimento próximas.

Ainda, segundo o tenente, as primeiras informações são de que "o piloto conseguiu pousar o helicóptero em relativa segurança".

Aeronave sobrevoava praia de Canasvieiras, Norte da Ilha de SC, quando caiu no mar
(Foto: Joice Ferrari da Costa/Divulgação)
A aeronave fazia turismo e táxi aéreo. A reportagem não conseguiu contato com a empresa até a última atualização desta matéria. Segundo portaria da Agência Nacional de Aviação (Anac), o helicóptero estava com as licenças em dia.

Via g1, Metrópoles, CNN Brasil e Site Desastres Aéreos

Aconteceu em 19 de janeiro de 2017 - Queda de avião em Paraty (RJ) mata ministro do STF Teori Zavascki


Às 13h01 do dia 19 de janeiro de 2017, o bimotor Beechcraft King Air C90GT, prefixo PR-SOM, da empresa Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras, decolou do Campo de Marte, em São Paulo, com o piloto Osmar Rodrigues e quatro passageiros a bordo, sendo eles o ministro do STF Teori Zavascki, Carlos Alberto Filgueiras, dono do avião, Maíra Panas, massoterapeuta e sua mãe Maria Hilda Panas.

O Beechcraft King Air C90GT envolvido no acidente
Meia-hora depois o avião não chegou até Paraty (RJ), seu destino. O aeroporto de Paraty teria dado a permissão para o pouso da aeronave.

De acordo com os regulamentos de tráfego aéreo brasileiro, o pouso visual só pode ser feito com uma visibilidade horizontal mínima de 5 km e teto de 300 metros. Se as condições do tempo estiverem pior do que esse mínimo, os pousos não podem ser feitos. 


No caso do aeroporto de Paraty, no entanto, não é possível determinar com precisão quais eram as condições de teto e visibilidade no momento do acidente. O aeroporto não tem torre de controle, tampouco uma estação meteorológica. Nesse caso, a decisão sobre se há condições ou não para o pouso cabe ao piloto do avião.

Durante a segunda tentativa de aproximação para pouso no aeródromo de Paraty, a aeronave adentrou uma região sob condições meteorológicas de visibilidade restrita, que levaram o piloto a perder contato visual com as referências do terreno, acarretando a perda de controle e o impacto da aeronave contra a água nas proximidades da Ilha Rasa.

Chovia na hora do acidente. Segundo o Clima Tempo, uma chuva moderada. Entre as 13h e 14h, foram 11 milímetros de precipitação. Ainda de acordo com o Clima Tempo, não havia registro de vento forte. A Marinha soube do acidente às 13h45.


A aeronave ficou destruída. O piloto e os quatro passageiros faleceram.


A aeronave teve a asa direita arrancada na altura da nacele do motor e o cone de cauda seccionado na altura do bordo de ataque dos estabilizadores horizontais. A ponta da asa esquerda teve uma deformação significativa para baixo e para trás, em cerca de 2,90m.

Ilustração do alcance visual do piloto (estimado em 1.500m), em relação à trajetória da
aeronave (aeronave fora de escala)
Ambos os motores se desprenderam das asas. A seção dianteira da fuselagem permaneceu relativamente preservada, com enrugamentos nas laterais e um amassamento significativo na parte superior da cabine de pilotagem. Os danos de rasgamento observados na lateral esquerda da fuselagem decorreram da ação de resgate dos corpos das vítimas.


O presidente Michel Temer manifestou pesar pela morte do ministro e decretou luto oficial de três dias. Além do presidente, políticos e juristas lamentaram a morte de Teori, dentre eles os ex-presidentes Dilma Rousseff, Lula, José Sarney; a ministra Cármen Lúcia, ex-presidente do STF, e os ministros e ex-ministros da Corte; associações de magistrados, procuradores e delegados da Polícia Federal; Ordem dos Advogados do Brasil; e muitos líderes e partidos políticos. A morte do ministro também teve repercussão nos principais veículos da imprensa internacional.


O corpo foi liberado pelo IML um dia após do acidente e transportado para o Rio de Janeiro para embalsamamento. O velório aconteceu no plenário do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, e sepultamento ocorreu às 18h45 no cemitério Jardim da Paz, na zona leste da capital gaúcha.


O Relatório Final do acidente apontou as seguintes conclusões: 

3.1.Fatos.

a) o piloto estava com o Certificado Médico Aeronáutico (CMA) válido; 

b) o piloto estava com as habilitações técnicas de classe avião multimotor terrestre (MLTE) e de voo por instrumentos (IFR) válidas; 

c) o piloto estava qualificado e possuía experiência no tipo de voo;
 
d) a aeronave estava com o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) válido;
 
e) a escrituração das cadernetas de célula, motores e hélices estava atualizada;
 
f) não se evidenciou qualquer condição de falha ou mau funcionamento de sistemas e/ou de componentes da aeronave que pudesse ter afetado o desempenho ou o controle em voo;
 
g) não se evidenciaram alterações de ordem médica, no período anterior ao acidente, que pudessem ter afetado o desempenho do piloto em voo;
 
h) a cultura presente, à época, valorizava os pilotos que efetuavam o pouso mesmo em condições meteorológicas adversas;
 
i) houve um atraso de uma hora e trinta minutos na decolagem devido à demora na chegada de um dos passageiros, fato este que incomodou o operador;
 
j) as informações meteorológicas, observadas antes do horário de decolagem, indicavam condições favoráveis ao voo visual, com possibilidade de degradação por chuva contínua e a presença de TCU na região de Paraty, RJ;
 
k) não houve anormalidades durante a decolagem, subida, voo em rota e descida da aeronave;
 
l) o aeródromo de SDTK permitia, exclusivamente, operações sob regras de voo VFR;
 
m) na primeira tentativa de aproximação, o trem de pouso foi baixado e houve um aumento significativo da razão de descida, seguido de um alerta de Sink Rate;
 
n) a primeira tentativa de aproximação foi cancelada e o piloto informou que iria aguardar a passagem da chuva e a melhoria da visibilidade;
 
o) havia chuva com potencial de precipitação da ordem de 25 mm/h, abrangendo a região da Baía de Paraty;
 
p) a visibilidade horizontal, registrada por uma câmera de segurança, localizada em um heliponto da Baía de Paraty, equivalia a 1.500m;
 
q) havia indicações de que o piloto estava tenso durante as tentativas de aproximação;
 
r) cerca de dois minutos e dez segundos após o recolhimento do trem de pouso, na primeira tentativa de aproximação, a aeronave iniciou nova tentativa;
 
s) o campo visual do piloto estava restrito e com poucas referências visuais do solo que pudessem permitir a sua correta orientação; 
 
t) as condições de voo encontradas pelo piloto favoreciam à ocorrência de ilusão vestibular por excesso de “G” e de ilusão visual de terreno homogêneo;
 
u) houve a perda de controle e a aeronave impactou contra a água, com grande ângulo de inclinação das asas;
 
v) a aeronave ficou destruída; e
 
w) todos os ocupantes sofreram lesões fatais.


