quinta-feira, 22 de julho de 2010

Aeródromos precários sem verba de recuperação no Amazonas

Cinco dos 11 terminais apontados como irregulares pela Anac ainda acumulam problemas.

Pelo menos cinco dos 11 aeródromos de municípios do Amazonas apontados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) como irregulares, em fevereiro do ano passado, continuam acumulando problemas de infraestrutura, como deterioração de pistas, danos à grade de segurança e falta de equipes e equipamentos de combate a incêndio.

Os aeródromos apontados no relatório da Anac foram os dos municípios de Parintins (foto), Maurés, Santa Isabel do Rio Negro, Manicoré, Eirunepé, Lábrea, São Paulo de Olivença, Humaitá, Borba e Fonte Boa. O Comando Aéreo Regional da Amazônia (Comara) informou que já realiza obras de adequação em cinco desses terminais.

De acordo com a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinf), não há recursos suficientes no Estado para a melhoria dos aeródromos. O gerente de obras do interior da Seinf, Mario Jorge Dutra, disse que o Governo do Amazonas fez um estudo para determinar o valor necessário para a recuperação dos aeroportos e solicitou os recursos ao Ministério de Defesa.

A verba, estimada inicialmente em R$ 42 milhões, foi repassada para o Comara que, segundo Dutra, constatou que o valor seria suficiente para reformar só seis dos 11 aeródromos. “Agora o Estado está tentando buscar a verba para a reforma dos outros cinco aeródromos com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), no valor estimado em R$ 110 milhões, mas ainda não há previsão”,afirmou o gerente.

De acordo com a Comara, a Seinf determinou que fossem priorizados os aeródromos de Parintins, Maués, Barcelos, Santa Izabel do Rio Negro, Manicoré e Eirunepé para aplicação de recursos. Segundo o comando, foram concluídas as Seções de Combate a Incêncido de Eirunepé e, até setembro, outras quatro seções devem ser concluídas. As obras nas pistas de Maués, Manicoré e Barcelos têm previsão de conclusão para o final de 2010. A construção da pista do aeródromo de Santa Izabel do Rio Negro está prevista para ser finalizada no primeiro semestre de 2012.

Caótico

De acordo com o presidente da Associação Amazonense de Municípios, Jair Souto, a situação nos aeródromos é caótica. “Na prática a administração dos aeródromos é delegada aos municípios, mas os municípios não têm verba o suficiente para investir nas melhorias necessárias. Isso dificulta o desenvolvimento de todo o interior”, frisou.

A Secretaria de Infraestrutura de Humaitá informou ter consultado a Anac e o governo do Estado no início do ano para tentar resolver o problema, mas não obteve sucesso.

Fonte: d24am.com - Foto: Raimundo Valentim

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