Ameaçado pelas limitações orçamentárias, o futuro dos voos espaciais americanos com tripulantes pode depender de uma maior cooperação internacional e de investimentos do setor privado.
Em relatório entregue esta semana à Casa Branca, a comissão de especialistas nomeada pelo presidente Barack Obama constatou que "o programa atual dos voos tripulados dos Estados Unidos - chamado Constellation - não pode ser realizado com os fundos disponíveis".
Lançado em 2004 pelo ex-presidente George W. Bush, o Constellation prevê um retorno dos americanos à Lua por volta de 2020, antes de expedições com destino a Marte e o restante do sistema solar.
A Agência espacial americana (Nasa) tem um orçamento anual de 18 bilhões de dólares. Para o comitê, uma verba suplementar de três bilhões de dólares por ano é indispensável para conduzir um programa de exploração fora de órbita que apresente algum interesse.
"Qualquer que seja o programa espacial definido, ele deverá ser acompanhado dos fundos necessários a sua execução", avisou a comissão em seu relatório, cujas conclusões já haviam sido amplamente divulgadas.
O comitê listou várias opções para arrecadar estes fundos, entre as quais a cooperação internacional.
"A exploração espacial se tornou uma atividade globalizada. Muitos países têm programas especiais, e a soma de seus orçamentos anuais respectivos é equivalente ao da Nasa", argumentou.
"Um compromisso coletivo dos Estados Unidos com parceiros internacionais de uma forma adaptada ao mundo multipolar de hoje pode reforçar as relações geopolíticas, levantar fundos e fortalecer as atividades de exploração", explicaram os dez membros da comissão presidida por Norman Augustine, ex-presidente do gigante aeroespacial Lockheed Martin.
Os especialistas também observaram que o setor privado está crescendo nas atividades espaciais.
"Se conseguíssemos criar no setor espacial um potencial de atividades interessante para as empresas privadas, talvez possamos reduzir os custos para a Nasa", comentaram, referindo-se a companhias como a Space X, que está desenvolvendo um lançador para transportar astronautas e frete à Estação Espacial Internacional (ISS).
"Se depois de terem elaborado um programa de exploração espacial, fomentado alianças com parceiros estrangeiros e criado um potencial de desenvolvimento comercial os Estados Unidos não conseguirem financiar suas ambições espaciais, o país terá que se conformar com metas mais modestas", avisaram os membros da comissão.
De acordo com John Logson, ex-diretor do Space Policy Institute na Universidade George Washington, "o governo de Obama é mais aberto à ideia de uma participação ampliada na exploração espacial".
"Entretanto, resta saber se a Europa e o Japão querem desempenhar um papel mais importante e investir mais dinheiro" nestas atividades, acrescentou o especialista, em entrevista à AFP.
Fonte: Jean-Louis Santini (AFP) – Imagens: AFP
Em relatório entregue esta semana à Casa Branca, a comissão de especialistas nomeada pelo presidente Barack Obama constatou que "o programa atual dos voos tripulados dos Estados Unidos - chamado Constellation - não pode ser realizado com os fundos disponíveis".
Lançado em 2004 pelo ex-presidente George W. Bush, o Constellation prevê um retorno dos americanos à Lua por volta de 2020, antes de expedições com destino a Marte e o restante do sistema solar.
A Agência espacial americana (Nasa) tem um orçamento anual de 18 bilhões de dólares. Para o comitê, uma verba suplementar de três bilhões de dólares por ano é indispensável para conduzir um programa de exploração fora de órbita que apresente algum interesse.
"Qualquer que seja o programa espacial definido, ele deverá ser acompanhado dos fundos necessários a sua execução", avisou a comissão em seu relatório, cujas conclusões já haviam sido amplamente divulgadas.
O comitê listou várias opções para arrecadar estes fundos, entre as quais a cooperação internacional.
"A exploração espacial se tornou uma atividade globalizada. Muitos países têm programas especiais, e a soma de seus orçamentos anuais respectivos é equivalente ao da Nasa", argumentou.
"Um compromisso coletivo dos Estados Unidos com parceiros internacionais de uma forma adaptada ao mundo multipolar de hoje pode reforçar as relações geopolíticas, levantar fundos e fortalecer as atividades de exploração", explicaram os dez membros da comissão presidida por Norman Augustine, ex-presidente do gigante aeroespacial Lockheed Martin.
Os especialistas também observaram que o setor privado está crescendo nas atividades espaciais.
"Se conseguíssemos criar no setor espacial um potencial de atividades interessante para as empresas privadas, talvez possamos reduzir os custos para a Nasa", comentaram, referindo-se a companhias como a Space X, que está desenvolvendo um lançador para transportar astronautas e frete à Estação Espacial Internacional (ISS).
"Se depois de terem elaborado um programa de exploração espacial, fomentado alianças com parceiros estrangeiros e criado um potencial de desenvolvimento comercial os Estados Unidos não conseguirem financiar suas ambições espaciais, o país terá que se conformar com metas mais modestas", avisaram os membros da comissão.
De acordo com John Logson, ex-diretor do Space Policy Institute na Universidade George Washington, "o governo de Obama é mais aberto à ideia de uma participação ampliada na exploração espacial".
"Entretanto, resta saber se a Europa e o Japão querem desempenhar um papel mais importante e investir mais dinheiro" nestas atividades, acrescentou o especialista, em entrevista à AFP.
Fonte: Jean-Louis Santini (AFP) – Imagens: AFP
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