domingo, 13 de setembro de 2009

Transferência de tecnologia em acordo militar precisa ser ampla, diz analista

Imagem do Rafale; Lula e Sarkozy anunciaram acordo de negociação do caça francês

A transferência de tecnologia da França para o Brasil, prevista no acordo militar firmado entre os dois países, precisa ser abrangente, não se restringindo ao setor aeronáutico brasileiro, segundo Fernando Catalano, coordenador do curso de engenharia Aeronáutica da EESC-USP (Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo).

O analista afirma que o debate não foi aprofundado entre governo e instituições para que haja transposição tecnológica a outros setores. “Universidades como USP, Unicamp e federais teriam amplas condições de adensar e catalisar esses conhecimentos [da França], em conjunto com as entidades do setor aeroespacial”, disse Catalano, em entrevista ao eBand. “A própria Dassault não tem procurado parceiros além das fronteiras de São José dos Campos [sede da Embraer], o que pode ser um erro grave”, afirmou.

No dia 7, os presidentes do Brasil e da França, Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, assinaram o maior acordo militar da história recente do país, no valor de R$ 22,5 bilhões. Na ocasião, os dois anunciaram ainda a abertura de negociação para a compra de 36 caças Rafale, da francesa Dassault. A transferência de tecnologia foi a principal justificativa dada por Lula para a escolha do parceiro francês.

No dia seguinte, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que o processo de licitação dos aviões não está concluído. A Aeronáutica ainda precisa apresentar um relatório técnico sobre os três concorrentes – o francês Rafale, o Gripen, da sueca Saab, e o F-18, da americana Boeing.

Catalano também afirmou que a discussão não deve se limitar a qual modelo de caças é melhor. Segundo o especialista, é determinante o desenvolvimento de um sistema de comunicação para que as aeronaves possam funcionar. “Contar só com os caças não garante um sistema de defesa de superioridade aérea”, disse.

Veja abaixo a íntegra da entrevista na qual Catalano comenta também sobre os aspectos técnicos dos modelos de aeronaves e sua aplicação às necessidades de defesa do território brasileiro.

eBand - Concorrem com o Rafale, o sueco Gripen e o americano F-18. O senhor poderia comparar as características desses três aviões? Qual corresponde às necessidades brasileiras de defesa na Amazônia e nos poços de pré-sal?

Fernando Catalano - Todos os três modelos cumprem as especificações de aviões multi-tarefa de quarta geração exigidas pelo governo brasileiro. Portanto, deverão cumprir várias tarefas como interceptação de médio a longo alcance, com autonomia compatível com o território nacional. Os aviões se equiparam em velocidade máxima, porém o Rafale e o F-18 levam vantagem em relação ao Gripen na carga bélica. Porém, o avião sueco possui um raio de ação maior e é mais barato. A grande desvantagem do Gripen é o fato de utilizar apenas um motor, o que pode diminuir sua sobrevivência em combate e sua operação em porta-aviões também pode ser limitada.

Inicialmente, a venda do F-18 não previa a transferência de tecnologia, porém, a Boeing recentemente anunciou que transferiria tecnologia compatível com o que será transferido pelo programa do Rafale. A capacidade do Rafale e do F-18 de operarem em porta-aviões e abastecimento aéreo os credencia como “protetores” dos campos de petróleo do pré-sal.

No entanto, as principais características dos três modelos são as capacidades eletrônicas cuja eficiência dependerá enormemente de um sistema maior de comunicação de dados, chamado data-link. Contar só com os caças não garante um sistema de defesa de superioridade aérea.

eBand- Qual a relevância da transferência de tecnologia?

Catalano - A transferência de tecnologia deverá ser efetiva e em disciplinas que o Brasil realmente necessita. Nesse sentido, determinar qual tecnologia deverá ser transferida tem que ser muito bem debatido entre governo (Ministérios da Defesa e Ciência e Tecnologia) e os órgãos que desenvolvem ciência e tecnologia.

Um erro que pode ocorrer é a centralização dessa transferência, restringi-la a poucos setores. O Brasil possui institutos de pesquisas e universidades (não necessariamente ou diretamente ligadas ao setor aeroespacial) capazes de assimilar tecnologias de ponta. É imprescindível que se adense a cadeia produtiva aeroespacial para que, a partir de ações desse tipo, o Brasil tenha capacidade de seguir em frente como feito em países como Índia, China e Israel.

Esses países possuem programas próprios de desenvolvimento em aeronaves desse tipo, e esse conhecimento gera uma maior capacitação na hora da compra de aviões de defesa.
Alguns tópicos de transferência tecnológica foram anunciados, tais como materiais compósitos, nanotecnologia, sistemas de controle tipo fly-by-wire etc. No entanto, não houve um debate profundo sobre esse aspecto.

A própria Dassault não tem procurado parceiros além das fronteiras de São José dos Campos [sede da Embraer], o que pode ser um erro grave. Universidades como a USP a Unicamp e as Federais teriam amplas condições de adensar e catalisar esses conhecimentos em conjunto com as entidades do setor aeroespacial. A formação de uma rede de desenvolvimento e pesquisas é fundamental para o desenvolvimento de tecnologias críticas. A Dassault interage com mais de 100 universidades no mundo, porque aqui seria diferente?

eBand -O Brasil acordou com a França a intenção de comprar 36 aviões de combate Rafale, que equipa a Marinha francesa há cinco anos. É muito cedo para confiar na eficiência desse modelo de avião?

Catalano - Apesar da confirmação pública da intenção da compra do Rafale, ainda é possível que ocorram mais rodadas de negociações entre o governo e os concorrentes, principalmente com a Boeing, fabricante do F-18, que concordou na transferência de tecnologia. Quanto à eficiência do Rafale, ela já está comprovada pois é um dos finalistas na disputa tendo sido testado por pilotos brasileiros.

eBand - O presidente Lula justificou a compra dos aviões com a necessidade de defender os poços da camada pré-sal. O Rafale é o melhor modelo de avião para esse tipo de defesa?

Catalano - Todos os três aviões possuem capacidades multifuncionais para cumprirem essa missão, mas o Brasil não necessita desses caças somente para o caso do pré-sal, mas para todo o território nacional, Amazônia, fronteiras etc. É importante lembrar que vizinhos brasileiros possuem aviões avançados e, mesmo que um conflito seja improvável, a equivalência de forças deve existir principalmente do ponto de vista de defesa.

eBand - O acordo também prevê a aquisição de 10 unidades pela França da futura aeronave de transporte militar KC-390 que será produzida pela Embraer. Qual a importância dessa aquisição?

Catalano - Os estudos de mercado do KC-390 feitos pela Embraer previram a existência de um mercado potencial de reposição do Hercules C-130, para a venda de 700 aviões em 77 países nos próximos anos.

A possível compra e parceria no projeto dessa aeronave pela França ajudariam ainda mais a conquista desse mercado. Seu projeto é fruto de intensa análise das características requisitadas pelos clientes e deverá cumprir esses requisitos sem muitos sustos no projeto final dada a experiência da Embraer.

O KC-390 possuirá capacidade de transportar 19 toneladas de carga, o que permitiria levar blindados, tropas, equipamentos, cargas paletizadas e contêineres. Seu alcance pode ultrapassar 6.000 km, com capacidade de reabastecimento em voo. Outra característica atrativa do KC-390 é sua cabine pressurizada e banheiros. Seu preço variará entre US$ 30 a 50 milhões dependendo da versão.