3.2.Fatores contribuintes.

- Características da tarefa - indeterminado.

As operações em Paraty, RJ, demandavam que os pilotos se adaptassem à rotina dos operadores, o que era característico da aviação executiva. Além disso, entre os operadores, possivelmente por desconhecimento dos requisitos mínimos de operação em SDTK, perdurava o reconhecimento e a valorização dos pilotos que efetuavam o pouso mesmo em condições meteorológicas adversas. 

Embora não houvesse indícios de pressão externa por parte do operador, essas características presentes na operação em Paraty, RJ, podem ter favorecido a pressão autoimposta por parte do piloto, levando-o a operar com margens reduzidas de segurança.
- Condições meteorológicas adversas - contribuiu.

No momento do impacto da aeronave, havia chuva com potencial de precipitação da ordem de 25 mm/h, abrangendo a região da Baía de Paraty, e a visibilidade horizontal era de 1.500m. Tal visibilidade horizontal estava abaixo da mínima requerida para operações de pouso e decolagem sob VFR.

Uma vez que o aeródromo de SDTK permitia, unicamente, operações sob regras de voo VFR, as condições meteorológicas se mostraram impeditivas para a operação dentro dos limites mínimos de segurança requeridos.

- Cultura do grupo de trabalho - contribuiu.

Entre os membros do grupo de pilotos que realizava voos rotineiros para a região de Paraty, RJ, havia uma cultura de reconhecimento e valorização daqueles que operavam sob condições adversas, em detrimento dos requisitos estabelecidos para a operação VFR. Esses valores compartilhados promoveram a adesão a práticas informais e interferiram na percepção e na adequada análise dos riscos presentes na operação em SDTK.

- Desorientação - indeterminado.

As condições de baixa visibilidade, de curva à baixa altura sobre a água, somadas ao estresse do piloto e, ainda, às condições dos destroços, os quais não evidenciaram qualquer falha que pudesse ter comprometido o desempenho e/ou a controlabilidade da aeronave, indicam que o piloto muito provavelmente teve uma desorientação espacial que acarretou a perda de controle da aeronave. 

- Estado emocional - indeterminado.

Por meio da análise dos parâmetros de voz, fala e linguagem, foram identificadas variações no estado emocional do piloto que evidenciaram indícios de estresse nos momentos finais do voo. O elevado nível de ansiedade do piloto pode ter influenciado a sua decisão de realizar nova tentativa de aproximação para o pouso, sob condições meteorológicas adversas, e ter contribuído para a sua desorientação.

- Ilusões - indeterminado.

As condições de voo enfrentadas pelo piloto favoreceram a ocorrência da ilusão vestibular por excesso de “G” e da ilusão visual de terreno homogêneo. Tais ilusões provavelmente tiveram, como consequência, a sensação do piloto de que o ângulo de inclinação estava se reduzindo e de que ele se encontrava em uma altura acima da real.
 
Essas sensações podem ter levado o piloto a tentar corrigir, equivocadamente, as condições as quais estava experimentando. Assim, a grande inclinação de asas e o movimento em descida, observados no momento do impacto da aeronave, provavelmente são consequência dos fenômenos das ilusões.

- Processo decisório - contribuiu.

As condições meteorológicas presentes em SDTK resultaram em restrições de visibilidade que eram impeditivas ao voo sob regras VFR. Nesse contexto, a realização de duas tentativas de aproximação para o pouso denotou uma inadequada avaliação sobre as condições mínimas requeridas para a operação no aeródromo.


Sobre Teori Zavascki



Teori tomara posse em 29 de novembro de 2012 na Suprema Corte para assumir a vaga decorrente da aposentadoria do ministro Cezar Peluso. Antes, cumpriu uma trajetória brilhante no Superior Tribunal de Justiça, entre 2003 e 2012, e no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no Rio Grande do Sul, o qual presidiu no biênio de 2001 a 2003.

Sua carreira jurídica e acadêmica foi construída no Rio Grande do sul, embora fosse natural de Faxinal dos Guedes, Santa Catarina, nascido a 15 de agosto de 1948. Teori era viúvo, pai de três filhos e gremista apaixonado, clube no qual atuou como conselheiro.

No STF, foi o relator de um dos casos mais complexos e notórios do Tribunal, os processos da operação "lava jato", mas não foram só eles. Segundo dados apresentados na memória jurisprudencial do ministro Teori Zavascki, entre 2013 e 2016 ele julgou como relator 2.203 casos no STF.

Mas surgiram ainda 60 casos de 2017 a 2019 que estavam sob sua relatoria, sobre os quais já havia proferido voto, que foram julgados após a sua morte. Com isso foi um total de 2.263 casos julgados no Supremo Tribunal Federal.

Toda a trajetória do ministro Teori Zavascki, desde os tempos em que começou como advogado, trabalhou e dedicou grande parte da vida ao magistério e à magistratura até sua precoce morte, em 19 de janeiro de 2017.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com g1, Estadão, Folha de S.Paulo, Wikipedia.

Vídeo: Mayday Desastres Aéreos - Bristow 56C - Helicóptero ao Mar

Via Cavok Vídeos

Aconteceu em 19 de janeiro de 1995: Bristow Helicopters voo 56 - Helicóptero ao Mar

O voo 56C da Bristow Helicopters foi um voo de helicóptero que voou entre Aberdeen, na Escócia, e a plataforma de petróleo Brae Alpha no Mar do Norte.


Em 19 de janeiro de 1995, o helicóptero AS 332L Super Puma, prefixo G-TIGK, da Bristow Helicoptersdenominado 'Cullen' (foto acima), foi atingido por um raio. 

O voo transportava 16 trabalhadores do petróleo de Aberdeen para uma plataforma de petróleo no campo de petróleo de Brae . Todas as 18 pessoas a bordo sobreviveram.

O comandante do voo foi Cedric Roberts (44). Ele estava com a Bristow Helicopters Ltd desde 1974. Ele era um piloto muito experiente, com mais de 9.600 horas de voo em seu currículo. O primeiro oficial foi Lionel Sole (39). Sole trabalhava na Bristow Helicopters Ltd desde 1990. Ele tinha mais de 3.100 horas de voo em seu crédito.

O voo de Aberdeen para a plataforma OIl é de 200 quilômetros, o que levaria cerca de 1 hora. No caminho para a plataforma de petróleo, os pilotos notaram algo - embora a previsão fosse de céu claro, nuvens começaram a se formar ao redor da rota de voo do Super Puma, sugerindo uma tempestade. 

Por sua vez, os pilotos quiseram voar mais alto para evitar uma tempestade, mas as nuvens se estenderam ao redor da rota de voo do helicóptero, principalmente devido ao clima imprevisível do Mar do Norte. 

Cerca de 1 hora após a partida, o Super Puma estava se aproximando da plataforma de petróleo Brae Alpha, mas o tempo piorou - nuvens cumulonimbus começam a se formar, o que significava que eles estavam se dirigindo para uma tempestade potencialmente violenta. Apesar disso, o Super Puma foi projetado para resistir a quedas de raios normalmente.

