Em 8 de julho de 2003, o voo 139 da Sudan Airways foi um voo de passageiros doméstico do regular de passageiros do Porto Sudão, para a capital Cartum, no Sudão, que levava bordo 106 passageiros e 11 tripulantes.
A aeronave que operava o voo era o Boeing 737-2J8C, prefixo ST-AFK, da Sudan Airways (foto abaixo), equipado com dois motores Pratt & Whitney JT8D-7, que realizou seu voo inaugural em 29 de agosto de 1975 e foi entregue novo à companhia aérea em 15 de setembro de 1975. Naquela data, aeronave tinha quase 28 anos de uso.
A aeronave havia decolado de Port Sudan às 4h00 (UTC + 3), com destino a Cartum. O piloto comunicou pelo rádio cerca de dez minutos após a decolagem sobre a perda de potência em um dos motores, e que ele voltaria ao aeroporto para fazer um pouso de emergência.
Ao fazer isso, os pilotos perderam a pista do aeroporto e o avião desceu até atingir o solo, desintegrando-se após o impacto e imediatamente pegando fogo.
Todos, exceto um dos 117 ocupantes da aeronave - a maioria deles sudaneses - morreram no acidente. Havia três indianos, um britânico, um chinês, um dos Emirado Árabes Unidos e um etíope entre os mortos.
Um menino de dois anos foi o único sobrevivente. Mohammed el-Fateh Osman, perdeu a perna direita e sofreu queimaduras. O menino foi levado para tratamento intensivo em um hospital em Porto Sudão. Havia 13 outras crianças no voo, de acordo com o manifesto de passageiros.
Mohammed el-Fateh Osman, com 2 anos de idade em 2003, e aos 15 anos em 2018 |
Um jornalista local descreveu a cena após o acidente. "Corpos estavam espalhados por toda parte, queimados e carbonizados, e podiam ser vistos em todos os lugares", disse Muhammad Osman Babikir. "Não havia como realizar o ritual muçulmano de lavar os corpos. Era horrível."
Uma equipe de especialistas voou até o local coberto de destroços para investigar o acidente e recuperou a caixa preta do gravador de voo. Os relatórios iniciais citaram um problema técnico.
O então ministro das Relações Exteriores do Sudão, Mustafa Osman Ismail, levantou o embargo comercial imposto pelo governo dos Estados Unidos em 1997 como fator que contribuiu para o acidente, alegando que a companhia aérea não conseguiu peças sobressalentes para a manutenção de sua frota por causa das sanções. A aeronave envolvida no acidente, em particular, não fazia manutenção há anos.
A causa provável do acidente foi apontada como "falha de um motor durante a subida inicial por razões desconhecidas".
Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN, The Guardian, BBC News)
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