A participação da França nesse projeto é estratégica tanto para a Embraer, pois viabilizará o mercado do KC-390, quanto para a França, que desenvolve o A-400m pela EADS [Companhia Européia de Aeronáutica, Espaço e Defesa]. O acordo frearia uma possível parceria da Embraer e a Lockheed no desenvolvimento do KC-380, competidor direto do A-400M.

eBand - No acordo, o Brasil comprou helicópteros de transporte EC-725. Quais suas características e importância para defesa do país?

Catalano - Esse é um projeto já em desenvolvimento entre a Eurocopter (Companhia de helicópteros militares da EADS) e o governo brasileiro na compra de 50 helicópteros para as Forças Armadas do Brasil. Esses helicópteros serão montados pela Helibras [Helicópteros do Brasil S.A] cuja fábrica em Itajubá será ampliada. È previsto, no acordo, transferência de tecnologia na construção de helicópteros primeiramente de 5% nos primeiros anos, podendo chegar a 50% ate o final da produção.

A partir disso, a Helibras poderá produzir e fornecer helicópteros EC-725 para o mercado mundial. Esse modelo possui autonomia suficiente para operar nas fronteiras das futuras plataformas do pré-sal sendo, portanto, um possível modelo a ser usado para atividades não militares pela Petrobras, por exemplo.

Fonte: Martina Cavalcanti (eBand) - Foto: Dassault

Conexão francesa

Lula antecipa escolha pelos caças da França, desagrada à FAB e espera novas propostas dos concorrentes

PARCERIA - Lula e Sarkozy não se contentam com helicópteros e submarinos

A rápida passagem do presidente da França, Nicolas Sarkozy, pelo Brasil na última semana foi marcada por uma sequência de contratempos com repercussão internacional. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, comemorou o 7 de setembro em visível saia-justa e o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, assistiu ao desfile militar sem saber se terminaria a semana no cargo.

Tudo porque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se contentou em anunciar publicamente apenas o que já estava previamente combinado: a compra de helicópteros e submarinos franceses, num pacote de R$ 22,6 bilhões. Embalado pelo discurso da necessidade de defesa do pré-sal, Lula afirmou que o Brasil estaria iniciando negociações diretas com a França para a aquisição de 36 aviões supersônicos Rafale.

Assim, antecipou uma decisão, passando por cima do Ministério da Defesa e da Aeronáutica, que ainda não haviam se manifestado sobre as propostas dos Estados Unidos e da Suécia, que disputam com a França o reequipamento da Força Aérea Brasileira. Diante de Sarkozy, Saito sentiu-se desmoralizado e cogitou deixar o comando da Aeronáutica. Só recuou depois que o ministro Jobim emitiu uma nota oficial afirmando que a escolha do avião ainda não estava definida.

Os mal-entendidos começaram na noite do domingo 6. Para celebrar a parceria com os franceses, Lula organizou um churrasco no Palácio da Alvorada. A carne já estava próxima do ponto quando o teto de vidro da churrasqueira não resistiu ao calor e explodiu, espalhando cacos sobre as carnes. A gafe não foi maior porque dona Marisa tinha uma carta na manga. Durante a tarde, a primeiradama mandou preparar uma moqueca capixaba, pois temia que chovesse e o churrasco ficasse comprometido. Não choveu, mas a moqueca acabou substituindo a picanha.

Durante o jantar, Sarkozy perguntou sobre os aviões e Lula reclamou do preço ofertado pelos franceses. Desta vez, quem tirou, literalmente, uma carta do bolso foi o presidente francês. No documento entregue a Lula, Sarkozy se compromete com a "transferência irrestrita" de tecnologia e "preço competitivo" dos supersônicos Rafale, além de prometer a compra de dez aviões cargueiros KC-390, um projeto em desenvolvimento pela Embraer.

Foi a carta de Sarkozy que motivou Lula a antecipar a decisão a favor da França. Jobim e Saito fo ram informados por Lula sobre a negociação na mesma noite, durante reunião da qual participaram o embaixador do Brasil na França, José Maurício Bustani, o assessor de assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, além do chefe do Estado-Maior francês e o embaixador da França no Brasil. Contrariado, Saito pediu a Jobim que soltasse a nota pública mantendo a disputa aberta. Diante do imbróglio, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) pediu explicações ao ministro da Defesa e convocou uma reunião extraordinária da Comissão de Defesa Nacional do Senado na quarta-feira 16.

"O governo fez uma tremenda confusão ao anunciar o resultado de um processo que não estava concluído", disse Azeredo à ISTOÉ. A Casa Branca, por sua vez, acreditou na versão de Jobim e partiu para o ataque. Divulgou, por meio da embaixada em Brasília, uma nota em que reafirma a disposição dos Estados Unidos de transferir "toda a tecnologia necessária" e destaca que o Congresso americano não fez objeção à proposta de venda feita ao Brasil.

Os EUA também prometeram fazer a montagem final do F-18 com a Embraer. Mas a promessa pareceu "genérica" na visão de Marco Aurélio Garcia, que pediu "garantias efetivas do processo de tecnologia". Lula, por sua vez, ironizou a situação, dizendo que vai acabar recebendo os aviões "de graça". A confusão obrigou os concorrentes a apresentar novas propostas até 18 de setembro.

O deputado Julio Delgado (PSB-MG) está cético quanto ao resultado da concorrência. "Desde o início estava clara a predileção do presidente Lula e do ministro Jobim pelos franceses", afirma. Para o parlamentar, "se a análise técnica for apenas uma formalidade, não haverá outra saída para Saito que não a renúncia". O analista Salvador GhelfiRaza, do Centro Hemisférico de Estudos de Defesa, braço acadêmico do Pentágono, avalia que o governo errou.

"Ou você faz um processo essencialmente político ou uma análise técnica séria, que seja levada em conta." Para o deputado Rodrigo Rollemberg, líder do PSB na Câmara, "o mais importante é garantir que a empresa que vença a concorrência possa promover de fato uma ampla transferência de tecnologia". Na FAB, a sensação é de que os próximos passos da consulta serão mera formalidade, pois a decisão a favor do Rafale já foi tomada.

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Fonte: Claudio Dantas Sequeira (IstoÉ) - Foto: Alan Marques (Folha Imagem)

Filho de astronauta morto na explosão do Columbia morre em queda de avião

Assaf Ramon ao lado da imagem do pai em 2004

O filho de um dos astronautas que morreram na explosão do ônibus espacial Columbia, em 2003, morreu neste domingo na queda de um jato F-16 na Cisjordânia durante um treinamento de rotina, informou o Exército israelense.

O piloto foi identificado como capitão Asaf Ramon, filho de Ilan Ramon, o primeiro e único astronauta israelense e considerado um herói no país. A tragédia envolvendo o pai do capitão ocorreu quando o ônibus espacial explodiu ao entrar na atmosfera, matando os sete tripulantes.

O acidente deste domingo gerou comoção no país e entre seus líderes. O chefe do Exército, general Gabi Ashkenazi, chegou à casa da família junto do comandante da Força Aérea após o anúncio do acidente. O ministro da Defesa, Ehud Barak, disse estar com o "coração partido".

