Um Boeing 747-400 da Lufthansa acabou ficando preso numa cidade após ter que desviar o voo por emergência médica. A espera, no entanto, foi além do imaginado.
(Foto por Marvin Mutz) |
Tudo começou quando, na metade do voo LH-754, de Frankfurt para Bangalore, na Índia, uma emergência médica acometeu um passageiro, que precisou ser atendido por médicos imediatamente. Isso ensejou a tripulação a procurar o local mais adequado e próximo para pousar a aeronave, sendo Istambul o lugar escolhido.
Após o pouso e com o passageiro já fora da aeronave e sendo atendido, a expectativa era de que o Jumbo decolasse novamente para a Índia, mas isso não aconteceu.
A emergência médica acabou causando maiores transtornos porque o passageiro que passou mal precisou usar o oxigênio de emergência na aeronave, que está ali exatamente para fins de socorro – embora não esteja relacionado ao oxigênio das máscaras que caem em caso de despressurização ou fumaça, por exemplo.
Para o voo seguir, era necessário repor este oxigênio em cilindros, algo que não é fácil de achar em última hora num país onde a Lufthansa não planejava parar o avião. Após muito tempo, o oxigênio não chegou a tripulação regulamentou, ou seja, ficou mais tempo em serviço que o permitido. Sem tripulantes, os passageiros tiveram que desembarcar, e começou uma verdadeira epopeia para acomodar a todos em hotéis.
Apenas dois dias depois e 34 horas após terem chegado em Istambul, o voo partiu para Bangalore. Não está claro o porquê da demora tão longa, já que esse prazo de 34 horas era mais que suficiente para a tripulação descansar ou ser reposta por outra vinda da Alemanha.
#LH754 @Lufthansa_DE Boarding after being stuck in Istanbul for 34 hours. Worst travel experience of our lives. pic.twitter.com/BBGu31rIUM
— Chris (@Chris16353519) October 20, 2022
Segundo o site One Mile At a Time, os passageiros acusaram a empresa aérea de descaso, só porque eram indianos e que isso não aconteceria num voo a um país mais desenvolvido. Tal hipótese soa rocambolesca já que todos foram acomodados e também considerando um momento em que as empresas ainda têm enfrentado problemas de pessoal e greves.
A Lufthansa se limitou a dizer que “demorou mais tempo que o planejado para conseguir os cilindros de oxigênio“, que “lamenta o episódio”, e afirma que “tentou minimizar ao máximo os impactos para os passageiros”.
Via Carlos Martins (Aeroin)
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