As principais notícias sobre aviação e espaço você acompanha aqui. Acidentes, incidentes, negócios, tecnologia, novidades, curiosidades, fotos, vídeos e assuntos relacionados. Visite o site Desastres Aéreos, o maior banco de dados de acidentes e incidentes aéreos do Brasil.
terça-feira, 8 de dezembro de 2020
Aconteceu em 8 de dezembro de 1972: Na sombra do Caso Watergate - A queda do voo 553 da United Airlines
Aconteceu em 8 de dezembro de 1969: Voo 954 da Olympic Airways - Colisão contra montanha na Grécia
Em 8 de dezembro de 1969, o Douglas DC-6B, prefixo SX-DAE (imagem acima), partiu para realizar o voo 954 da Olympic Airways, um voo era um serviço doméstico regular de passageiros de Chania, na ilha de Creta, para Atenas, ambas localidades da Grécia. A bordo da aeronave estavam 85 passageiros e cinco tripulantes.
O voo transcorreu sem intercorrências até a aproximação com Atenas. Em meio a chuva e ventos fortes, a aeronave - ainda com o trem de pouso retraído - atingiu o Monte Paneio a uma altitude de aproximadamente 2.000 pés, perto de Keratea, a 39 km de Atenas.
Todos os 85 passageiros e 5 tripulantes a bordo morreram no acidente.
Foi determinado que a tripulação de voo 954 se desviou do caminho adequado e desceu abaixo da altitude mínima segura ao fazer uma aproximação ILS.
Em abril de 2019, o Centro Cultural dos Trabalhadores da Aviação Olímpica (POL.K.E.O.A.) colocou uma cruz de mármore no local do acidente e uma placa comemorativa de mármore em sua base.
A queda do voo 954 foi o acidente de aviação mais mortal da história grega na época em que ocorreu, um recorde que se manteve até a queda do voo 522 da Helios Airways, quase 36 anos depois. Ainda é o acidente de aviação mais mortal envolvendo um Douglas DC-6, e o acidente mais mortal da história da Olympic Airways.
Por Jorge Tadeu (com Wikipedia / ASN / baaa-acro.com)
Aconteceu em 7 de dezembro de 1983: Colisão fatal na pista do Aeroporto de Madri
Como saber qual o modelo e a configuração do avião que você vai viajar?
Saber em qual aeronave será realizado o voo pode ser algo bastante óbvio para viajantes experientes, mas muitas vezes é um verdadeiro mistério para quem não viaja tanto assim, ou não está familiarizado com os modelos de aeronaves existentes. Aliás, tirando os entusiastas da aviação, nenhum viajante é obrigado a saber a diferença entre um Airbus A380 e um A321, ou entre um Boeing 777 e um 737, não é mesmo?
Pensando nisso, separamos algumas dicas para que você possa matar a curiosidade e obter mais informações sobre o avião em que vai viajar, antes mesmo de chegar ao aeroporto. Além do modelo e da configuração interna, é possível descobrir dados como data de fabricação e quais foram os últimos voos realizados por ele.
Fabricante e modelo do avião
Essa é a informação mais fácil de ser obtida. A maioria das companhias e agências de viagem online já informam o tipo de aeronave previsto em cada rota, em seus canais de venda. E se, por acaso, você não prestar atenção, ainda tem a chance de conferir isso na hora de marcar os assentos ou mesmo depois, ao receber a sua confirmação de compra por e-mail.
É importante ter em mente que quanto maior for a antecedência da compra e maior a variedade de aeronaves na frota daquela companhia, maior será a chance de haver mudança de aeronave até a data da sua viagem. E acredite, é bem frustrante quando você espera embarcar em um Airbus A330 com configuração 2-4-2, e na hora se depara com um Boeing 777 na configuração 3-3-3. Isso já aconteceu comigo! E, dependendo do assento escolhido, uma nova aeronave pode fazer muita diferença!
Além da configuração, a qualidade das cabines pode mudar muito de uma aeronave para outra, mesmo que elas sejam da mesma empresa. Por exemplo, a distância entre os assentos pode ser maior ou menor, o sistema de entretenimento pode ser mais moderno, ou não existir, e a aeronave pode ter mais ou menos banheiros, por exemplo.
