Aeroporto foi construído em baía que é habitat dos animais.
Este ano, 80 tartarugas foram resgatadas da pista.
No aeroporto mais movimentado de Nova York, os aviões são ágeis nas decolagens, mas a velocidade é ameaçada por uma barreira nem tão rápida assim: as tartarugas, que atravessam devagarinho a pista de pousos de decolagens.
Assim que são avistadas, vem o alerta da torre: a lentidão se estende para os voos, que são atrasados até que elas sejam retiradas. O aeroporto Kennedy foi construído no meio de uma baía, habitat preferido das tartarugas-de-dorso-de-diamante.
Na metade do ano, elas deixam a água para colocar ovos em terreno seguro. Lauren é bióloga e ajuda o aeroporto a lidar com as tartarugas. "Qualquer coisa pode ser uma ameaça para uma aeronave então nós monitoramos toda a população de animais neste entorno", diz ela.
Em 2002, 800 tartarugas foram resgatadas da pista. Ano passado, 400 e este ano, até agora, 80. O número vem caindo depois que o aeroporto instalou um tubo plástico de um quilometro e meio de extensão para manter as tartarugas longe da pista de do caminho dos aviões.
A colisão de aeronaves com animais ainda traz vários desafios para a aviação nos Estados Unidos. Hoje, mais de 800 aeroportos civis e militares possuem equipes de biólogos que ajudam a monitorar a vida selvagem no entorno da pista de pouso e decolagem. As tartarugas que frequentam o JFK são apenas um exemplo. Assim como no Brasil, o maior problema no céu americano são as aves.
Em 25 anos, foram registrados mais de 142 mil incidentes envolvendo aviões e animais – 97% deles, com aves. O restante dos animais terrestres como raposas, (2,2%) morcegos (2,2%) e répteis como a tartaruga (0,7%).
Os estragos na fuselagem dos aviões e os atrasos por causa disso causaram um prejuízo no ano passado de US$ 103 milhões.
O caso mais conhecido aconteceu em 2009. Logo após a decolagem, gansos entraram nas duas turbinas de um airbus, o que fez a aeronave perder a força. O piloto decidiu fazer um pouso de emergência no Rio Hudson. O avião deslizou 600 metros e parou. Todos os 155 passageiros sobreviveram. Chesley Sullemberg virou um herói. Atualmente, o piloto é aposentado e dá consultoria em segurança aérea.
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Fonte: Elaine Bast de Nova York, EUA para o Jornal Hoje (TV Globo) - Imagem: Reprodução da TV
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