segunda-feira, 12 de abril de 2010

Voo 303: Eles viram a tragédia

A pele envelheceu, mas a memória se mantém intacta. Ciriaco João Pereira lembra de tudo o que aconteceu. Ele mesmo conta. Estava bebendo num boteco de Ratones. Foi o primeiro morador da região a avistar o avião naquela noite.

Ciriaco foi uma testemunha ocular

– Olhei para o céu e vi o avião voando muito baixo. Falei que ia bater no morro e logo ele bateu. O estrondo foi grande – recorda Ciriaco, hoje com 79 anos.

Com outro morador, correu até o posto da Polícia Rodoviária Estadual, na SC-401, e avisou os policiais. Depois, os levou até o local do acidente.

A agricultora Normélia da Silva Caetano, 60 anos, também mora na região. Dormia quando o avião explodiu. Levantou e tentou ir com o grupo até o local, mas desistiu pela dificuldade, pois chovia muito. Normélia guarda até hoje jornais e revistas que noticiaram a tragédia.

Normélia guarda jornais da época

Para ela, a dor foi ainda maior quando soube que duas amigas tinham morrido. Eram as irmãs Jane e Rosemary Koerich, clientes de uma loja em que Normélia trabalhava.

– Ficamos muito tristes. Eram jovens bonitas e queridas na loja – lembra Normélia.

Jane e Rosemere eram filhas do empresário Antonio Koerich, dono da rede de lojas Koerich. As duas tinham ido a São Paulo a passeio e para acompanhar a amiga Sônia Cabral, que tinha uma consulta médica.

Fonte: Diário Catarinense - Fotos: Daniel Conzi

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