quarta-feira, 7 de abril de 2021

Sierra Nevada quer construir estação espacial inflável para substituir a ISS

A Sierra Nevada Corp. (SNC), empresa espacial dos Estados Unidos, pretende construir uma estação espacial comercial com cápsulas infláveis que sirvam de habitat espacial para humanos. A empresa propõe que a estação, ainda sem nome, seja construída dentro sete anos, antes que a Estação Espacial Internacional (ISS) se aposente.

Representação artística do que seria a nave espacial inflável (Imagem: Sierra Nevada Corp)
A SNC já possui sete contratos com a NASA para o lançamento de seu avião espacial Dream Chase, que será responsável pelo transporte de cargas futuras da ISS já no próximo ano, em 2022. A estação da empresa ainda não tem nome, mas seria feita através de módulos infláveis conectados por hardware. Estes módulos, chamados de Large Inflatable Fabric Environment (LIFE), teriam o tamanho de um prédio de três andares e abrigariam dormitórios, laboratórios e equipamentos de agricultura espacial para consumo da tripulação.

O ex-astronauta Janet Kavandi, também vice-presidente executivo da empresa, diz: “planejamos lançar nossos veículos a uma plataforma com módulos infláveis, onde os veículos desenroscados e tripulados levam pessoas e cargas; e depois retornam em segurança à Terra". A SNC estará aberta a clientes que procuram desenvolver pesquisas e manufaturas desenvolvidas no espaço, além, é claro, do turismo espacial — incluindo até salas de cinema.

A justificativa da empresa é que, muito em breve, a ISS será desativada, e por isso e é necessário existir uma substituta para que os trabalhos científicos desenvolvidos na órbita terrestre não se encerrem também. Kavandi diz: “em algum ponto, a ISS vai simplesmente envelhecer; vai ter rachaduras e outras coisas e não será segura o suficiente para continuar em órbita" — e esta seria a resposta comercial.

A NASA já tem avaliado propostas preliminares para projetos de estações espaciais na órbita da Terra até 2025, lembra John Ross, vice-presidente da empresa, mas "acreditamos que poderíamos chegar lá muito mais rápido". Mais informações sobre o projeto ainda serão reveladas pela empresa.

Via CanalTech

Nenhum comentário: