No Líbano, um sistema de controle de tráfego aéreo extremamente insuficiente tem colocado em risco a segurança dos passageiros. Segundo o noticiário emiradense The National, há apenas 15 funcionários com certificação para atuar como controladores aéreos, obrigando-os a tomarem turnos de trabalho de 24 horas seguidas e 96 horas por semana.
Importante ressaltar que os Estados Unidos também têm uma crise de controle de tráfego aéreo, com o número insuficiente, mas isso não pode se comparar à realidade presente em Beirute.
Enquanto a Organização de Aviação Civil Internacional (ICAO) e a Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (EASA) fazem uma pré-auditoria, o Líbano também enfrenta outras questões relacionadas à segurança.
A economia do país está passando por uma das piores crises, com grandes cortes salariais, o que levou muitos profissionais a deixarem o país. Além disso, a pandemia resultou na interrupção noturna dos voos devido a luzes da pista terem sido roubadas. Em outubro, uma bala perfurou o avião da Middle East Airlines (MEA) durante seu pouso.
De acordo com a fonte anônima do departamento de aviação civil libanês, o número atual de controladores seria insuficiente para atender o país. O padrão indica que o país precisaria de 87, mas essa crise fez com que apenas 15 estejam ativos. A falta de funcionários também abre espaço para profissionais com deficiências de treinamento.
Caso a ICAO e a EASA, assim como outras autoridades e agências, considerem um risco voar para o Líbano, elas podem até restringir as operações de suas empresas para lá.
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