O avião de combate, ou caça, apareceu pela primeira vez na época da Primeira Guerra Mundial, como o Canaltech mostrou recentemente. Ele, no entanto, era movido a pistão e, por isso, não foi enquadrado nas primeiras gerações de caças, também já retratadas em outras reportagens.
A evolução nas áreas de aerodinâmica e eletrônica foi o grande marco dos aviões que se enquadram na categoria de caças de terceira geração. Desenvolvidas entre as décadas de 1960 e 1970, estas aeronaves mostraram maturação dos recursos implantados nos caças de segunda geração e, com isso, tornaram-se ainda mais letais.
Os caças de terceira geração, portanto, foram os aviões de guerra dotados de motores mais sofisticados, capazes de facilmente atingir velocidades supersônicas, mísseis ar-ar aprimorados e outras novidades aviônicas; ou seja, na área de equipamentos eletrônicos das aeronaves de combate.
Novas manobras, armas e ataques ao solo
Outros pontos importantes para determinar quais foram os caças de terceira geração têm como foco a manobrabilidade e a capacidade de ataques ao solo, principalmente com a utilização dos chamados mísseis guiados, um indicativo de que os combates na aviação militar se tornariam cada vez mais próximos.
Mais aerodinâmicos que os aviões de combate de primeira e segunda gerações, os caças de terceira geração ainda incluíram tecnologias novas, como slats motorizados, flaps soprados e canards, muitas para testar a decolagem e o pouso vertical curto.
Os radares mais sofisticados, AAMs infravermelhos, que ganharam maior visibilidade tática com o campo de visão se expandindo até 45º, e os RFs (Radar Fallback System) de médio alcance também fizeram parte da história destas aeronaves.
Mig-21 fabricado pela URSS e utilizado pelas Forças Armadas da Bulgária (Imagem: Mikoyan Gurevich/Wikimedia/CC) |
Novas armas de fogo automáticas, em especial metralhadoras, também acompanharam a evolução dos caças e integraram os aviões de combate de terceira geração. Um avião passou a poder carregar uma única arma de cano múltiplo, algo que melhorou a precisão e o número de tiros. Além disso, os motores passaram a não emitir fumaça, fato que, sem dúvida, dificultou a busca por parte de caças inimigos.
Caças de terceira geração
A lista de caças de terceira geração conta com aviões das mais variadas nações, como o Saab 37 Viggen, de origem sueca; o Mitsubishi F-1, primeiro caça a jato construído e desenvolvido no Japão após a Segunda Guerra Mundial; e o Dassault Mirage F1, sucessor do Mirage III na França.
O F-1 japonês foi desenvolvido na Ásia, mas tinha especificações bastante similares com outros caças utilizados na Europa, como os Phantom F-4M da British Royal Air Force, da Força Aérea Real Britânica. Este caça de terceira geração tinha como arma mais letal um canhão JM61A1 Vulcan de 20 mm, capaz de disparar nada menos do que 750 cartuchos de maneira automática e quase instantânea.
Apesar de todo este poderio, os principais destaques, no entanto, mais uma vez ficam para os caças de terceira geração utilizados pelas Forças Aéreas dos Estados Unidos e da União Soviética. O McDonnell Douglas F-4 Phantom II, por exemplo, caça-bombardeiro bimotor, foi o principal avião da Força Aérea estadunidense na Guerra do Vietnã, substituindo o F-105 Thunderchief.
McDonnell Douglas F-4 Phantom II foi usado na Guerra do Vietnã (Imagem: Cypher3/Wikimedia/CC) |
O país também contou com outro representante na terceira geração de caças, o Northrop F-5, supersônico que era mais barato e muito mais simples de operar que o próprio F-4 Phantom II e, por isso, foi considerado bastante eficaz.
A extinta União Soviética teve no MiG-21 seu representante mais imponente. Não à toa, o caça de terceira geração do país do leste europeu foi exportado para nações dos quatro cantos do planeta: Congo, Romênia, Bulgária e a extinta Iugoslávia reforçaram suas defesas aéreas com estes aviões de excelente tecnologia e altíssimo poder de fogo.
Via Paulo Amaral | Editado por Jones Oliveira (Canaltech)
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