Para quem viaja em classe executiva a mudança pode ser ainda mais significativa, pois pode ser a diferença entre viajar numa poltrona-cama que reclina 180 graus, ou numa poltrona antiga, com reclinação parcial.
Configuração da cabine
Com o modelo do avião e o número do voo em mãos já é possível descobrir mais algumas coisinhas, como por exemplo, a disposição das poltronas e se há tomadas ou telas de entretenimento individual; o que é bastante útil para te ajudar na hora de escolher os melhores lugares do avião.
Nem sempre esses dados estão disponíveis nos sites das companhias aéreas de forma clara. Mesmo que você acesse os detalhes de sua reserva, pode ter dificuldade em encontrá-los. Nessas horas vale recorrer ao SeatGuru, site que reúne mapas internos de aviões das principais companhias aéreas do mundo. Basta digitar a companhia aérea e o número do voo para que as opções de aeronave daquela rota apareçam. Aí é só clicar no modelo de avião para ver os detalhes.
Ao lado do mapa o Seatguru também exibe informações sobre o espaço para as pernas, se há tomadas nas poltronas, telas individuais e outros detalhes.
Como exemplo pesquisei o voo AD5062 da Azul, entre Campinas (VCP) e Fortaleza (FOR), que nessa data seria feito por um Airbus A330-200 conforme indicado no site da companhia:
É comum que algumas rotas de determinadas companhias sejam atendidas por mais de um modelo de avião. Como o caso da Rota São Paulo (GRU) – Manaus (MAO). Na Latam ela pode ser operada tanto em um Airbus A321 com 220 lugares na clássica disposição 3-3, por um Airbus A350 com 339 lugares ou até mesmo por um Boeing 777 para 379 passageiros. O Seatguru vai exibir todos os modelos usados na rota, então é necessário saber o modelo antes de fazer sua consulta.
Mesmo em companhias com frotas com poucas variações como é o caso da GOL, as diferenças existem. No Boeing 737-700, por exemplo, as poltronas 7A e 7F não possuem janela (você fica literalmente de cara para a parede!). Já o mesmo não ocorre no Boeing 737-800, onde são as poltronas 10A, 11A e 11F que não têm janela. Nesse caso saber mais sobre a aeronave em que você vai viajar pode ser a diferença entre poder apreciar a vista ou não. Então vale a pena investir um tempinho nisso ao planejar as suas férias.
Histórico da aeronave
Agora, se você é do tipo curioso e quer saber todos os detalhes sobre o avião em que vai viajar é possível descobrir de antemão a matrícula da aeronave. Com esse registro, você consegue saber a data de fabricação, o histórico (por quais companhias ele já passou), quais os voos recentes que fez antes de você embarcar e quais serão os próximos destinos visitados por ele.
Um bom lugar para fazer esse tipo de pesquisa é no site Flightradar24. Basta digitar o código do voo na campo de busca e clicar sobre ele para abrir a lista com as informações do voo. Será exibido o histórico dos últimos 7 dias com as matriculas dos aviões que foram utilizados e a programação para os próximos 9 dias naquela rota (na versão paga esse intervalo é maior). É comum que a matricula dos voos futuros só apareça um ou dois dias antes da viagem, então não adianta pesquisar com tanta antecedência. (Em alguns casos a matrícula pode aparecer momentos antes da partida ou até mesmo depois que o voo já tiver sido concluído).
Como exemplo fiz uma pesquisa para o voo Latam LA4626, de São Paulo (GRU) para Fortaleza (FOR) que nessa data seria realizado em um Boeing 767-316(ER) de prefixo PT-MOF:
Ao clicar na matrícula do avião você é redirecionado para uma outra lista, que exibe todos os últimos voos feitos por ele além de indicar qual será o próximo voo a ser realizado. No exemplo, o Boeing 767 da latam havia feito o trecho Santiago (SCL) – São Paulo (GRU) e depois faria a rota Fortaleza (FOR) – Miami (MIA):
Assim você consegue saber por onde ele passou. Foi dessa forma que descobri que o A350 que me levou de São Paulo para Manaus tinha vindo de Madrid na review de como é voar em assento de classe executiva em voo nacional que fiz para o canal do Melhores destinos no Youtube.