- É um dia triste e doloroso - disse o ministro a repórteres.

O jato General Dynamics F-16A caiu no Sul da cidade de Hebron. Dan Kapach, um agente de segurança de um acampamento próximo do locado, disse que ocorreu "uma grande explosão".

- Há um grande buraco no chão e há pedaços da aeronave por todos os cantos - disse ele a um canal de TV.

Ramon, de 21 anos, era o mais velho dos quatro filhos de Ilan. Ele chamava atenção durante os treinamentos e em junho recebeu honra presidencial de Shimon Peres.

"Não poderíamos imaginar nem nos piores sonhos algo tão triste".

Fumaça no local da queda do avião de combate de Israel

Um helicóptero militar paira sobre os montes de Hebron, local do acidente do jato do piloto Assaf Ramon

Um F-16 israelense similar ao acidentado hoje

Fonte: O Globo (com agências internancionais) - Fotos: AFP

Aviões fazem show aéreo em praia da Espanha

Membros da Patrulha Águia se apresentaram em Cadiz.

Aeronaves coloriram o céu na Praia da Vitória.


Membros da Patrulha Águia, da Força Aérea espanhola, fazem show aéreo na praia da Vitória, em Cadiz - Foto: Miguel Gomez - (AP Photo) via G1

Fotos: crash_night via Flickr

sábado, 12 de setembro de 2009

Foto do Dia

McDonnell Douglas F-18C Hornet, prefixo HN-448, da Força Aérea da Finlândia - Agosto de 2009
Foto: Janne Laukkonen

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Programa espacial dos EUA não é viável e seu futuro está na cooperação internacional

Sinal em frente a prédio no Centro Espacial Kennedy, na Flórida

Ameaçado pelas limitações orçamentárias, o futuro dos voos espaciais americanos com tripulantes pode depender de uma maior cooperação internacional e de investimentos do setor privado.

Em relatório entregue esta semana à Casa Branca, a comissão de especialistas nomeada pelo presidente Barack Obama constatou que "o programa atual dos voos tripulados dos Estados Unidos - chamado Constellation - não pode ser realizado com os fundos disponíveis".

Lançado em 2004 pelo ex-presidente George W. Bush, o Constellation prevê um retorno dos americanos à Lua por volta de 2020, antes de expedições com destino a Marte e o restante do sistema solar.

A Agência espacial americana (Nasa) tem um orçamento anual de 18 bilhões de dólares. Para o comitê, uma verba suplementar de três bilhões de dólares por ano é indispensável para conduzir um programa de exploração fora de órbita que apresente algum interesse.

"Qualquer que seja o programa espacial definido, ele deverá ser acompanhado dos fundos necessários a sua execução", avisou a comissão em seu relatório, cujas conclusões já haviam sido amplamente divulgadas.

O comitê listou várias opções para arrecadar estes fundos, entre as quais a cooperação internacional.

"A exploração espacial se tornou uma atividade globalizada. Muitos países têm programas especiais, e a soma de seus orçamentos anuais respectivos é equivalente ao da Nasa", argumentou.

"Um compromisso coletivo dos Estados Unidos com parceiros internacionais de uma forma adaptada ao mundo multipolar de hoje pode reforçar as relações geopolíticas, levantar fundos e fortalecer as atividades de exploração", explicaram os dez membros da comissão presidida por Norman Augustine, ex-presidente do gigante aeroespacial Lockheed Martin.

Os especialistas também observaram que o setor privado está crescendo nas atividades espaciais.

"Se conseguíssemos criar no setor espacial um potencial de atividades interessante para as empresas privadas, talvez possamos reduzir os custos para a Nasa", comentaram, referindo-se a companhias como a Space X, que está desenvolvendo um lançador para transportar astronautas e frete à Estação Espacial Internacional (ISS).

"Se depois de terem elaborado um programa de exploração espacial, fomentado alianças com parceiros estrangeiros e criado um potencial de desenvolvimento comercial os Estados Unidos não conseguirem financiar suas ambições espaciais, o país terá que se conformar com metas mais modestas", avisaram os membros da comissão.

De acordo com John Logson, ex-diretor do Space Policy Institute na Universidade George Washington, "o governo de Obama é mais aberto à ideia de uma participação ampliada na exploração espacial".

"Entretanto, resta saber se a Europa e o Japão querem desempenhar um papel mais importante e investir mais dinheiro" nestas atividades, acrescentou o especialista, em entrevista à AFP.

Fonte: Jean-Louis Santini (AFP) – Imagens: AFP

Piloto morre em queda de avião militar paquistanês

Aeronave similar a acidentada hoje no Paquistão

Um piloto morreu quando um avião da Força Aérea Paquistanesa caiu durante um voo de treinamento neste sábado (12), em Solki Chattha, não muito longe da cidade de Gujranwala, no Paquistão.

O piloto sobreviveu ao acidente, mas morreu no hospital em decorrência de seus ferimentos.

Os relatórios dizem que um problema técnico com o avião de formação PAF Mashak estava por trás do acidente. Não houve relatos de feridos ou danos em solo.

O Paquistão vem sofrendo uma série de acidentes envolvendo aeronaves militares recentemente. Em 5 de agosto, um helicóptero militar caiu no noroeste do país, matando 26 pessoas.

Fontes: nation.com.pk / AFP / ASN - Foto: defencetalk.com

Dois morrem em queda de pequeno avião na República Tcheca

Neste sábado (12), por volta das 09:00 (hora local) um pequeno avião caiu devido a problemas no motor, perto da cidade de Sobíòov, na República Tcheca, entre a fronteira da Boêmia e da Morávia, matando seus dois ocupantes.

O avião Zlin Z-143, prefixo OK-LSI, registrado para Marketa Brožková, foi consumido pelas chamas. Os dois membros da tripulação era de Praga e tinham 48 e 66 anos. O avião estava em rota de Úslava (Boêmia Central) para Skuteè.

Fontes: idnes.cz / ASN - Fotos: Anna Vavriková (MF DNES)

Helicóptero de resgate cai e mata seus 3 tripulantes no Japão

Nesta sexta-feira (11) por às 15:20 (hora local), o helicóptero de resgate Bell 412 EP, prefixo JA96GF, da Prefeitura de Gifu, caiu entre Mt.Okuhodaka e Mt.Nishihodaka, na Cidade de Takayama, perto da montanha "Jandarumu" (3.163 metros), devido ao choque do rotor da cauda contra as rochas.

O helicóptero partiu da Base de Gifu às 14:10 (hora local), com três tripulantes a bordo para uma operação de resgate a um alpinista próximo a montanha "Jandarumu".

Após o choque contra a montanha, o helicóptero caiu e os 3 tripulantes morreram.

O Japan Transportation Safety Board (JTSB) e a polícia da província de Gifu vão investigar as causas do acidente.

Fontes: yomiuri.co.jp / ASN

Pequeno avião cai em meio a nevoeiro na Polônia e deixa dois mortos

Segundo os especialistas, tudo indica que o clima terrível causou o acidente nesta sexta-feira (11) com a aeronave Piper PA28 Cherokee Archer II, prefixo SP-GFT, em Pastewnik, perto de Marciszów, Baixa Silésia, na Polônia. Os dois ocupantes morreram.