Porém, o helicóptero de repente foi recebido por um granizo leve. Apesar de não representar uma ameaça, sem aviso, o Super Puma foi repentinamente atingido por um raio e começou a tremer. 

Por sua vez, os pilotos começaram a descer enquanto o helicóptero vibrava. Os pilotos também transmitiram uma chamada de socorro, dizendo que foram atingidos por um raio. 

Isso foi ouvido por outro Super Puma da Bristow Helicopters, junto com um navio, o Grampian Freedom. 

O helicóptero continuou voando com dificuldade em direção a Brae Alpha, e logo, quando os pilotos verificam os controles, um grande estrondo foi ouvido e o Super Puma sacudiu violentamente e começou a girar fora de controle. 


Os pilotos percebem os graves danos causados ​​pelo raio ao rotor de cauda . Embora o helicóptero tenha conseguido se sustentar por mais alguns minutos, o rotor de cauda finalmente falhou completamente e o piloto foi forçado a realizar uma autorrotação de emergência no mar agitado. 


O bote salva-vidas, destinado apenas a 14, ficou sobrecarregado com todos os ocupantes a bordo, e os passageiros. Com pressa para evacuar a aeronave que afundava, esqueceram de trazer a sinalização de socorro. 

Além dos problemas de montagem, a porta do helicóptero perfurou o bote salva-vidas. Apesar do mar agitado, cerca de 1 hora após o desembarque na água, todos os 18 ocupantes foram então localizados por outro Super Puma da Bristow Helicopters 

O navio Grampian Freedom que resgatou os tripulantes do helicóptero
Apesar das ondas altas e do mau tempo, todas as pessoas a bordo do voo foram resgatadas pelo navio Grampian Freedom.

O relâmpago foi isolado na tempestade e pode ter sido induzido pelo helicóptero voando pela nuvem. 


A investigação do acidente também revelou problemas potenciais com o material composto com design de tira de latão dos rotores, o que tornava as pás do rotor sujeitas a explosão e danos causados ​​por raios.

O helicóptero acidentado após ser retirado do mar
Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e live.warthunder.com)

Vídeo: Mayday Desastres Aéreos - Trans Colorado 2286 - Aproximação Perigosa

Via Cavok Vídeos

Aconteceu em 19 de janeiro de 1988: Voo 2286 da Trans-Colorado Airlines- Piloto sob efeito de cocaína

No dia 19 de janeiro de 1988, o voo 2286 da Trans-Colorado Airlines estava em aproximação final a Durango, no Colorado (EUA), quando atingiu uma encosta coberta de neve, matando 9 dos 17 passageiros e a tripulação. 

Os sobreviventes foram obrigados a buscar ajuda por conta própria, à noite com mais de um metro de neve no chão. 

Mas a parte mais dramática da história ainda estava para ser contada. Em uma descoberta que inquietou a indústria da aviação, a investigação chegou à perturbadora conclusão de que o primeiro oficial era perigosamente incompetente e o capitão estava sob a influência de cocaína.

A história incomum do voo Trans-Colorado 2286 começa na noite anterior na casa do capitão Stephen Silver. Depois de jantar com os pais, ele não foi dormir, preparando-se para o turno do dia seguinte, que começaria ao meio-dia.

Em vez disso, ele saiu com sua noiva, e os dois passaram a noite usando cocaína. Embora não se saiba quando o capitão Silver foi dormir, ou se ele mesmo dormiu, estava claro que ele estava muito cansado e ainda sentindo os efeitos de sua aventura noturna quando se apresentou ao trabalho na manhã seguinte.

O capitão Silver foi emparelhado com o primeiro oficial Ralph Harvey em quatro voos programados para aquele dia. 

O capitão Silver registrava 4.184 horas de experiência de voo, incluindo 3.028 horas no Metro III. O primeiro oficial Harvey tinha 8.500 horas de voo, com 305 delas no Metro III.

Um Swearingen SA227-AC Metro III similiar ao acidentado
Sua aeronave, o turboélice Swearingen SA227-AC Metro III, prefixo N68TC, pertencente à Trans-Colorado Airlines e operando voos de conexão para a Continental Express, acomodava apenas 19 pessoas e não tinha espaço para um comissário. 

Os primeiros dois voos do dia, de Denver, Colorado a Laramie, Wyoming e depois de Laramie de volta a Denver, passaram sem incidentes, apesar da quantidade significativa de neve em todas as Montanhas Rochosas. Os próximos dois voos formariam um salto de ida e volta semelhante entre Denver e a cidade de Durango, no sudoeste do Colorado. 

O voo 2286 saiu de Denver atrasado devido ao clima. Isso não caiu bem para o capitão Silver, que era conhecido por sua habilidade de ganhar tempo e manter os aviões dentro do cronograma.

A maior parte da hora de voo transcorreu normalmente, até chegar a hora da descida para Durango. Na época, o primeiro oficial Harvey estava no controle. 

O controle de tráfego aéreo deu ao Capitão Silver duas opções de abordagem: uma abordagem guiada do sudoeste usando o Sistema de pouso por instrumentos, ou uma abordagem de não precisão (manual) do nordeste. 

Como dar uma volta para o sudoeste adicionaria dez minutos ao voo, o Capitão Silver escolheu a abordagem de não precisão.

No entanto, Harvey foi seriamente desafiado quando se tratava de gerenciar abordagens de alta tensão e tinha habilidade manual de voo muito pobre em condições apenas de instrumentos. Na verdade, ele havia perdido a promoção a capitão por causa desses problemas e recentemente falhou em um teste de proficiência de voo por instrumentos.

Lutando para lidar com a difícil aproximação em baixa visibilidade e com um forte vento de cauda, ​​o primeiro oficial Harvey começou a descer tarde demais - quando deveriam estar a 10.400 pés, o avião ainda estava a 14.000. 

Para compensar, ele iniciou uma descida íngreme em direção a Durango, mas compensou, enviando o avião a mais de 3.000 pés por minuto - mais de três vezes a taxa de descida normal. 

Harvey, que era conhecido por fazer um péssimo trabalho de escaneamento de seus instrumentos, não percebeu que estava voando em uma abordagem que faria o avião cair antes do aeroporto. 

O capitão Silver deveria ter notado facilmente a alta taxa de descida - na verdade, era seu trabalho como piloto não voador monitorar os instrumentos e ficar de olho no voo de Harvey. 

Mas o Capitão Silver estava passando por abstinência de cocaína, causando fadiga severa, incapacidade de foco e má percepção. Sem condições de voar (ou mesmo monitorar) uma abordagem tão difícil, ele também não percebeu que seu primeiro oficial estava prestes a pousar o avião no solo.

Como o Metroliner não tinha sistema de alerta de proximidade do solo, os pilotos só perceberam que estavam em perigo quando uma crista de floresta apareceu na frente deles. 

