Nesta semana, foram divulgadas as conclusões a respeito da investigação de um acidente em que um grande avião Airbus terminou apoiado sobre um ônibus após apresentar um problema ao chegar ao pátio do aeroporto.
A seguir, acompanhe uma recapitulação da situação e, na sequência, as conclusões apresentadas no relatório da investigação.
Como tudo ocorreu naquele dia
Segundo relatado pela The Aviation Herald, a ocorrência se deu no dia 24 de dezembro de 2015, quando o Airbus A310-300 de matrícula EP-MNP, operado pela companhia iraniana Mahan Air, estava concluindo o voo W5-112, do Aeroporto Imam Khomeini de Teerã, no Irã, para o de Istambul, na Turquia com 166 pessoas a bordo.
O jato comercial pousou com segurança na pista 05 do Aeroporto Ataturk e taxiou para o pátio de estacionamento, até o stand S6, mas não permaneceu parado na posição. Cerca de 30 metros à frente, atingiu uma barreira de concreto, fazendo com que o trem do nariz colapsasse e o nariz caísse no teto de um ônibus que passava logo abaixo.
(Imagem: AFP/Izzet Taskiran, via AvHerald) |
Não havia passageiros a bordo do ônibus. O motorista era o único ocupante e permaneceu ileso. Também não ocorreram ferimentos entre os 166 a bordo do Airbus A310.
Passageiros relataram que após o acidente o comandante anunciou que o avião havia sofrido uma falha hidráulica, resultando na falha dos freios. Funcionários do aeroporto comentaram que os pilotos já haviam desligado os motores após a aeronave chegar à posição de estacionamento quando houve a falha dos freios.
Resultado das investigações
Nesta segunda-feira, 29 de agosto de 2022, também segundo relatado pelo The Aviation Herald, a autoridade turca de investigação divulgou seu relatório final a respeito da investigação.
O relatório indica que a sequência dos fatos e as prováveis causas do acidente foram:
– Após o pouso bem sucedido na pista 05 durante o táxi, ocorreu um intenso vazamento no sistema hidráulico amarelo, ocasionando a perda dos acumuladores de freio;
– A aeronave continuou taxiando com o sistema hidráulico verde em modo de frenagem normal;
– Com a aeronave taxiando, a tripulação não pôde monitorar a disponibilidade do modo de freio de estacionamento fornecido pelo sistema amarelo, e a pressão nos acumuladores do freio de estacionamento não pôde ser observada adequadamente;
– Após chegar à posição no pátio, a aeronave foi parada com o sistema hidráulico verde e o freio de estacionamento foi acionado;
– Após o avião começar a se mover, a principal razão para o acidente foi os pilotos não terem aplicado a pressão do pedal do freio conforme estabelecido nos procedimentos operacionais padrão, apesar do freio de estacionamento acionado;
– Um fator contribuinte foi um defeito no PBOV (válvula de operação do freio de estacionamento), que teria mantido a aeronave parada, mas a aplicação de pressão no pedal de freio teria evitado o acidente, independentemente desse defeito.
Via Murilo Basseto (Aeroin)
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