No local do acidente, o Comite de Investigação de Acidentes, conseguiu estabelecer que o piloto relatou uma deterioração das condições climáticas e pediu para alternar para um menor nível de voo. Após a permissão, as condições eram tais que a visibilidade chegava a zero e houve uma colisão com as copas das árvores.

Fontes: TVN24 / Jelonka / ASN - Fotos: Mar

Dois pilotos morreram em acidente com avião militar na Malásia

Dois pilotos da Força Aérea da Malásia morreram quando o avião Pilatus PC-7 MkII caiu e pegou fogo no Aeroporto Internacional de Langkawi.

A tragédia ocorreu por volta das 12:30 (hora local) de ontem (11) quando Mej Mohd Roszaini Mohd Mustapa, 37, e Mej Mohd Zulkifli Hasan, 38, estavam chegando para aterrissar no aeroporto.

O avião havia decolado do Aeroporto Sultão Abdul Halim de Kepala Batas e caiu em uma área aberta, a cerca de 90m da pista no aeroporto de Langkawi.

A RMAF (Royal Malaysian Air Force) disse em um comunicado que os pilotos estavam em um voo de treinamentoquando ocorreu o acidente.

Fontes: The Star Online / NST Online / ASN - Foto: Hamzah Osman

Presidente da OceanAir faz proposta pela VarigLog

O empresário German Efromovich, presidente da OceanAir, apresentou ontem em assembleia de credores uma proposta para adquirir a VarigLog, ex-subsidiária de cargas da velha Varig que entrou com pedido de recuperação judicial em 3 de março. Efromovich se comprometeu a adquirir a VarigLog sob a condição de que os credores aprovem um plano de recuperação que prevê deságios de até 90% no pagamento das dívidas, dependendo da característica do credor.

Efromovich disse que foi convidado a olhar o negócio por Lup Wai Ohira, presidente da VarigLog e irmã de Lap Chan - ex-sócio do fundo americano Matlin Patterson, que adquiriu a VarigLog, e posteriormente a Varig. O Matlin adquiriu a VarigLog em sociedade com três sócios brasileiros, numa operação constituída para driblar a legislação que limita a participação de estrangeiros em companhias aéreas. Para vencer a resistência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em aprovar o negócio, o fundo contou com a assessoria de Roberto Teixeira, amigo do presidente Lula.

Uma briga judicial entre o Matlin e os sócios brasileiros levou a companhia à bancarrota e, no mês passado, o Matlin decidiu deixar a sociedade. Por simbólicos US$ 100, o fundo americano vendeu a empresa para Lup Ohira, que se apresentou ontem na assembleia como dona de 100% do capital da VarigLog, embora a transferência acionária não tenha sido aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O fundo entrou com pedido de alteração societária no dia 21 de agosto. Procurada, a Anac informou que o pedido "está em análise".

Para Efromovich, esse imbróglio judicial envolvendo os sócios da VarigLog não é problema. "É só analisar os processos. Acreditamos que eles não têm direitos sobre a VarigLog." Efromovich não quis revelar quanto pagará para assumir a companhia. "Isso é uma coisa que diz respeito apenas a mim e a Lup." Segundo fontes, o negócio gira em torno de US$ 100 mil. Com isso, assumiria uma companhia que tem dívidas de R$ 400 milhões.

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo

Infraero se coloca à disposição da PF para investigação sobre supostas fraudes em licitações na execução de obras de aeroportos

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou que está à disposição dos órgãos de investigação para colaborar nas apurações sobre supostas fraudes em licitações na execução de obras de aeroportos. Segundo assessoria de imprensa da Infraero, a empresa está "tranquila" em relação à notícia de que a Polícia Federal prepara uma operação de busca e apreensão em algumas das maiores empreiteiras do País.

A assessoria de imprensa do órgão ressaltou que é interesse da atual diretoria-executiva da empresa tratar de forma transparente o assunto. Até agora, a Infraero não foi notificada sobre as investigações pelo Ministério Público e a Polícia Federal. Por isso, a empresa, por enquanto, decidiu não fazer comentários sobre a operação da PF, que ainda não foi iniciada.

A Infraero informou que, nos últimos dois anos, fez várias "tratativas" com o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União (TCU) em relação a irregularidades detectadas em obras dos aeroportos, entre eles, Guarulhos e Vitória. A empresa destacou que tem atendido todas exigências feitas pelo TCU para as mudanças nos contratos.

Fonte: Agência Estado via Yahoo! Notícias

Embraer presente na Corrida Aérea de Reno pela 1ª Vez

Empresa exibirá o jato executivo Phenon 100 da categoria entry level na exposição

A Embraer estará presente pela primeira vez no 46º Campeonato Nacional de Corrida Aérea e Show Aéreo (www.AirRace.org), em Reno, Estado de Nevada,EUA, que acontece no Aeroporto Reno-Stead de 16 a 20 de setembro. No evento, a Empresa exibirá o jato executivo Phenom 100 (foto), da categoria entry level, que entrou em operação em dezembro de 2008. Milhares de fãs da aviação se reunirão para ver pilotos de todo mundo realizarem acrobacias durante um dos mais renomados shows de corrida aérea. A primeira participação da Embraer neste tradicional evento acontece no mesmo ano em que a Empresa comemora seu 40º aniversário, marcando ainda 30 anos de atuação nos EUA.

“A Embraer está muito satisfeita em participar pela primeira vez do 46º Campeonato Nacional de Corrida Aérea e Show Aéreo de Reno”, diz Ernest Edwards, Diretor de Marketing e Vendas da Embraer para os EUA, Canadá, México e Caribe – Aviação Executiva. “Estamos felizes em exibir o Phenom 100, o jato mais rápido do mundo na categoria entry level, no evento esportivo mais veloz do mundo.”

O Campeonato Nacional de Corrida Aérea e Show Aéreo de Reno - O Campeonato Nacional de Corrida Aérea e Show Aéreo em Reno possui seis categorias de aviões: Biplano (aeronaves acrobáticas pequenas de corrida, que ultrapassam 400 km por hora – 250 milhas por hora – de velocidade em um trajeto de 5 km – 3,1 milhas), Formula 1 (com rígidas especificações técnicas para construção), Esporte (aeronaves de alto desempenho, disponíveis comercialmente em kits de construção), AT-6 (aeronaves "stock" T-6 Texan, Harvard ou SNJ), Jato (corrida de 13,5 km – 8,4 milhas – de distância) e Ilimitada (para qualquer aeronave a pistão com peso vazio superior a 2.040 kg – 4.500 libras).

A Associação da Corrida Aérea de Reno (Reno Air Racing Association – RARA) anunciou que todas as inscrições para as seis categorias de corrida estão completas. A edição 2009 trará um dos grupos de pilotos mais experientes e habilidosos na história de 46 anos do evento.

Além das emocionantes corridas, o Show Aéreo contará com a presença dos Blue Angels da Marinha dos EUA, que se exibirão pela primeira vez em Reno desde 2000, bem como outras equipes acrobáticas.