Eles tentaram tomar uma atitude evasiva, mas era tarde demais. O voo 2286 atingiu árvores, cortando uma asa e rolou para o telhado. O avião rolou várias vezes e deslizou de cabeça para baixo em seu telhado através da neve, finalmente parando em uma encosta íngreme.

O violento acidente matou instantaneamente 6 dos 17 passageiros e tripulantes, incluindo o capitão Silver e o primeiro oficial Harvey.

O avião caiu em um cume 10 km (seis milhas) a nordeste do aeroporto e cerca de 0,8 km (meia milha) da US Highway 160, a infraestrutura mais próxima de qualquer tipo.

Um sobrevivente saiu sozinho e conseguiu localizar uma casa solitária cerca de uma hora após o acidente. O residente ligou para os serviços de emergência imediatamente, confirmando os relatórios anteriores do controle de tráfego aéreo sobre o desaparecimento da aeronave. 

Enquanto isso, mais cinco sobreviventes, incluindo uma criança de 2 anos, seguiram para o norte e sinalizaram para um caminhoneiro na rodovia 160. Um caminhoneiro transportou os sobreviventes até que eles encontrassem os serviços de emergência. 

O local do acidente em si só foi localizado três horas após o acidente, e demorou mais 48 minutos para que os primeiros socorros chegassem. Dois sobreviventes presos nos destroços morreram durante o resgate e outro morreu no hospital no dia seguinte,

Os investigadores enfrentaram uma tarefa extremamente difícil. Não só os dois pilotos estavam mortos, mas seu avião não tinha nenhuma caixa preta, porque aviões tão pequenos como o Fairchild Metroliner não eram obrigados a tê-los em 1988. 

Ainda assim, usando dados de radar e registros de treinamento de funcionários, eles foram capazes de deduzir como o primeiro oficial voou com o avião até o solo. 

Mas a descoberta final não veio até que um membro do público contatasse a investigação para relatar o uso de cocaína do Capitão Silver. O interlocutor, um colega piloto, afirmou ter falado com a noiva de Silver, que admitiu ter “feito um saco de cocaína” na noite anterior ao acidente. 

Os investigadores nunca conseguiram entrevistar a noiva, que negou toda a história, mas os patologistas encontraram quantidades significativas de cocaína e seus metabólitos no sangue do capitão Silver.

A investigação levou a mudanças na indústria da aviação que superaram em muito a magnitude relativamente pequena do acidente. 

Primeiro, testes de drogas mais rigorosos foram introduzidos para os pilotos. Alguns testes de drogas foram feitos anteriormente, mas não com frequência suficiente para detectar o uso de drogas de maneira confiável, e a maioria da indústria e do público voador presumiram que os pilotos estavam sempre limpos. 

Após a queda do voo 2286, isso não era mais dado como certo. Além disso, pequenos aviões comerciais como o Metroliner eram obrigados a ter gravadores de voo de caixa preta e um sistema de alerta de proximidade do solo, características-chave de aviões maiores que faltavam no voo 2286. Ao todo, essas mudanças contribuíram muito para tornar a aviação mais segura.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos)

Com Admiral Cloudberg, ASN, Wikipedia e baaa-acro.com

Aconteceu em 19 de janeiro de 1960: Voo 871 da Scandinavian Airlines System - Erro na aproximação final

O voo 871 da Scandinavian Airlines System era um voo programado de Copenhagen, na Dinamarca, para a capital egípcia do Cairo, com várias escalas intermediárias. 

Em 19 de janeiro de 1960, o Sud Aviation SE-210 Caravelle I, prefixo OY-KRB, da SAS - Scandinavian Airlines System (foto acima), que voava o serviço caiu durante a operação de um trecho entre o Aeroporto Yeşilköy e o Aeroporto Internacional Esenboğa, na Turquia. 

O voo 871 decolou de Copenhagen-Kastrup às 09h44 UTC. A aeronave já havia parado em Düsseldorf, na Alemanha, e em Viena, na Áustria, antes de chegar a Istambul às 17h20 UTC, onde uma nova tripulação embarcou na aeronave para operar o restante do voo.

Ele partiu do Aeroporto Yeşilköy de Istambul às 18h00 UTC em um voo para o Aeroporto Internacional Esenboğa de Ancara, na Turquia. Havia 35 passageiros e 7 tripulantes a bordo da aeronave. O voo transcorreu sem intercorrências até que a tripulação iniciou a abordagem ao aeroporto. 

Às 18h41 UTC, a tripulação informou ao controle de tráfego aéreo que a aeronave estava descendo do FL135 (aproximadamente 13.500 pés/4.115 m) para FL120 (aproximadamente 12.000 pés/3.658 m). 

Às 18h45 UTC, a tripulação relatou a chegada a uma altitude de 6500 pés (1.981 m), ainda em uma descida. 

Às 18h47 UTC a aeronave atingiu o solo a uma altitude de 3.500 pés (1.067 m), entre a cordilheira de Ancara e o aeroporto. O acidente matou todos os 42 passageiros e tripulantes a bordo.

Como causa do acidente foi apontado que: "O acidente ocorreu devido a uma descida não intencional abaixo da altitude mínima de voo autorizada durante a aproximação final ao Aeroporto de Esenboga. O motivo desta descida não pôde ser apurado devido à falta de evidências conclusivas."

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia e ASN)

Como os aviões turboélices são entregues a clientes distantes?

Quando se trata de entregar uma nova aeronave, os jatos widebody maiores geralmente não têm problemas para ir da fábrica para a casa dos clientes em todo o mundo. Cada vez mais, os jatos de corredor único também têm recursos de longo alcance. Mas que tal entregar jatos regionais e aeronaves turboélice para clientes distantes? Afinal, existem companhias aéreas em todo o mundo que possuem aeronaves turboélice em suas frotas.

A aeronave turboélice de Havilland Dash 8-400 teve que passar por uma jornada
de várias etapas para chegar à Ethiopian Airlines (Foto: Getty Images)

Poucos locais de produção


O alcance dessas aeronaves limita-os aos serviços regionais. Isso geralmente os vê conectando comunidades menores, umas às outras ou a centros urbanos maiores. No entanto, as fábricas de aeronaves como o Dash 8 e o ATR 42/72 são poucas e distantes entre si. O Dash 8 é fabricado no Canadá, enquanto os aviões ATR são montados na França.

O ATR 72-600 tem um alcance de cerca de 1.500 km (825 NM). Como tal, não seria capaz de voar sem escalas de sua fábrica em Toulouse, França, para clientes como a Buddha Air do Nepal . Portanto, algum planejamento especializado é necessário para ir do ponto A ao ponto B.

Minimizando peso


Minimizar o peso é uma forma de aumentar o alcance da aeronave. Existem várias maneiras de fazer isso. Talvez o mais evidente seja que, quando aeronaves como essas são entregues, não há passageiros a bordo. A ausência de 60-70 passageiros e suas bagagens podem fazer uma enorme diferença no alcance do avião.