Já para saber a idade da aeronave, por quais empresas ela passou e se teve outros códigos de registro sites como o Airframes, Planespotters ou Airfleets podem ser bem úteis. No Airframes é necessário criar um cadastro gratuito para fazer as pesquisa (anote seu usuário e senha, pois não é possível recuperar em caso de esquecimento) e depois no menu escolher a opção “Aircraft” e digitar o registro no campo “Registration”. Já no Planespotters e Airfleets é possível fazer a pesquisa sem ser cadastrado, basta digitar o código de registro no campo de busca.
Pesquisando pelo Boeing 737-800 da GOL de prefixo PR-GZE no Planespotters podemos ver que ele foi fabricado em 2009 e desde então passou por 7 companhias em 5 países antes de ser incorporado à frota da GOL em junho de 2019.
Clique para ver vídeos sobre "Avaliações de Companhias Aéreas e relatos de voos".
Por:Sandro Kurovski (melhoresdestinos.com.br)Os piores lugares no avião e dicas para evitá-los
Se você acredita que os assentos nos aviões são todos iguais, está enganado! Dentro de uma mesma aeronave é comum haver poltronas com configurações diferentes, com mais ou menos espaço para as pernas, que reclinam ou não, ou com diferentes níveis de conforto ou problemas para os passageiros. Nesse post você confere como identificar os piores lugares nos aviões e dicas para evitá-los. Muitas vezes não é preciso pagar nenhum centavo a mais para ficar numa poltrona bem melhor…
Os piores lugares no avião
Os lugares que os passageiros geralmente não gostam dentro do avião e que você deve evitar a qualquer custo são:
Assentos na última fileira de cada seção, ou antes das saídas de emergência.
Eles não reclinam, até mesmo em boa parte dos voos internacionais de longa duração. O pior nesses casos é quando o passageiro da frente reclina e você não pode fazer o mesmo… A sensação é bem ruim. E o pior é que você paga o mesmo que os demais passageiros para voar com menos conforto
Assentos próximos ao banheiro ou à área de serviço (galleys).
O que pega aqui é o barulho e a luminosidade, que podem tornar a sua viagem bem mais desagradável, especialmente num voo noturno. Nos banheiros, o barulho da descarga e o bater das portas pode ser contínuo, durante todo o voo (pense numa viagem de 10 horas…). Já nas áreas de serviço, é comum os comissários ficarem conversando, além do barulho natural durante a preparação das refeições.
Poltronas do meio.
Exceto se ao seu lado vai algum parente ou amigo, não tem como comparar o conforto da janela ou do corredor com o assento do meio. Além da movimentação restrita, não oferece lugar para colocar os braços. Para piorar, só se você der o azar de voar no meio espremido entre dois passageiros.
Fileiras que não têm janela.
Existem em praticamente todos os aviões, inclusive em algumas classes executivas. Você vai todo empolgado para ver a vista lá do céu, e fica com o ônus de estar “preso” distante do corredor, sem a contrapartida do visual.
Assentos com pouco espaço para os pés.
Em alguns aviões certas poltronas podem ter uma caixa do sistema de entretenimento (IFE) bloqueando o movimento dos pés. Eu já passei por isso e é bem ruim, especialmente quando você quer dormir.
Assentos lá do fundão da aeronave.
O maior risco aqui é ficar sem opção de escolha na hora refeição, no caso dos voos de longo curso. É comum as opções do cardápio serem limitadas, com um número x pratos de massa e y pratos de carne. Se a maioria dos passageiros escolhe uma das opções, quem senta no final tem que comer o que sobrar… E quase todas as companhias começam a servir da frente para o fundo da aeronave. Além disso, a turma do fundão costuma sair por último da aeronave. Por outro lado, num voo com pouca ocupação, é lá atrás que costumam ficar fileiras inteiras vagas que permitem você deitar e fazer de uma fileira a sua própria cama. Ainda assim, eu prefiro ir testar a sorte no fundão apenas depois que o avião decolar.
Situações mais difíceis de prever
Poltrona quebrada.
Uma poltrona com problemas geralmente é bloqueada pela companhia aérea. Mas dependendo da situação e da ocupação do voo você pode ser premiado com um assento que deveria reclinar mas não reclina, um sistema de entretenimento que não funciona, ou uma poltrona que não fica estável (vai reclinando mesmo sem você querer). Nesses casos, é contar com a sorte mesmo! E reclamar com o comissário, pois o problema pode ter passado despercebido e podem haver outros assentos livres dentro do voo.