Os jatos executivos da Embraer

O portfólio de jatos executivos da Embraer é composto por seis aeronaves: Phenom 100, Phenom 300, Legacy 450, Legacy 500, Legacy 600 e Lineage 1000, das categorias entry level, light, midlight, midsize, super midsize e ultra-large, respectivamente. Essas aeronaves oferecem tamanhos de cabine e flexibilidade de alcance adequados para as mais variadas demandas, permitindo maior produtividade no trabalho e economia de tempo nas viagens, com conforto e privacidade.

O Phenom 100 tem capacidade para até oito ocupantes e sete opções de interior, projetadas em parceria com o BMW Group DesignworksUSA. Com alcance de 2.182 km (1.178 milhas náuticas), incluindo reservas de combustível NBAA IFR, é capaz de voar de São Paulo para Montevidéu sem escalas. O jato foi certificado em dezembro de 2008 e confirmou ser o mais rápido e com a maior capacidade de bagagem da sua categoria. O Phenom 100 tem uma avançada cabine de pilotagem e possui um lavatório traseiro privativo como alguns de seus diferenciais competitivos.

O Phenom 300 transporta até dez ocupantes em um espaçoso e confortável interior, também projetado em parceria com o BMW Group DesignworksUSA. As asas enflechadas e com winglets e os modernos sistemas a bordo foram desenvolvidos com foco no excelente desempenho em vôo. Ponto único de reabastecimento, lavatório com serviço externo e excelente pressurização de cabine são alguns dos diferenciais do jato. O Phenom 300 é um dos aviões mais velozes da categoria light, atingindo 833 km por hora ou 450 nós (KTAS), e voa a uma altitude de 45 mil pés (13.716 metros). Com um alcance de 3.334 km (1.800 milhas náuticas), a aeronave é capaz de voar de Brasília para Buenos Aires sem escalas incluindo reservas de combustível NBAA IFR.

Lançados em 2008, o Legacy 450 e o Legacy 500 são jatos executivos de médio porte que estabeleceram um novo paradigma nas suas respectivas categorias. Os interiores foram projetados em parceria com o BMW Group DesignworksUSA e oferece espaço e estilo inigualáveis. Estas aeronaves terão a maior cabine e o melhor isolamento acústico das suas classes. Piso plano, altura de cabine de 1,82 metro, ótima pressurização e toalete a vácuo são outras características de destaque do Legacy 450 e do Legacy 500 que complementam o desempenho superior e os baixos custos operacionais.

O avançado sistema aviônico da Rockwell Collins – Pro Line Fusion™ – oferecerá um amplo alerta situacional com interface altamente intuitiva. Os motores de última geração HTF7500E, fabricados pela Honeywell, incorporam as mais recentes tecnologias para atender aos requisitos de desempenho com aprimorada eficiência em termos de consumo de combustível, facilidade de manutenção, baixos custos operacionais e reduzido nível de emissão de ruídos e poluentes, diminuindo o impacto ambiental. Os jatos serão os mais rápidos das suas categorias e os únicos equipados com o moderno sistema eletrônico de comandos de vôos fly-by-wire, tecnologia de última geração que aumenta a segurança das operações e o conforto dos passageiros, além de reduzir a carga de trabalho dos pilotos e o consumo de combustível.

O Legacy 450 está sendo projetado para transportar até nove passageiros e terá alcance de 4.260 km (2.300 milhas náuticas) com quatro passageiros ou 4.070 km (2.200 milhas náuticas) com oito passageiros, ambos incluindo reservas de combustível NBAA IFR. O jato poderá voar sem escalas do Rio de Janeiro para Bariloche, na Argentina. O Legacy 500 levará até 12 passageiros e está sendo projetado para ter alcance de 5.560 km (3.000 milhas náuticas) com quatro passageiros ou 5.190 km (2.800 milhas náuticas) com oito passageiros, ambos incluindo reservas de combustível NBAA IFR. Estas características permitirão aos clientes voar do Rio de Janeiro para Chicago, nos EUA, com uma única parada em Caracas, na Venezuela.

Transportando 13 passageiros (configuração padrão) com conforto e privacidade, o Legacy 600 possui três ambientes distintos de cabine. O refinado interior oferece poltronas revestidas em couro, divã, aparador lateral, e mesas para refeição ou reunião. O avião também tem uma espaçosa cozinha (galley) para o preparo de alimentos quentes e frios, amplo lavatório na parte traseira, guarda-roupas, armários e sistema de entretenimento com DVD e comunicação via satélite. O equipamento opcional High- Speed Data (HSD) e a tecnologia Wi-Fi permitem que os clientes naveguem na Internet, acessem e-mail e transfiram arquivos durante as viagens, proporcionando uma melhor utilização do tempo, aumento da produtividade no trabalho e mais opções de entretenimento. A aeronave conta com um amplo compartimento de bagagem facilmente acessível em vôo e tem capacidade total de carga de 8.100 litros (8,1 metros cúbicos ou 286 pés cúbicos). O jato atinge velocidade de cruzeiro Mach 0,80 e tem alcance de 6.019 km (3.250 milhas náuticas) com oito passageiros ou 6.297 km (3.400 milhas náuticas) com quatro passageiros, ambos com reservas de combustível NBAA IFR, podendo voar sem escalas de Manaus para Nova York, nos EUA, ou de Nova York para Londres, no Reino Unido. Mais de 170 jatos Legacy 600 operam atualmente em 26 países com altos índices de confiabilidade e baixos custos operacionais.

O Lineage 1000 é o maior jato executivo da Embraer e tem capacidade para transportar 19 passageiros em cinco zonas de cabine. Com alcance de 8.149 km (4.400 milhas náuticas) com oito passageiros ou 8.334 km (4.500 milhas náuticas) com quatro passageiros, ambos incluindo reservas de combustível NBAA IFR, o jato é capaz de voar sem escalas de São Paulo para Miami ou Nova York, nos EUA, ou para Lisboa (Portugal). O design do interior prioriza conforto e requinte e foi desenvolvido em parceria com a Priestman Goode, do Reino Unido. A cabine utiliza os materiais mais refinados da categoria e a grande variedade de configurações atende a todas as necessidades dos passageiros com espaço suficiente para trabalho, descanso e reuniões.

Equipamentos de bordo incluem opcionais como a tecnologia Wi-Fi, acesso à Internet e Electronic Flight Bag (EFB). Um amplo bagageiro traseiro, pressurizado e convenientemente acessível em vôo, tem capacidade total de 9.140 litros (9,14 metros cúbicos ou 323 pés cúbicos) e é o maior entre todos os concorrentes. O sistema aviônico integrado Primus Epic®, fabricado pela Honeywell, possui cinco telas de controle multifuncionais em cristal líquido (Liquid Crystal Display – LCD), dispositivo de controle de cursor (Cursor Control Device – CCD), ajuste de potência automático (auto-throttle), radar meteorológico com detector de turbulência e outras tecnologias de última geração. O Lineage 1000 é equipado com o moderno sistema eletrônico de comandos de vôo fly-by-wire.

Para atender às demandas dos clientes de jatos executivos, a Embraer investiu na criação de um sistema de suporte composto por seis unidades próprias e uma ampla rede autorizada em todo o mundo. A Empresa também possui parcerias com renomadas empresas de logística e treinamento de pilotos e mecânicos, além de oferecer inspeções de rotina, manutenção programada e não-programada e programas especiais de solução de serviços como o Embraer Executive Care (EEC). A estrutura de suporte ao produto da Empresa abrange operações de vôo e suporte técnico e de manutenção customizados de acordo com o perfil de operação de cada aeronave, além de um novo Contact Center para os clientes. Tal estrutura possibilita significativa redução dos custos e do tempo de permanência em solo das aeronaves e maximiza os benefícios desta importante ferramenta de negócios. www.EmbraerExecutiveJets.com.br.