Os ATR72s da Air India teve que parar várias vezes entre a França e a Índia
(Foto: Sebastien Mortier via Wikimedia Commons)
Além disso, como os próprios assentos podem ser adições pesadas, eles geralmente são enviados ao destino separadamente, em vez de instalados na fábrica. Portanto, sem assentos, passageiros ou bagagem, o alcance do turboélice é aumentado, geralmente em algumas centenas de milhas náuticas ou mais.

Combustível extra


Também é relatado que tanques de combustível extras podem ser instalados para aumentar ainda mais o alcance do avião. De acordo com o Relatório Robb , dependendo do tamanho da aeronave, eles podem variar de tanques de metal feitos sob medida até simples bolsas de borracha que são colocadas em assentos vazios.

Obviamente, há muitos locais potenciais dentro da aeronave para colocar esses tanques auxiliares sem passageiros ou assentos a bordo.

A companhia aérea regional britânica Flybe foi a maior operadora do Dash 8-400. Essas aeronaves tiveram que fazer várias paradas ao serem entregues à transportadora com base em Exeter (Foto: Getty Images)

Voos 'pinga, pinga'


A estratégia final para fazer uma aeronave de curta distância percorrer uma viagem de longa distância é fazer várias paradas ao longo do caminho. Por exemplo, a Ethiopian Airlines é conhecida por ter seus Dash 8s entregues na seguinte rota: Toronto - Goose Bay - Reykjavík - Manchester - Roma - Cairo - Addis Abada. Para viagens transpacíficas, paradas de combustível podem ser feitas no Alasca e na Rússia.

Mesmo com aeroportos adequados ao longo do caminho, algumas rotas exigem cálculos extremamente cuidadosos devido à distância até o próximo aeroporto adequado. Ventos e clima devem ser levados em consideração, e às vezes os voos só podem operar quando essas condições forem favoráveis.

A Czech Airlines representa um dos clientes mais acessíveis do ATR72 de
fabricação francesa (Foto: Jake Hardiman - Simple Flying)

Não sem seus perigos


Talvez em uma extensão maior do que o normal, os pilotos nesses voos de balsa com várias etapas precisam se preparar para o pior. Este é especialmente o caso ao voar sobre oceanos. Isso significa incluir equipamentos de sobrevivência e botes salva-vidas adicionais como parte da viagem. O Relatório Robb cita um piloto que até embalou “uma série de camisetas vermelhas para que as pessoas pudessem prontamente me localizar - ou meu corpo - do ar. É o tipo de problema de mortalidade que alguém é forçado a resolver. ”

Pelo que parece, embarcar em um voo de longo curso em uma aeronave turboélice é semelhante a um desafio de resistência, que requer um planejamento cuidadoso e a capacidade de se divertir por longos períodos de tempo.

Família constrói avião particular em jardim de casa

Durante dois anos, Ashok reuniu a parceira Abhilasha e as duas filhas para construir um avião no quintal de casa.

Ashok e sua família levaram cerca de 1.500 horas para finalizar a aeronave
(Foto: Reprodução/The Sun)
Ashok Aliseril, de 38 anos, realizou um sonho ao lado da esposa Abhilasha Dubey, 35, e das filhas Tara e Diya. O britânico, que tem licença de piloto, construiu o próprio avião junto com a família em dois anos!

O homem de Essex disse ao The Sun que a conquista “é como ter um brinquedo novo, só que muito mais emocionante”. A família gastou ao todo £ 140.000 (aproximadamente um milhão de reais na cotação atual).

Abhilasha explicou que o parceiro trabalhou muito nos últimos dois anos para tornar o sonho real. “Começamos a economizar dinheiro durante o primeiro bloqueio e sabíamos que sempre queríamos ter nosso próprio avião e, nos primeiros meses, estávamos economizando muito dinheiro, então pensamos em tentar”, falou.

(Foto: Reprodução/The Sun)
A mãe de Tara e Diya afirmou que as meninas nunca voaram com o pai no comando, e estão animadas para poderem usufruir do novo ‘veículo’ da família. “Vai ser incrível, e depois de todas as horas e madrugadas, valerá a pena quando estivermos no céu”, ressaltou.

“Custou muito e levou o que parece uma vida inteira para construir, mas tenho certeza de que, a longo prazo, toda a nossa família vai adorar. Reservamos uma viagem de avião para Newquay como nossas primeiras férias em família”.

Está pronto motor para avião hipersônico a hidrogênio

O protótipo para testes deverá ter 5,5 metros de comprimento e 2 metros de envergadura de asa
(Imagem: Hypersonix/Divulgação)
A empresa australiana Hypersonix anunciou ter encontrado o material ideal para construir um motor a hidrogênio capaz de impulsionar seu futuro avião hipersônico.

Esse motor, chamado Spartan, será o responsável por acelerar o avião Delta-Velos de Mach 5 até Mach 12 - ou cinco a doze vezes a velocidade do som.

O voo é considerado hipersônico quando supera Mach 5, cerca de 6.000 km/h. Já Mach 12 equivale a 14.800 km/h.

A essa velocidade não é preciso voar muito tempo para superar facilmente qualquer avião convencional. De fato, a ideia é que o Delta-Velos complete viagens de 2.500 km, e faça isso sem emitir CO2 ou outros gases nocivos, pousando como uma aeronave convencional em um aeroporto e pronto para levantar voo novamente.

"Os motores scramjet são um tipo de motor a jato e dependem da combustão de combustível e oxigênio do ar para produzir impulso. Desenvolvemos nosso motor scramjet Spartan movido a hidrogênio verde usando CMC [Ceramic Matrix Composites] para suportar as altas temperaturas experimentadas pelos veículos espaciais durante a viagem pelo espaço e particularmente durante a fase de reentrada controlada.

"A carga de alta temperatura dura apenas cerca de 20 minutos por voo e, para reutilização, pelo menos 30 ciclos seriam suficientes. Os CMCs têm uma alta relação resistência-peso mesmo em alta temperatura, alta resistência ao choque térmico e tenacidade," detalhou Michael Smart, diretor de tecnologia da Hypersonix.

Motores hipersônicos


Esta é a tecnologia chave da empresa, o motor hipersônico a hidrogênio
(Imagem: Hypersonix/Divulgação)
Embora o conceito do avião hipersônico Delta-Velos seja apresentado como a grande estrela da empresa, na verdade sua estratégia de negócios não está tão voltada à fabricação dos aviões, mas dos motores.

Isso pode ser visto inclusive nas parcerias colaborativas que a empresa anunciou, que incluem, além de universidades, para as pesquisas fundamentais com materiais, a Boeing, fabricante de aviões, a Siemens, que participará com sistemas de simulação computacional de dinâmica de fluidos, e a BOC Ltd, fornecedora de hidrogênio.

"Nosso conhecimento chave está nos motores a jato scram e em como desenvolver aeronaves hipersônicas sustentáveis. Estamos buscando ativamente pesquisa e desenvolvimento, bem como durabilidade e resistência a altas temperaturas para veículos lançadores multiuso e motores e seus componentes," reconheceu Smart.

