O voo 1722 da United Airlines de Maui, no Havaí, a São Francisco, na Califórnia, quase caiu no Pacífico (Imagem: Divulgação) |
Um voo da United Airlines de Maui, no estado americano do Havaí, até São Francisco, na Califórnia, escapou de um mergulho fatal no Pacífico a cerca de 228 metros da colisão com a superfície do oceano graças a recursos tecnológicos, revelou o relatório do National Transportation Safety Board (Conselho de Segurança de Transporte Nacional — órgão do governo dos EUA que investiga acidentes de transporte civil) divulgado nesta quinta (10).
Ainda segundo avaliação dos especialistas, a tripulação do voo cometeu uma série de erros e o avião esteve "a segundos de um grande desastre" em 18 de dezembro de 2022. Segundo informações do site Insider, o NTSB entrevistou testemunhas que estavam a bordo do Boeing 777, como o capitão e o copiloto, durante sua investigação.
Ela revelou que a aeronave voava durante uma tempestade e ventos fortes logo após a decolagem, mas teve seus flaps colocados na posição errada porque o copiloto não ouviu direito as instruções do capitão.
Foi o sistema de alerta de proximidade com o solo do avião que, uma vez disparado, impediu o acidente avisando aos pilotos a aeronave realizava uma queda desenfreada rumo ao oceano e os deu tempo de reagir antes de uma tragédia.
À CNN americana, passageiros relataram que a descida foi brusca — durou cerca de 8 a 10 segundos — e com sensação similar a de uma montanha-russa. O cenário era de desespero: muitos foram ouvidos fazendo 'orações finais' neste intervalo.
Após a sinalização do sistema, o copiloto disse ao piloto para "levantar" a aeronave, o que reverteu a crise e permitiu que o avião se reestabilizasse, segundo o relatório divulgado pelo NTSB, que ainda observou que o órgão foi comunicado a respeito do incidente de segurança apenas dois meses depois do ocorrido. No entanto, o próprio conselho admitiu que este tipo de evento não requer notificação imediata.
De acordo com o NTSB, a United Airlines mudou seus procedimentos de treinamento e iniciou uma campanha de conscientização a respeito do gerenciamento da rota de voo em seu centro de treinamento. No início do ano, a aérea informou a CNN que conduzia sua própria investigação com a FAA (Federal Aviation Administration, órgão federal que regula a aviação civil nos EUA).
Ao Insider, empresa ainda esclareceu que ambos os pilotos, que juntos já somavam 25 mil horas de voos, receberam treinamento adicional. Ambos continuam a voar pela companhia.
Via Nossa/UOL
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