Fonte: Portal Fator Brasil - Foto: Divulgação

Nova tentativa no aeroporto de Joinville

Fundema muda edital, que deve ser lançado na quarta, para facilitar contratação de empresa que cortará vegetação

Problema com árvores em terrenos perto da cabeceira da pista do aeroporto começou em 2003

Quase dois meses depois de lançar a primeira tentativa de escolher uma empresa para fazer o corte e a poda de árvores na cabeceira da pista do aeroporto de Joinville, a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema) vai abrir nova licitação. A Fundema mudou o edital para facilitar a definição de quem fará o serviço.

Se tudo der certo, o órgão acredita que vai apresentar, em cinco dias úteis, quem vai executar o trabalho numa área de 117,5 mil m², a partir da abertura da licitação, prevista para esta quarta.

Ao invés do modelo de tomada de preço (com valor médio definido até R$ 650 mil), o órgão optou pela carta-convite (mais simples entre todas as modalidades e com preço de até R$ 150 mil).

Outra mudança é que 80% das árvores da área serão cortadas – os outros 20% serão podados. No edital anterior e que não foi finalizado, eram cerca de 50% para cortes e 50% para podas. “Não temos certeza se agora vai dar certo, não temos como garantir, mas tomamos atitudes para facilitar e para dar rapidez ao procedimento”, afirma o diretor executivo da Fundema, Eduardo Schroeder.

O diretor da fundação informou que o valor previsto para o serviço diminuiu. Antes, a ideia era gastar R$ 100 mil. O novo preço não foi informado. Schroeder disse que, quando a empresa for definida, ela terá um mês para acabar com o trabalho. “Depois disso, terá de ser feita apenas a manutenção, e um novo corte seria feito em 15 ou 20 anos.”

Clique aqui e leia mais (em .pdf).

Fonte: A Notícia

Simulação assusta EUA durante ato do 11 de Setembro

Barcos da Guarda Costeira fazem treinamento em Washington, DC

As homenagens às vítimas dos ataques do 11 de Setembro ontem, no oitavo aniversário do atentado terrorista, foram temporariamente ofuscadas por um treinamento da Guarda Costeira que deixou muitos americanos em pânico. A CNN captou conversas do rádio da Guarda Costeira de Washington em que se ouvia: "Atirem nos barcos suspeitos." A emissora rapidamente pôs no ar as imagens de um suposto confronto com um barco no Rio Potomac, perto do Pentágono. A comitiva do presidente Barack Obama havia acabado de cruzar o rio rumo à Casa Branca, depois de o presidente ter participado de uma homenagem às vítimas do ataque no Pentágono.

Na realidade, nenhum tiro foi disparado no treinamento de sexta-feira, que era de rotina, assegurou o porta-voz da guarda, vice-almirante John Currier. Mas o FBI não havia sido informado sobre o exercício, assistiu aos relatos na TV e suspendeu todos os voos no aeroporto Reagan National por meia hora. O incidente foi comparado a um fiasco do início do ano, em que o avião presidencial voando baixo em Manhattan assustou muitos nova-iorquinos, pela lembrança da colisão dos jatos com as torres gêmeas. Soube-se depois que se tratava de uma foto para o governo, mas o coordenador do evento, que não havia informado ninguém, teve de pedir demissão.

Veja o vídeo:




Fonte: jornal O Estado de S. Paulo - Fotos: AFP

PF prepara ação de busca e apreensão em empreiteiras

Justiça determina que polícia vasculhe sedes de empresas e casas de executivos

Investigação durou 2 anos e apurou suposta fraude a licitações em obras de aeroportos; a operação vazou para os investigados


A Polícia Federal prepara uma ação de busca e apreensão nas sedes de algumas das maiores empreiteiras do país e nas casas de seus executivos. A PF obteve, no último dia 2, autorização da Justiça para a operação, mas o pedido de prisão de suspeitos foi negado.

As empresas são investigadas por suposta fraude a licitações, tráfico de influência, formação de quadrilha e corrupção ativa e passiva na execução de obras em aeroportos de todo o país - Guarulhos, Vitória e Campo Grande, entre outros.

O total de desvios chegaria a R$ 500 milhões. As obras foram licitadas pela Infraero na gestão do ex-presidente da empresa Carlos Wilson (PT-PE), morto em abril deste ano.

Entre os alvos principais do inquérito estão, entre outras, as empreiteiras OAS, Camargo Corrêa, Odebrecht, Nielsen, Queiroz Galvão e Gautama.

A investigação já dura dois anos. Os suspeitos foram grampeados por cerca de um ano, conforme informações da seção judiciária do Distrito Federal que estão na internet.

Nesta semana, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Justiça souberam que informações sobre a operação da PF, que deveria ser sigilosa, vazaram para alguns investigados. Investigadores ligados ao caso dizem que o vazamento prejudica, mas não invalida a ação, que até ontem não tinha data para ser realizada.

A operação implica convocação de centenas de policiais federais de todo o país - em casos complexos, juízes chegam a dar até 30 dias para que a polícia se organize e faça as buscas.

A ação era considerada a "cereja do bolo" da investigação, com grandes expectativas do que poderia ser encontrado no trabalho policial em ano pré-eleitoral - as empreiteiras costumam ser grandes doadoras de campanhas. As buscas seriam feitas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Mato Grosso do Sul e Bahia.

A investigação foi aberta como parte de um inquérito instaurado em 2007 com base em denúncia anônima. Por estratégia, decidiu-se esvaziar a investigação principal e pedir escutas telefônicas, quebras de sigilo e, como agora, prisões e buscas e apreensões por meio de medidas cautelares, às quais os advogados só têm acesso oficial depois de executadas.

O delegado responsável pelo caso é Cesar Hubener. A Folha tentou localizá-lo, mas ele estava em viagem, incomunicável. O Ministério Público afirmou que não se manifestaria "por se tratar de uma medida que corre sob sigilo de Justiça".

A juíza que deferiu a medida de busca e apreensão, Polyana Kelly, substituta da 12ª Vara da Justiça Federal de Brasília, afirmou apenas que não pode comentar o caso "por estar sob sigilo". Advogados de réus apresentaram petição tentando ter acesso ao teor de seu despacho, mas ela indeferiu.

Fonte: Mônica Bergamo e Andrea Michael (jornal Folha de S.Paulo)

Proprietário da equipe de basquete Charlotte Bobcats morre em acidente de avião

O empresário William Beck, um dos proprietários da equipe de basquete da NBA Charlotte Bobcats, morreu nesta sexta (11) em um acidente de avião, segundo informações das autoridades do estado da Carolina do Sul (EUA).

Beck (foto ao lado) pilotava o avião monomotor Cirrus SR-22 G3-X Turbo, prefixo N922XX, registrado para sua empresa, Beck Management Group, que não levava mais ninguém a bordo e que caiu nas primeiras horas da manhã nas imediações do aeroporto da cidade de Rock Hill, no sul da Carolina do Sul. Testemunhas contaram que o avião tinha retornado pouco após decolar, mas que ao tentar aterrissar caiu e pegou fogo.

