sexta-feira, 22 de abril de 2022

Celular de ocupante de avião que desapareceu na Argentina ficou conectado por 52 minutos após sumir do radar, diz Defesa Civil

Segundo o órgão argentino, avião desapareceu do radar às 12h55 do dia 6 abril. Buscas continuam.

O celular de um dos ocupantes do avião brasileiro desaparecido na Argentina no início do mês ficou conectado por mais 52 minutos depois de sumir do radar, afirmou o sub-secretário de Proteção Civil e Gestão de Riscos de Chubut, José Mazzei, nesta quinta-feira (21).

De acordo com o órgão argentino, foi identificado, a partir da triangulação feita junto à Polícia Civil de Santa Catarina, que o último sinal do avião foi enviado às 12h55 do dia 6 de abril. A Defesa Civil, no entanto, constatou que o celular de um dos ocupantes, um iPhone 11, ficou conectado à uma antena próxima ao aeroporto de Comodoro Rivadavia das 12h46 até 13h47, um período de 61 minutos.

"A partir dessa informação, concentramos todos os recursos ali, porque não temos nenhuma outra tecnologia que indique que o avião se deslocou até outro ponto", comentou Mazzei.

Na terça-feira (19), a Argentina começou as buscas com sonar pelo avião brasileiro. Segundo Mazzei, o equipamento faz uma espécie de escaneamento do fundo do mar.

O avião desapareceu em 6 de abril com o empresário de Florianópolis Antônio Carlos Castro Ramos, o advogado Mario Henrique da Silva Pinho e o médico Gian Carlos Nercolini. O último contato com a torre de controle foi ao Norte da cidade de Comodoro Rivadavia, na região da Patagônia.

Conforme Mazzei, as buscas são feitas apenas pelo mar. A Polícia Civil de Santa Catarina também ajuda as autoridades argentinas. A corporação catarinense detectou o local onde o avião pode ter caído, a cerca de 2 quilômetros da costa de Chubut.

No início das buscas, os trabalhos eram feitos também por terra e pelo ar, com o auxílio de aviões e um helicóptero.

A polícia traçou um mapa (veja abaixo) com a rota que os brasileiros fizeram da decolagem até a queda, após localizar sinais dos celulares dos ocupantes. Não foi informado qual o método usado para fazer essa descoberta.


Por Sofia Mayer, g1 SC

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