Sentar ao lado de pessoas inconvenientes.
Não dá pra saber quem vai sentar ao nosso lado. Mas temos a responsabilidade de não tornar uma situação ruim ainda pior, mantendo a calma e sendo ainda mais educados diante de algum problema. Afinal, barraco dentro do avião é muito desagradável. No post “Manual do bom viajante: dicas de etiqueta e como evitar as piores gafes em viagens de avião” minha colega Monique Renne fala sobre várias situações que podem ser evitadas.
Proximidade com crianças de colo.
Evite as cinco primeiras fileiras do avião. É nelas que geralmente as companhias aéreas acomodam famílias com bebês. Além disso, nas primeiras fileiras de cada cabine é onde geralmente se colocam os berços. Muitas vezes os pequenos sentem dores no ouvido, estão cansados, ou se sentem entediados durante a viagem, o que pode dificultar a vida de quem se incomoda com o barulho ou quer descansar.
Dicas para garantir um bom lugar no avião
1. Confira o mapa da aeronave no Seat Guru.
Uma mesma companhia pode operar várias aeronaves diferentes numa mesma rota. Caso não saiba, veja como saber qual o modelo e a configuração do avião que você vai viajar. Depois, verifique no Seat Guru a configuração e escolha uma boa opção. Lembre-se que em vermelho estão marcados os assentos a evitar a todo custo, amarelos aqueles que tem problemas e em verde as melhores poltronas do avião. Os que não tiverem cor são assentos sem problemas, que podem ser escolhidos.
2. Tente reservar o assento no momento da compra da passagem.
É quando a maior parte das poltronas ainda está livre. Pode ser que nem todos os assentos sejam gratuitos, já que é comum as empresas cobrarem pelo espaço maior nas saídas de emergência. Algumas companhias aéreas e/ou tarifas promocionais exigem que se pague pela marcação antecipada de assentos. Nesses casos, siga a nossa próxima dica.
3. Faça o check-in assim que ele for liberado.
Se você não reservou seu assento por qualquer motivo, saiba que quem faz o check-in primeiro fica com os melhores poltronas, seja por escolha própria, ou quando o sistema atribui automaticamente os lugares. O check-in online costuma ser liberado entre 72h e 24h antes do voo, na maioria das companhias aéreas. No caso específico de voos nacionais da Azul, a escolha de assentos gratuita só pode ser feita 48h antes do voo. Já na Latam, por questões de balanceamento da aeronave, o sistema pode atribuir um assento lá no fundão para quem faz o check-in de imediato. Nesse caso, tente cancelar o check-in, espere algumas horas, e faça um novo check-in. Com sorte você vai receber uma nova e melhor poltrona.
4. Procure um agente de aeroporto no check-in ou no embarque caso não tenha conseguido um bom assento.
Se tudo der errado, não desista! Alguns assentos ficam bloqueados para que os funcionários do check-in possam encaixar famílias e passageiros com necessidades especiais. Mas, muitas vezes, podem sobram lugares. Além disso, mesmo em voos lotados, alguns passageiros não aparecem e liberam lugares no avião. Por isso, a minha dica é pedir ajuda a um funcionário da companhia aérea tanto no check-in, como no embarque, minutos antes do voo, tentando um assento melhor. Já funcionou várias vezes comigo.
5. Informe sempre o número do programa de fidelidade.
A maior parte das empresas não cobra a marcação de assentos dos seus de seus passageiros frequentes. Em alguns casos guardam as melhores poltronas para quem tem status no programa.
Fonte: Leonardo Cassol (melhoresdestinos.com.br) - Imagens: Reprodução
Embraer / IAI-Elta Praetor P600 AEW: controle do espaço aéreo a baixo custo
Nesse contexto de aumento de custos, o conceito de “multiplicador de força” é fundamental. Basicamente, trata-se de meios ou tecnologias que permitem "fazer mais com menos". E um dos multiplicadores por excelência é o Alerta e Controle Antecipado de Aeronaves (AEWC).
Os primeiros aviões desse tipo, com radares pesados de descoberta aérea, foram projetados a partir de quatro grandes motores. Isso era necessário porque o equipamento era pesado e volumoso, muitos operadores eram obrigados a controlar o teatro operacional a partir da aeronave e a aeronave menor não tinha o alcance e a altura de capacidade de voo exigidos para uma missão desse tipo.