O dono dos Bobcats, Robert L. Johnson, divulgou um comunicado oficial em que destaca a figura de Beck como "fundamental" para que Charlotte voltasse a ter uma equipe da NBA. Outro proprietário do time, o ídolo Michael Jordan, entrou para o Hall da Fama de basquete justamente nesta sexta.

Veja fotos do local do acidente:


Fontes: EFE via Estadão.com.br / ASN / Gaston Gazette - Fotos: Davie Hinshaw (The Charlotte Observer) / AP Photo

Airbus entrega primeiro A318 com capacidade de Steep Approach

A Airbus entregou a primeira de duas aeronaves A318 equipadas com recursos de steep approach (aproximação íngreme) à British Airways (foto abaixo). O A318 é a maior aeronave comercial com capacidade de aterrissar em um ângulo mais íngreme do que o normal e tem o potencial de revolucionar o segmento de vôos de longa distância entre centros de cidades, economizando tempo e dinheiro para os que precisam viajar a negócios.

Com essa entrega, a British Airways operará todos os quatro modelos da família A320 e poderá obter os benefícios das características comuns de operação e manutenção da Airbus.

O recurso de steep approach do A318 o torna ideal para operar em locais montanhosos ou populosos, como em aeroportos localizados em áreas urbanas, nos casos em que a aeronave também esteja de acordo com os regulamentos de restrições sonoras. Cada uma das aeronaves A318 da British Airways estará equipada com dois motores CFM 56-5B9/3.

Willie Walsh, CEO da British Airways afirmou: “O pedido das aeronaves A318 foi feito especialmente para os dois vôos diários entre Londres e o aeroporto JFK em Nova York, tendo em vista sua capacidade, flexibilidade e recurso de steep approach’ e por reforçar ainda mais nossa oferta exclusiva de vôos entre dois dos maiores centros financeiros do mundo. O A318 pode ser nossa menor aeronave, mas terá uma função importante ao trazer uma nova dimensão de estilo e conveniência para a rota Londres – Nova York, além de mostrar nossa determinação em investir no futuro.”

“O A318 oferece a melhor capacidade e o maior alcance entre todas as aeronaves comerciais que operam em aeroportos localizados em centros urbanos. Ele possibilita que operadores criem rotas premium com padrões mais altos de conforto na cabine graças à fuselagem mais larga do que a de qualquer outra aeronave de corredor único", afirmou Jonh Leahy, Diretor de Operações da Airbus para Clientes.

No layout escolhido pela British Airways, a cabine será bem espaçosa, com 32 assentos que viram camas, e conectividade OnAir, permitindo que os passageiros trabalhem durante o vôo, acessem seus emails, naveguem na internet ou enviem mensagens de texto de seus celulares. As duas aeronaves A318 farão parte da frota de 11 A321, 37 A320 e 33 A319 que já operam. A British Airways já fez o pedido de outras 9 aeronaves A320 e 12 A380 da Airbus.

Fonte: Aviação Brasil - Foto: C. Brinkmann

Aeroporto Internacional Pinto Martins terá torre de 40m

Novo equipamento irá substituir o atual, que tem apenas 18 metros de altura, mas apenas a partir de dezembro

O Aeroporto Internacional Pinto Martins funciona, em Fortaleza, no Ceará, a partir de dezembro deste ano, com uma nova torre de comando, de 40 metros de altura e visão 360 graus do complexo do terminal. A estrutura física da torre, que estava sendo construída desde 2005, já foi finalizada pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e localiza-se nas proximidades da Lagoa do Opaia.

Conforme o superintendente da Infraero no Estado do Ceará, Sérgio Baltoré, a parte da obra civil da nova torre, que vai a substituir a atual com 18 metros de altura, já foi finalizada. Porém, a torre só começará a operar de fato em dezembro, quando os equipamentos devem estar instalados.

"A nova etapa é de responsabilidade da Aeronáutica, que vai instalar os equipamentos", disse. Ele explica que tratam-se de equipamento eletrônicos, radares, consoles e outros de alta precisão que demandam tempo para serem instalados e funcionar de forma precisa.

A torre, segundo Baltoré, também vai abrigar o Departamen to de Telecomunicações e Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) do Aeroporto Internacional Pinto Martins, que é o setor da Aeronáutica Brasileira responsável pelo controle do tráfego aéreo e vai ter salas administrativas, laboratórios, espaços para manutenção, entre outros.

A torre de 18 metros que está em funcionamento, de acordo com o superintendente da Infraero, será desativada quando a outra começar a funcionar. "A nova torre não vai alterar em nada a rotina do aeroporto. Como permite uma visão panorâmica de 360 graus, vai trazer mais qualidade, mais precisão e mais segurança ao serviço de tráfego aéreo", disse.

Ampliação do terminal

O movimento de passageiros no Pinto Martins aumentou 33,3% no período de um ano, entre de julho de 2008 e julho passado. O superintendente da Infraero destaca que, só no último mês de julho, a movimentação de passageiros foi recorde, com 421 mil operações.

Em vista disso, a ampliação do terminal de passageiros e a construção de um outro ao lado do que já existe é um dos projetos da Infraero para o Aeroporto Internacional Pinto Martins.

Conforme Sérgio Baltoré, está em fase inicial a elaboração do projeto e só deve ser entregue em outubro de 2010. A obra de ampliação, segundo Baltoré, tem previsão para ser iniciada em 2011 e finalizada em 2013, já para ser utilizado durante a Copa do Mundo de 2014, quando Fortaleza receberá um fluxo grande de turistas.

FIQUE POR DENTRO

Serviço orienta e monitora aeronaves no ar e em solo

Controle de tráfego aéreo é um serviço prestado por controladores, em terra, que orientam e monitoram aeronaves no ar e no solo para garantir um fluxo de tráfego seguro e ordenado. Os controladores de tráfego aéreo fornecem indicações e autorizações de voo, decolagens e aterrissagens de acordo com as características operacionais das aeronaves e as condições de tráfego em determinado momento. Essas autorizações podem incidir sobre a rota, altitude e/ou velocidade propostas pelo operador da aeronave, para determinado voo.

Comissão da Aeronáutica vai apontar qual é o melhor caça para o Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá sofrer constrangimento ao anunciar oficialmente a opção do Brasil por um dos três caças que disputam a renovação da frota da FAB, pois o presidente da comissão responsável pelo processo de seleção, brigadeiro Dirceu Tondolo Noro, disse que irá indicar um vitorioso técnico, informa reportagem desta sexta-feira do jornal Folha de S. Paulo. A partir daí a decisão será política.

Estão na disputa o Rafale, da empresa francesa Dassault, o F-18, da norte-americana Boeing, e o Gripen, da sueca Saab. Se a opção técnica não coincidir com a vontade política de Lula de comprar os 36 caças da França, o presidente terá que explicitar que a escolha é política e estratégica.

As áreas analisadas pela comissão são: 1) técnica, como garantias; 2) operacional, como armamento e capacidade de carregamento de armas; 3) transferência de tecnologia, que significa averiguar o que essa parceria vai dar e vai render para o Brasil hoje e no futuro nesse componente; 4) offset, que pode ser direto no avião que está sendo comprado ou pode ser para um outro projeto estratégico, ou de materiais, ou de sistema, ou de mísseis, que aquele fabricante domina e transfere para o Brasil; 5) comercial, e aí se incluem preços e condições do negócio.

