O dia 17 de Julho carrega uma marca de tragédias na aviação mundial, pois neste dia, em vários momentos da história, ocorreram pelo menos quatro grandes acidentes aéreos, que deixaram, no total, nada menos do que 682 pessoas mortas.
O mais recente acidente aconteceu em 17 de Julho de 2014, quando um avião de passageiros da Malaysia Airlines, um Boeing 777-200ER, caiu no interior da Ucrânia, próximo da fronteira com a Rússia. Todas as 198 pessoas a bordo morreram.
Boeing 777 caiu na Ucrânia -Foto: Reprodução
Outros três aviões caíram nos dias 17 de julho de 1996, 2000 e 2007.
17 de julho de 1996 - voo 800 da TWA (Trans World Airlines) decolou do aeroporto JFK, em Nova York, nos Estados Unidos, pouco depois das 20h e explodiu poucos minutos depois de levantar do solo, matando todas as 230 pessoas a bordo.
Voo 800 explodiu após decolar nos EUA - Foto: Reprodução
As investigações apontaram um curto circuito no sistema elétrico do tanque de combustível de uma das asas como a causa da explosão. Na ocasião, vários boatos surgiram de que uma bomba havia sido plantada na aeronave ou de que o avião tivesse sido atingido por um míssil.
O presidente do NTSB (Painel Nacional de Segurança nos Transportes), órgão norte-americano responsável pela área, Jim Hall, afirmou na ocasião que o avião não foi alvo de sabotagem. "Se tivéssemos achado indícios disso, teríamos informado imediatamente às autoridades competentes para que as medidas apropriadas fossem tomadas", declarou.
Em 17 de julho de 2000 - o voo 7412 da Alliance Air ia de Calcutá até Nova Déli, na Índia, com escalas em Patna e Lucknow. O avião caiu e em seguida explodiu a apenas dois quilômetros de chegar ao aeroporto de Patna, matando 55 pessoas. Das 58 pessoas a bordo, só sete sobreviveram ao acidente. O avião caiu em cima de duas casas e ainda matou quatro moradores.
Voo 7412 caiu após decolar - Foto: Reprodução
Segundo testemunhas, um dos motores da aeronave, que tinha 20 anos de uso, pegou fogo antes da aterrissagem no aeroporto de Patna. O acidente reacendeu o debate sobre o uso de aviões com mais de 15 anos.
De acordo com o banco de dados da Aviation Safety Network, a provável causa do acidente foi um erro humano. O piloto teria perdido o controle da aeronave por não seguir os procedimentos da forma correta.
17 de julho de 2007, um Airbus A320 que fazia o voo JJ 3054 da TAM não conseguiu pousar na pista principal do aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Sob chuva, a aeronave ultrapassou os limites do aeroporto, atravessou a avenida Washington Luiz, chegando a tocar em um táxi durante o trajeto e acabou se chocando contra um prédio da TAM Express.
Voo JJ 3054 da TAM não conseguiu pousar em Congonhas e se chocou em prédito - Foto: Reprodução
17 de julho de 2007 - um Airbus A320 que fazia o voo JJ 3054 da TAM não conseguiu pousar na pista principal do aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Sob chuva, a aeronave ultrapassou os limites do aeroporto, atravessou a avenida Washington Luiz, chegando a tocar em um táxi durante o trajeto e acabou se chocando contra um prédio da TAM Express.
Uma explosão e um grande incêndio seguiram a colisão. Na ocasião, 199 pessoas morreram, no pior desastre da história da aviação brasileira. Todos os passageiros do voo, que vinha de Porto Alegre, morreram, além de funcionários da TAM Express que estavam no prédio e pessoas que passavam pelo posto de gasolina ao lado.
Na ocasião, uma série de especulações surgiram desde situações inadequadas no aeroporto até imprudência do piloto. No entanto, a investigação da Aeronáutica concluiu que o avião acelerou em vez de frear - um dos reversores (dispositivo que ajuda a frear) estava inoperante. Desde então, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) proibiu que aviões com reversores nessa situação pousassem em Congonhas.
O acidente resultou em um processo criminal movido pelo Ministério Público contra três pessoas, dois ex-dirigentes da TAM e Denise Abreu, então diretora da Anac.