Com o tempo e o avanço da tecnologia, o peso, o volume e o consumo elétrico dos equipamentos eletrônicos diminuíram, e graças à automação dos processos foram necessários menos operadores a bordo e os aviões bimotores foram adquirindo as características necessárias para poder assumir este tipo de missões. Assim, as novas gerações de sistemas aerotransportados AEW vieram montados em aeronaves bimotoras, comerciais ou executivas de alto desempenho.
E é aqui que a empresa Embraer / IAI-Elta faz uma aposta interessante, apresentando ao mercado o sistema aerotransportado AEW baseado em aeronaves da categoria supermidsize, inaugurando um novo nicho.
A Aviacionline entrou em contato com a Embraer e também com o IAI / Elta para fazer algumas perguntas, a fim de fornecer informações mais completas nesta nota. Eles foram gentis o suficiente para responder e isto é o que nos disseram:
O que cada parceiro traz para o programa P600 AEW?
A experiência da Embraer consiste na definição de requisitos técnicos e operacionais, certificação e suporte de aeronaves. Além disso, a Embraer possui experiência comprovada de mais de 20 anos no desenvolvimento e produção de aeronaves AEW, contando entre seus principais clientes os governos do Brasil, México, Grécia e Índia .
IAI / ELTA é reconhecida como uma Casa de Sistemas de Defesa líder nos mercados local e internacional. A ELTA tem mais de 30 anos de experiência no campo de aeronaves de "missão especial". A ELTA é reconhecida como líder mundial em aeronaves de missão especial baseadas em jato comercial e como fornecedora líder de radares aéreos.
Qual é o custo estimado do P600 AEW, comparado aos seus concorrentes no mercado?
A solução P600 AEW proporcionará uma verdadeira capacidade de vigilância aerotransportada, com até 7,5 horas de tempo de missão e ao custo mais acessível do mercado, com base em uma plataforma aérea moderna e um conjunto de sistemas de missão de “última geração”. O preço de mercado será o resultado dos requisitos e necessidades de cada cliente individual.
Quais são os recursos do sensor primário?
O P600 AEW é equipado com um radar de montagem dorsal de última geração, baixo peso e alta eficiência, utilizando a tecnologia GaN AESA integrada com um sistema avançado de missão AEW&C, para várias missões de defesa e segurança. Graças ao desempenho superior da aeronave e um sistema de missão avançado, o P600 AEW oferece vigilância de longo alcance precisa e confiável contra todas as ameaças aéreas e marítimas por uma fração do custo dos sistemas AEW modernos de hoje .
O radar & IFF sistema P600 AEW integrado apresenta um multi-funções , 4D , S-banda AESA (um varrimento eletrônico matriz radar ativo) do radar , concebido para a detecção, identificação e rastreamento de alvos no ar e na superfície do mar .
O radar possui recursos avançados de ECCM (Contramedidas Eletrônicas), superando automaticamente as interferências naturais e sintéticas.
O radar oferece cobertura de 240° usando dois conjuntos de antenas em uma montagem dorsal, enquanto o IFF integrado interroga em modo civil e militar e suporta respostas ADS-B usando uma antena de 360°.
Ambos os sistemas (radar e IFF) são de 4ª geração e alto desempenho. Operam com alta eficiência, baixa taxa de falsos alarmes e alta capacidade de detecção e identificação de alvos, dentro do volume de vigilância, por meio dos diferentes regimes de busca selecionáveis.
Quais são os intervalos de detecção de diferentes tipos de alvos aéreos?
O radar digital GaN AESA de quarta geração altamente avançado da ELTA é capaz de detectar diferentes tipos de alvos aéreos e marítimos, com características modernas, a distâncias muito longas.
O alcance de detecção para cada tipo de alvo pode variar e depende da seção transversal do radar (RCS) do alvo, a velocidade, o aspecto do alvo, a altitude da aeronave AEW, etc.
Os operadores podem gerenciar com eficiência a energia do radar para otimizar o desempenho do radar contra qualquer tipo de alvo ou ameaça .
Quais são as capacidades de comando e controle do P600 AEW, em comparação com outros AEWs de tamanho comparável ou um pouco maior, considerando que ele possui 3 consoles de operação?