A questão da transferência de tecnologia é estratégica, diz o presidente da comissão responsável pelo processo de seleção, brigadeiro Dirceu Tondolo Noro. - Para que um avião desses possa efetivamente defender o país, eu preciso ter acesso e controle sobre o que é o avião e o que eu posso dispor dele. E se eu quiser colocar nele um míssil da empresa X ou Y, nós temos que ter autonomia para fazer isso. Se não, o avião não é nosso - explica Noro.

Fonte: JB Online

FAB dá até o dia 21 para empresas apresentarem novas propostas de venda de caças

Brasil irá comprar 36 novos aviões de combate

As três empresas estrangeiras que disputam o contrato que a Força Aérea Brasileira (FAB) vai assinar para comprar 36 novos aviões de combate terão até o próximo dia 21 para apresentar as propostas de venda de seus caças.

O prazo foi definido em função da necessidade da empresa francesa Dassault, fabricante dos aviões militares Rafale, de formalizar uma proposta comercial compatível com os parâmetros referidos pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, durante visita ao Brasil, entre os dias 6 e 7 de Setembro.

Após assinar uma série de acordos comerciais na área militar, fruto da parceria estratégica entre Brasil e França que começou a ser discutida em 2005, Sarkozy se comprometeu a ofertar os caças Rafale ao Brasil “com preços competitivos, razoáveis e comparáveis aos pagos pelas Forças Armadas francesas”.

A data limite servirá também para que a sueca Saab, fabricante do Gripen NG, e a norte-americana Boeing, produtora do modelo F-18 Super Hornet, reapresentem suas propostas.

A expectativa da FAB é de concluir o processo de análise técnica até o fim de outubro, para que as informações sejam entregues ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que as repassará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem caberá fazer a análise política e estratégica e tomar a decisão final sobre o vencedor da disputa comercial

De acordo com o Comando da Aeronáutica, os concorrentes estão sendo avaliados em cinco áreas prioritárias: transferência de tecnologia; domínio brasileiro do sistema de armas oferecido; acordos de compensação e participação da indústria nacional, além de aspectos técnico-operacional e comercial. O domínio do sistema de armas irá garantir que o Brasil use, sem qualquer restrição, os armamentos próprios, já existentes ou a serem desenvolvidos.

Segundo o Ministério da Defesa, o processo de aquisição das aeronaves está seguindo o seu curso normal e o governo jamais afirmou ter preferência pelos caças franceses, conforme noticiado por vários veículos de imprensa após Lula e Sarkozy anunciarem uma parceria estratégica para o setor aeronáutico.

Clique na imagem abaixo e saiba mais sobre o assunto:


Fonte: Agência Brasil via Zero Hora

“Sarkozy é realmente um grande vendedor”, diz diretor da SAAB

Diretor-geral no Brasil da SAAB, que fabrica o caça sueco Gripen, Bengt Janér, rompeu ontem o silêncio. Em entrevista a Zero Hora, falou das vantagens do seu avião em relação ao francês Rafale e ao americano F-18. Se mostra resignado com o favoritismo francês, mas põe em xeque a escolha de uma empresa que estaria abalada financeiramente pela crise. A seguir, os principais trechos:

Zero Hora – A SAAB entende que houve confusão ou um anúncio precipitado na forma como o governo brasileiro demonstrou preferência pelos caças franceses?

Bengt Janér – Não houve confusão. O presidente Lula recebeu o visitante ilustre (Nicolas Sarkozy) e a pressão deve ter sido muito grande. Nós entendemos que foi por aí. No dia seguinte, o ministro (Nelson Jobim) colocou as coisas de novo como eram. Ou seja, o francês fez uma proposta que parecia irrecusável e agora ela precisa ser colocada no papel. Só vai valer o que está escrito na concorrência. Também fomos chamados para melhorar a nossa proposta.

ZH – Vocês consideram que o governo brasileiro foi pressionado neste caso?

Janér – Foi uma pressão grande do governo francês. Esse processo tem sido muito profissional comparado com outras concorrências. O trabalho da Aeronáutica é primoroso. Temos alguns dias para melhorar a nossa proposta.

ZH – A questão técnica vai prevalecer sobre a político-diplomática, já que está clara a vontade do Brasil em estabelecer uma relação mais próxima com a França nesses dois campos?

Janér – Para nós, o que vale é o relatório técnico. Podemos até perder numa decisão política. Faz parte do processo. É o risco que corremos. Agora, nós achamos que temos uma proposta extremamente atraente.

ZH – Uma das vantagens de vocês seria a oferta de produção do avião aqui no Brasil?

Janér – Sim, vamos produzir juntamente com a indústria nacional. Os outros dois já estão com o bolo pronto, vão dar uma receita de uma coisa pronta que estão chamando de transferência de tecnologia. Temos um produto pronto que é o Gripen C/D, que ganhou mais de 50% das concorrências que participamos. Para o Brasil será uma versão mais atualizada, com um motor mais possante.

ZH – Qual a principal diferença entre o Gripen e o Rafale?

Janér – O Rafale é um produto de 2003 com algumas pequenas modificações. O Gripen NG (versão modernizada) é um produto de 2012. Ou seja, quando estivermos entregando o primeiro Gripen, em 2014, ele estará 10 anos na frente do seu concorrente mais próximo. Isso sem falar no F-18 americano, que é um modelo ainda mais antigo.

ZH – O senhor acha que o presidente Lula voltaria atrás na decisão?

Janér – Não. Ele está fazendo uma coisa positiva para a nação. Se no final, o presidente, por questões políticas, se decidir pelo Rafale, é um direito que ele tem.

ZH – A Dassault contou com um apoio de peso, o do presidente Nicolas Sarkozy. Essa é a grande vantagem da empresa?

Jáner – Sarkozy é realmente um grande vendedor. Nós não temos essa força política que a França e os EUA têm. Mas o que estamos oferecendo é uma parceria de verdade e não simplesmente a venda de um produto. Fico imaginando que essa compra irá salvar a Dassault, que é uma concorrente da Embraer. Para nós essa é uma questão estranha. Elas são concorrentes na área de aviação corporativa.

ZH – Que outras vantagens o Gripen tem?

Janér – Vamos criar empregos só no Brasil. A montagem da aeronave será aqui. E estamos acreditando numa parceria com a Embraer para vender esse avião pelo mundo. Juntos, seremos imbatíveis. Os caças monomotores (como o Gripen) dominam o mercado. Em comparação com o Rafale, é como se você ganhasse uma Ferrari, mas não pode vendê-la. Ou seja, os bimotores são caças caros para operar. Estamos falando hoje de US$ 4 mil o custo da hora de voo, que inclui manutenção e combustível. O caça bimotor mais barato do mercado não sai por menos de US$ 14 mil a hora. Se multiplicar por 200 horas de voo por ano, que é a média, são US$ 2 milhões. Multiplica por 36 caças, imagina. Uma coisa é receber o produto, outra é mantê-lo com o orçamento limitado das Forças Armadas.

Fonte: Klecio Santos (Zero Hora)