Nesta etapa, a empresa selecionou o carbeto de silício reforçado com fibra de carbono (C/SiC) para compor seus motores Spartan.

Avião de Cristiano Ronaldo custa R$ 120 milhões e é praticamente uma suíte de luxo com asas

Craque português posou ao lado de seu Gulfstream G200 após receber prêmio honorário da Fifa. Veja os detalhes do modelo.


Apesar de não concorrer a melhor jogador do mundo, o craque português Cristiano Ronaldo foi condecorado com a premiação especial de “Maior Artilheiro de Seleções da História” na cerimônia The Best, da Fifa, na tarde de ontem (17). Ele comemorou no Instagram, exibindo o troféu à frente de seu jatinho particular, o Gulfstream G200.

Em matéria de luxo e modernidade, o Gulfstream G200 é objeto de desejo de qualquer bilionário. O jatinho foi produzido nos Estados Unidos entre 1997 e 2011 – e no caso do modelo de Cristiano Ronaldo, matrícula EC-KBC, o ano de fabricação é 2006. Seu valor atual está avaliado em 19 milhões de euros (R$ 120 milhões).

Gulfstream G200, a suíte presidencial com asas (Foto: Divulgação)
O craque português é proprietário do G200 há sete anos. Ele foi adquirido para trajetos curtos, ainda que sua autonomia total declarada seja de 5.850 quilômetros – suficiente para um voo partindo de Salvador (BA) até Miami (EUA) – com 75% da capacidade dos motores.

Sendo assim, podemos assumir que o Gulfstream G200 de Cristiano Ronaldo não chegou a usar nem meio tanque de combustível para fazer o translado entre Zurique (Suíça), onde aconteceu a premiação The Best, até Manchester (Inglaterra), onde o craque português joga pelo United. São apenas 1.016,27 quilômetros.

Interior do Gulfstream G200 parece de uma sala de luxo (Foto: Reprodução)
Além do G200, Ronaldo também voa de G650ER em viagens mais longas. O modelo foi adquirido em 2019 por 50 milhões de libras esterlinas – ou R$ 375 milhões – para facilitar trajetos à Ásia.

Jovem britânico foi o único passageiro de um voo de oito horas e documentou a sua experiência


“A tripulação disse que sou a única pessoa a bordo”, começa por dizer o estudante num vídeo que viralizou na rede social Tik Tok.

Tudo parecia normal, mais uma viagem de avião habitual para Kai Forysth, até quando entrou no avião, percebeu que era o único passageiro do voo de oito horas desde Londres com destino a Orlando, nos Estados Unidos da América (EUA).

O jovem britânico, que estuda nos EUA, contou a experiência "mais estranha" que teve até à data, através de vídeos que publicou na rede social Tik Tok, onde descreveu o que fez durante o voo da companhia British Airways.


“A tripulação disse que sou a única pessoa a bordo”, começa por dizer o estudante no vídeo, mostrando as cadeiras vazias. Visto que podia usar o espaço que quisesse, Kai transformou uma fila de quatro lugares numa cama.

“Era um voo de oito horas, por isso fiz uma cama. Literalmente a forma mais confortável que eu já estive num avião", sublinhou, ao mostrar ainda uma caixa cheia de aperitivos, que foram oferecidos "ilimitadamente" pela tripulação.

@kaiforsyth @British Airways find this flight attendant 😂 he needs a promotion 🥳 #fyp #foryou #viral #fypシ #fy #foryourpage #foryoupage #uk #fly #britishairways ♬ Fortnite season 3 lobby music - Liam💨

A única parte negativa foi não poder usufruir da primeira classe, indicou Kai, num vídeo que já tem mais de 530 mil visualizações naquela rede social.

Já numa segunda parte deste vídeo, Kai explicou que fez um novo amigo, ao ver filmes e a comer aperitivos com um dos pilotos a bordo.

Via SOL (Portugal)

Principais companhias aéreas internacionais suspendem alguns voos dos EUA em meio ao lançamento do 5G


À medida que os serviços de comunicação 5G são implantados nos EUA, várias companhias aéreas internacionais suspenderam algumas de suas operações nos EUA devido a possíveis interferências de sinal.

A Emirates postou um aviso de viagem em seu site e disse que suspenderá voos para os seguintes destinos nos EUA a partir de 19 de janeiro de 2022 até novo aviso: Boston (BOS), Chicago (ORD), Dallas Fort Worth (DFW), Houston (IAH), Miami (MIA), Newark (EWR), Orlando (MCO), San Francisco (SFO) e Seattle (SEA).

Os voos da companhia aérea para Nova York JFK, Los Angeles e Washington DC continuam operando conforme programado.

A Air India postou um aviso em sua conta no Twitter de que, devido à implantação do 5G nos EUA, está cancelando seus voos para Nova York, São Francisco, Chicago e Newark.

Enquanto isso, a Japan Airlines divulgou um comunicado dizendo que a fabricante de aeronaves Boeing avisou à companhia aérea que “os sinais 5G para telefones celulares dos EUA, que começarão a operar nos EUA em 19 de janeiro de 2022, podem interferir no altímetro de ondas de rádio instalado no Boeing. 777.”

“Decidimos não usar este tipo de aeronave nas rotas continentais dos EUA até que a segurança seja confirmada e lamentamos cancelar o voo que não pode ser alterado para Boeing 787.”

A ANA (All Nippon Airways) divulgou um comunicado semelhante, citando o conselho da Boeing em relação à aeronave B777, e que a companhia aérea teve que suspender alguns voos para os EUA devido a isso.


Em 17 de janeiro de 2022, todas as principais companhias aéreas dos EUA, por meio da Airlines for America, escreveram uma carta endereçada a funcionários do governo dos EUA informando que a implantação do 5G poderia causar interrupções, caos e cancelamentos em níveis catastróficos.

Em 16 de janeiro de 2022, a Federal Aviation Administration (FAA) liberou cerca de 45% da frota comercial dos EUA para realizar pousos de baixa visibilidade em aeroportos em todo o país onde a tecnologia 5G havia sido lançada.

No entanto, o governo também emitiu uma notificação de aeronavegabilidade de que os operadores de Boeing 787 são obrigados a tomar precauções adicionais ao pousar em pistas molhadas ou com neve em aeroportos onde o serviço de banda C 5G é implantado.

Nem o Boeing 787 nem o Boeing 777 foram liberados para essas operações ainda.

Os modelos de aeronaves aprovados incluem alguns modelos Boeing 737, 747, 757, 767, MD-10/-11 e Airbus A310, A319, A320, A321, A330 e A350.

Avião da Latam retorna ao aeroporto de Porto Alegre (RS) após colisão com pássaro


Os pilotos de um voo da LATAM precisaram retornar a aeronave à origem no final da manhã desta terça-feira (18), após a colisão com uma ave, o chamado “bird strike”, durante a decolagem no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre.

O incidente aconteceu às 10h48, quando o Airbus A321-231, prefixo PT-MXP, partia no voo LA-3297, que teria como destino o Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo.


