Entidade alerta que risco de trombose não difere no assento da classe econômica ou executiva
Viajar na primeira classe do avião pode até trazer mais conforto – e melhores refeições – porém não oferece proteção maior ao risco de trombose, alertam as novas normas de viagens seguras feitas pela Associação Americana dos Cirurgiões Torácicos.
De acordo com o guia publicado em fevereiro, não é a classe econômica que eleva as probabilidades de problemas de circulação e sim a falta de mobilidade durante voos de longos períodos (superiores a 4 horas).
Isso porque, explica o cirurgião vascular Francisco Osse – um dos estudiosos sobre o tema – a grande vilã da circulação nos aviões não é a poltrona e, sim, a baixa umidade relativa do ar.
“Nos trajetos, a umidade chega a 10%, sendo que a Organização Mundial de Saúde já estabeleceu que o limite mínimo para não acarretar danos é de 40%”, afirma Osse. “Nessa condição, há desidratação do organismo, o sangue é comprometido, fica mais espesso e com maior dificuldade de passar pelas veias. Quem já tem predisposição para trombose (hipertensos, obesos, fumantes, idosos) acabam com mais risco independentemente do local onde está sentado.”
A trombose está entre as doenças contempladas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) que elaborou no ano passado um manual do viajante. Entre as dicas preventivas, estão o uso de meias elásticas, a hidratação constante e o “passeio” pelos corredores a cada duas horas.
Fonte: iG - Foto: Getty Images
Nenhum comentário:
Postar um comentário