O P600 AEW está integrado a um sistema de gerenciamento de missão denominado Arkhe, da empresa Atech (empresa do grupo Embraer) que gera e mantém automaticamente a situação integrada de ar e superfície a partir dos dados de todos os sensores integrados, entradas do operador e fontes de dados externas.
O operador tem a capacidade de atribuir áreas e condições específicas para otimizar o início do rastreamento de alvo, monitorar continuamente o comportamento e os atributos do alvo rastreado, usando um conjunto específico de regras automáticas, e selecionar e vetorizar o melhor interceptor para cada alvo durante todo as fases da missão.
As três estações de trabalho do operador P600 AEW compartilham um sistema de exibição comum onde as tarefas e a funcionalidade são designadas com base no perfil de cada operador, permitindo uma rotação e mudanças de equipe mais rápidas. As tecnologias avançadas de automação e fusão de dados reduzem a complexidade das tarefas e a carga de trabalho da equipe, permitindo uma operação eficiente com uma equipe pequena.
O P600 AEW tem a capacidade de se conectar com drones e coordená-los em operações de ataque?
O P600 AEW possui um pacote de comunicações completo garantindo interoperabilidade e operação conjunta com os ativos existentes.
Quais são os sistemas de autodefesa da aeronave?
Seu pacote de autoproteção (SPS) consiste em um sistema de alerta de aproximação de mísseis (MAWS) e um sistema de alerta de radar passivo (RWR) fornecido pelo sistema de suporte eletrônico (ESM). Opcionalmente, o P600 AEW pode ser equipado com um Sistema de Dispensação de Contramedidas (CMDS) (Chaff & Flare) integrado com ambos os sistemas de alerta e um painel de controle para a tripulação.
O sistema de Medição de Suporte Eletrônico (ESM) realiza cobertura de 360° na faixa de frequência de 2 a 18 GHz para fornecer a direção e a localização de cada emissor detectado no ar e no solo. Por meio de recursos de análise de sinal, o sistema ESM se integra automaticamente ao sistema Radar e IFF para fornecer uma imagem integrada da situação.
Possibilidade futura de incorporar um sistema de reabastecimento em voo?
Até agora, um sistema de reabastecimento Air-to-Air não é considerado.
Há interesse da FAB ou IAF no produto?
A FAB está atualmente envolvida no programa de modernização do E-99, que tem muitos anos de serviço pela frente. Quanto à Força Aérea de Israel, ela atualmente usa o G550 CAEW que foi desenvolvido pelo IAI / ELTA e entrou em serviço operacional em 2008. O desenvolvimento do P600 AEW é baseado nas tecnologias IAI / ELTA e na experiência do CAEW e vários outros. Programas AEW.
No portfólio da Embraer, o P600 AEW substitui ou complementa o E-99?
O sistema P600 AEW substituirá a solução E-99 AEW baseada no Jato Regional E-145 Embraer.
Quais mercados você está almejando com o novo produto?
Os principais mercados para o P600 são países que precisam de vigilância aérea e estão em conflito ou tensões geopolíticas. A Embraer e a ELTA estão prospectando fortemente o mercado.
Qual número de unidades você prevê para o mercado potencial para o P600AEW?
A Embraer e a ELTA observam um claro crescimento na demanda por sistemas AEW. Inicialmente, o mercado AEW estava limitado a grandes países com um grande orçamento de defesa. Nas últimas 2 décadas, vários países menores compraram capacidade AEW e esta tendência parece continuar a crescer nesta década.
Além disso, vemos vários países procurando substituir (e aumentar seu número) seus antigos sistemas AEW, baseados em aeronaves grandes, antigas e caras para operar e manter. Acreditamos que o mercado potencial para o P600 AEW inclui mais de 10 países com um potencial geral de várias dezenas de aeronaves.
Bem, é isso. Espero que a proposta do IAI / Elta-Embraer tenha sido tão interessante quanto para nós. Acho que tem um grande potencial porque permite que nações com orçamentos modestos de defesa tenham acesso a capacidades que até alguns anos atrás eram exclusivas das maiores potências de guerra do mundo.
Edição de texto e imagens: Jorge Tadeu (com aviacionline.com) - Imagens: Divulgação