Após o incidente, os pilotos solicitaram o retorno ao aeroporto, e o pouso foi executado em segurança pouco mais de 26 minutos depois, às 11h14.

Com informações do site Aeroin

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Por que o U-2 ainda é o melhor avião espião do mundo, 65 anos após sua criação

Satélites - e drones - tinham como objetivo substituí-lo, mas Lockheed U-2 ainda é imbatível em suas funções
Com uma envergadura quase duas vezes maior do que seu comprimento, o avião espião Lockheed U-2 é uma das aeronaves mais distintas da Força Aérea dos Estados Unidos — e também mais difícil de pilotar.

A fuselagem fina de 19 metros de comprimento, as asas de planador e o motor potente são projetados para lançar o avião a uma altura de mais de 70 mil pés (21 km) — e, essencialmente, mantê-lo lá.

Apelidado de "Dragon Lady", o U-2 opera em tal altitude e com uma margem tão pequena entre sua velocidade máxima e sua velocidade de estol, que os pilotos chamam sua altitude de cruzeiro de "canto do caixão". E nessas condições realizam missões que duram horas seguidas.

O design esguio da aeronave às vezes é difícil de observar. Frequentemente, ela está coberta de cápsulas, antenas pontiagudas, protuberâncias misteriosas e cones frontais (ou de nariz) que escondem os sensores, radares, câmeras e equipamentos de comunicação de que necessita para completar suas missões.

Esses diferentes sensores podem ser conectados ao avião quase como se estivessem montando uma maquete. Há uma lenda urbana que diz que uma dessas protuberâncias ou cápsulas contém um dispositivo de camuflagem — um sinal eletrônico que torna o U-2 invisível ao radar.

A 70 mil pés ou mais, o "Dragon Lady" ainda tem a estratosfera em grande parte só para si, assim como em seu primeiro voo há 65 anos.

A essa altitude, o piloto é mais um astronauta do que aviador. Na cabine pressurizada e semelhante a um casulo do U-2, o piloto respira 100% de oxigênio — usando um traje pressurizado volumoso e um enorme capacete esférico. Alguns elementos deste uniforme podem ser encontrados em trajes espaciais em uso hoje.

No ar tão rarefeito, as margens entre viver e morrer são estreitas. Na verdade, o piloto enfrenta o perigo constante da hipóxia (falta de oxigênio) e da síndrome de descompressão induzida pela altitude.

U-2 foi projetado pelos americanos para espionar território soviético durante Guerra Fria
Como qualquer avião, o U-2 tem que voar rápido o suficiente para que não estole (perca sustentação), e não tão rápido que se desmantele — o desafio para o piloto do U-2 é que a 70 mil pés, pode haver apenas algumas milhas por hora de diferença entre as duas velocidades. Uma esbarrada acidental nos controles da aeronave pode significar um desastre.

Próximo ao solo, os controles mecânicos do avião, fáceis de manipular em grandes altitudes, exigem força muscular. 

O design leve do U-2 torna o avião suscetível a flutuar sobre as pistas, arremeter se o pouso for muito difícil e bastante sensível a ventos cruzados. O trem de pouso no estilo bicicleta, que reduz o peso, torna difícil — e trabalhoso — manter o avião em linha reta e com as asas niveladas à medida que diminui a velocidade.

A visibilidade da cabine é tão limitada que, ao pousar, o piloto precisa confiar nas instruções de outro piloto de U-2 que dirige um carro pela pista acompanhando o avião que está pousando. Esses carros de apoio atingem velocidades próximas a 224 km/h.

"O U-2 realmente atrai o tipo de piloto que quer dizer: 'Eu piloto o avião mais difícil no inventário'", afirma Greg Birdsall, subgerente do programa U-2 da Lockheed Martin.

"Eles pegam um candidato a piloto e o colocam em uma aeronave de treinamento com um piloto instrutor experiente no banco de trás para ver como ele reage às características peculiares de manuseio do avião."

Apenas cerca de 10% a 15% dos pilotos que se inscrevem para participar do programa são aceitos.

Pouso de um avião U-2 apresenta alguns desafios bastante peculiares
Na era da automação e dos algoritmos, é de se imaginar que esses aviões espiões e seus pilotos com "as qualidades certas" são uma relíquia da Guerra Fria — mas não é verdade.

Nos 31 anos desde a queda do Muro de Berlim, o U-2 interceptou vozes e textos, obteve sinais eletrônicos, tirou fotos e usou uma forma especial de radar para capturar imagens digitais.

O U-2 também ganhou novas funções, como a de transmitir dados. Sua capacidade de voar alto no céu significava que ele estava na posição perfeita para passar informações do campo de batalha para o quartel-general.

Nesse processo, ele superou aviões concorrentes e desbancou os satélites de vigilância que deveriam torná-lo obsoleto.

Agora, os 31 aviões U-2 operacionais da frota da Força Aérea americana estão prestes a passar por uma atualização de US$ 50 milhões e ganhar uma nova missão que pode levá-los a voar por mais 30 anos.

"Não vamos desaparecer como programa e estamos investindo pesado para levar o U-2 para o novo ambiente de sua missão", declarou Irene Helley, diretora do programa U-2 da Lockheed Martin. 

"Nesta nova era, não há uma data de expiração planejada." Embora não seja uma relíquia, o U-2 é certamente sinônimo da Guerra Fria.

Na década de 1950, o governo do presidente Dwight D Eisenhower foi surpreendido várias vezes com o avanço nuclear da então União Soviética. Isso aconteceu devido à sua lacuna de inteligência.

A União Soviética era uma sociedade fechada, difícil para a CIA, agência de inteligência americana, penetrar. A falta de espiões nos lugares certos significava que o presidente precisava de um avião espião de grande altitude para dizer a ele o que exatamente a União Soviética estava tramando. E ele precisava disso rapidamente.

Como o gênio da engenharia Kelly Johnson e sua equipe trabalhando no departamento secreto "Skunk Works", como era conhecido o programa de desenvolvimento avançado da Lockheed Martin, a empresa americana contava justamente com o time de profissionais capaz de criar a aeronave.

O mito do "Skunk Works" nasceu quando Johnson e seus engenheiros projetaram e construíram a fuselagem do primeiro jato da Força Aérea americana em apenas 143 dias, em 1943. No fim de 1954, eles começaram a trabalhar neste misterioso avião espião.

Design esguio do U-2 — com asas longas — ajuda a mantê-lo no ar rarefeito da camada superior da atmosfera
O avião teria que manter o voo acima de 70 mil pés, ter um alcance de 4,8 mil km e ser capaz de transportar 212 kg de equipamento.

O U-2 voou pela primeira vez apenas oito meses depois, em 1º de agosto de 1955, em um local remoto em Nevada, hoje conhecido como Área 51. Estava claro que Johnson e sua equipe haviam criado algo especial.

