sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Avião com nova tecnologia de superfície fez primeiros voos comerciais

Avião com nova tecnologia de superfície fez primeiros voos comerciais pela Swiss International Air Lines.

A aeronave foi revestida com uma película, a fim de reduzir o atrito
(Foto: Lufthansa Group/Divulgação)
Um Boeing 777-300ER (HB-JNH) da Swiss International Air Lines decolou em um voo comercial pela primeira vez com uma nova tecnologia de superfície, chamada de AeroShark, desenvolvida em conjunto pela Lufthansa Technik e a Basf.

A fuselagem e os compartimentos do motor da aeronave foram recentemente equipados com aproximadamente 950 m² das chamadas películas Riblet, que reproduzem as propriedades de eficiência de fluxo da pele de tubarão a fim de reduzir o atrito. Segundo os desenvolvedores, as simulações de fluxo já identificaram um potencial de economia de pouco mais de um por cento para este tipo de aeronave.

O AeroShark reduz a resistência ao atrito da pele externa desta aeronave em pouco mais de 1%. Como resultado, o consumo de combustível e as emissões de CO2 também são reduzidos na mesma ordem de grandeza. Para este avião, isto equivaleria a uma economia anual de cerca de 400 toneladas de querosene e mais de 1.200 toneladas de dióxido de carbono.

A modificação do HB-JNH começou no final de agosto e culminou em vários voos de teste nos primeiros dias do mês seguinte. Durante esses voos, foi necessário demonstrar detalhadamente que a ela não teve impacto negativo na segurança operacional e no manuseio do Boeing 777.

Assim que o potencial de economia calculado for validado em operações de voo reais, o início da implantação em escala real será planejado nos clientes de lançamento, que são a Swiss e a Lufthansa Cargo. Outras aeronaves do mesmo modelo receberão o AeroShark como parte das escalas de manutenção regular.

Quando todos os 23 Boeing 777 das companhias aéreas envolvidas tiverem recebido sua modificação, eles reduzirão a pegada de carbono em mais de 25 mil toneladas anuais, segundo os desenvolvedores.

Via Marcel Cardoso (Aero Magazine)

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