domingo, 9 de maio de 2021

Destroços do foguete chinês caem no Oceano Índico, perto das Ilhas Maldivas

Destroços de foguete da China caem no Oceano Índico e Nasa critica: 'não cumpre padrões responsáveis'.


A queda do "foguete chinês descontrolado" foi confirmada na madrugada deste domingo (09). De acordo com a mídia estatal chinesa, a maior parte do foguete queimou e foi destruída na reentrada na atmosfera terrestre.

As partes do foguete Longa Marcha 5B, de 18 toneladas, reentraram na atmosfera às 10h24, horário de Pequim, final da noite de sábado (8) no Brasil, e caíram nas coordenadas de 72,47° de longitude leste e 2,65° de latitude norte, informou o Escritório Chinês de Engenharia Espacial em comunicado. As coordenadas colocam o ponto de impacto no oceano, a oeste do arquipélago das Maldivas.

Durante sua trajetória descendente, o dispositivo fez uma órbita elíptica, indo de 375 km de altitude no ponto mais distante a 170 km no ponto mais próximo com o solo. Naturalmente, o atrito com a atmosfera fez com que ele perdesse energia cada vez que ele se aproximava do chão.


É importante lembrar que objetos de pequeno porte geralmente são incinerados pelo calor gerado com o atrito com a atmosfera. Porém, os detritos do foguete chinês não eram exatamente pequenos, pois possuíam 33 metros de comprimento, 5 de diâmetro e cerca de 21 toneladas de massa.

O site Space-Track, baseado em dados militares dos Estados Unidos, também confirmou a entrada na atmosfera da nave descontrolada e o local da queda.

A queda do material espacial gerou críticas da agência espacial dos EUA, a Nasa. "Nações que fazem viagens espaciais devem minimizar os riscos para pessoas e propriedades nas reentradas na Terra e maximizar a transparência em relação a essas operações", disse Bill Nelson, ex-senador e astronauta escolhido para o cargo em março, numa nota divulgada após a confirmação do que ocorreu com os destroços. "Está claro que a China não está cumprindo os padrões responsáveis ​​em relação a seus detritos espaciais."
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As autoridades chinesas alegaram que o giro fora de controle do segmento do Long March 5B representou pouco perigo.

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