"O U-2 marca o início de uma mudança rumo à inteligência técnica, que está resolvendo esses problemas de inteligência não por meio de espiões no estilo John le Carré em solo, mas por meio de tecnologia avançada", afirma Peter J Westwick, diretor do Projeto de História Aeroespacial do Instituto Huntington-USC sobre a Califórnia e o Oeste americano.

"O U-2 é realmente o primeiro grande salto tecnológico para a inteligência técnica", acrescenta Westwick, que também é autor de Stealth: The Secret Contest to Invent Invisible Aircraft.

A história do U-2 poderia ter sido muito diferente. Em 1966, seu futuro parecia sombrio — apenas 15 dos 55 U-2 originais construídos ainda estavam em operação. Mas, crucialmente, foi decidido reiniciar sua produção na década de 1980, um negócio complicado quando muitos dos engenheiros originais haviam se aposentado.

Os aviões que saíram dessas linhas de produção reformados certamente pareciam semelhantes ao original, mas eram quase 40% maiores e tinham um novo design modular para transportar mais equipamentos — e mais peso — e trocá-los mais facilmente para diferentes tipos de missões .

Os U-2 em operação hoje podem carregar quase três vezes mais peso, voar o dobro da distância e permanecer no ar três vezes mais tempo que a aeronave original.

Na década de 1990, eles foram substancialmente atualizados novamente; e esse processo de modernização continua até hoje.

Ao longo do tempo, surgiram pelo menos cinco substituições possíveis para o U-2. A primeira, na década de 1970, foi a primeira geração de veículos aéreos não tripulados.

Um dos mais recentes é o RQ-4 Global Hawk da Northrop Grumman, com forma de baleia, uma aeronave de vigilância de grande altitude pilotada remotamente. Quando apareceu pela primeira vez em 1998, o U-2 tinha mais de 40 anos. Para pagar pela atualização do U-2, 24 Global Hawks terão que ser descartados.

Com o Global Hawk deixado de lado, a evolução do U-2 poderá dar o próximo passo.

As mudanças no avião incluirão uma aviônica melhor, uma cabine com tela touchscreen (que você pode usar com um traje pressurizado) e um novo computador de missão que permitirá que o avião execute o novo Open Mission System (OMS).

O OMS permitirá que aeronaves como o U-2 se comuniquem facilmente com os sistemas de computador de tanques, navios, aeronaves, satélites e até mesmo armas cibernéticas.

Até agora, a experiência do U-2 tem sido proveitosa. "Ele tem um desempenho comprovado em alta altitude", diz Helley. "Há também o reconhecimento de que suas fuselagens ainda são basicamente adolescentes. Restam a elas cerca de 80% de sua vida útil de design."

Avião espacial Boeing X-37B pode um dia lançar minúsculos satélites capazes de realizar algumas das missões do U-2
Além disso, as plataformas tripuladas também são muito melhores para lidar com surpresas do que os computadores.

"Se você olhar para os recursos de vigilância espacial e de alguns dos outros tipos, eles dependem em grande medida de planejamento prévio para fornecer as informações necessárias. Em contrapartida, o U-2 está sempre disponível e pode estar pronto a qualquer momento ."

"O que sempre me perguntam é: Por que os satélites não podem fazer o que o U-2 faz?", diz Chris Pocock, ex-jornalista de aviação e autor de livros sobre o U-2.

"Bem, eles têm recursos fantásticos agora, mas uma trajetória orbital previsível. Isso significa que os satélites espiões da órbita baixa da Terra não ficam em nenhuma área por muito tempo, enquanto o U-2 pode permanecer por um longo tempo em um local específico."

Os satélites também estão cada vez mais vulneráveis ​​a medidas de defesa, como lasers que podem cegar satélites espiões, interferências ou até mesmo mísseis que podem danificar ou destruir um satélite vital.

O U-2 contribuiu como precursor no uso de enlace de dados (data link) para transmitir inteligência para estações terrestres que podem estar a milhares de quilômetros de distância, enviando o sinal primeiro para um satélite acima dele.

Agora esse papel se tornará ainda mais importante diante da ambição da Força Aérea americana de que todos os seus computadores, independentemente da empresa que os fabrica, sejam capazes de se comunicar entre si. Novos sensores ou câmeras devem ser adicionados e removidos da aeronave de forma mais rápida e barata do que nunca, à frente de seus concorrentes.

O U-2 tem um problema: não é particularmente invisível. E isso significa que não pode voar sobre o espaço aéreo de outros países sem seu conhecimento. Um avião U-2 foi recentemente detectado por militares chineses sobrevoando seus exercícios militares no Mar da China Meridional.

Agora parece que a empresa de defesa americana Northrop Grumman construiu uma pequena frota de drones ultrassecretos que se parecem com seu bombardeiro B-2 para fazer exatamente isso. Alguns acreditam que eles podem substituir o U-2.

Esses drones de reconhecimento de grande altitude e longa duração, que ainda são mantidos em sigilo, popularmente chamados de RQ-180, devem ter dispositivos de camuflagem, já que apenas uma "possível" foto estranha apareceu até agora, um feito surpreendente na era digital.

Embora o dispositivo de camuflagem seja uma peça fictícia de tecnologia que permite que aviões ou espaçonaves se tornem invisíveis, o drone ultrassecreto é conhecido por sua cor clara incomum que o tornaria difícil de localizar. Isso rendeu a ele o apelido de "Grande Morcego Branco", ou de forma mais rebuscada, "Shikaka", o morcego branco sagrado do filme Ace Ventura 2.

"Tudo o que eu disser deve ser considerado provisório", diz Pocock. "Deve ser muito discreto se vai entrar em território não-autorizado e fazer o que o U-2 faz em território amigo, mas não acho que vai substituir o U-2 porque aparentemente é incrivelmente caro. Não estão fabricando muitos [apenas sete] e pode não haver muitas ocasiões em que eles consigam obter permissão para voar."

Os microssatélites representam uma ameaça maior para o futuro do U-2. Pesando entre 10kg a 100 kg, eles são pequenos o suficiente para serem lançados de aviões espaciais como o Boeing X-37.

"Esses microssatélites podem ser lançados em quantidades tão grandes, a partir de um único lançamento de foguete, que começam a superar as vulnerabilidades dos satélites espiões em órbita baixa da Terra", afirma Pocock.

"Se você tem 10 ou mais satélites girando ao redor da Terra em cadeia, então você está revisitando o mesmo lugar na Terra em horas, e não dias", explica.

No entanto, Helley está confiante de que o U-2 vai escapar das ameaças de futuros concorrentes tão bem quanto fez com as anteriores. "O que mais funciona no ambiente em que o U-2 opera?", questiona ela.

"Vemos o U-2 como uma Estrela do Norte em uma constelação muito grande de compilação e disseminação de informações em tempo real."

"É um ambiente muito, muito difícil de operar", acrescenta Birdsall.

"Tentar desenvolver algo para ocupar o seu lugar, ou mesmo complementá-lo naquela altitude, não seria rápido, não seria fácil e seria muito caro. Quando você já tem a capacidade que temos, por que fazer isso?"

Via BBC