A Virgin Galactic, empresa fundada pelo bilionário Richard Branson, planejava lançar mais um voo suborbital no início de outubro. Contudo, parece que o avião espacial VSS Unity irá demorar um pouco mais para levar passageiros novamente: de acordo com um comunicado publicado na quinta-feira (14), a empresa irá iniciar um período de manutenção dos veículos VMS Eve e VSS Unity. Portanto, o teste de voo Unity 23 será adiado e o início dos voos comerciais tripulados da Virgin Galactic ficará para o final do ano que vem.
Na publicação, a Virgin Galactic explica que decidiu avançar para um período de manutenção já planejado devido a testes laboratoriais de materiais usados nos veículos. Os resultados dos testes “indicaram uma possível redução nas margens de força de alguns materiais, usados para modificar juntas específicas”, que exigem novas inspeções físicas. Segundo a empresa, os dados não mostraram impactos nos veículos, mas os protocolos de teste de voo definem margens claras de força.
Flight test program update: We will begin our planned vehicle enhancement and modification period now, which is designed to improve performance and flight-rate capability for VMS Eve and VSS Unity. #Unity23 will take place upon its completion. Read more; https://t.co/oWC52MypkH pic.twitter.com/oVuJOobNMm
— Virgin Galactic (@virgingalactic) October 14, 2021
Por isso, novas análises serão necessárias para definir se será necessário algum trabalho a mais para mantê-las ou subi-las de nível. Como a Virgin Galactic determinou que o melhor caminho para os voos comerciais será realizar esse trabalho agora, paralelamente a um programa de aprimoramentos, o teste de voo Unity 23 deverá ficar para o ano que vem. A missão, que contará com tripulantes da Força Aérea Italiana, estava programada inicialmente para o fim de setembro ou início de outubro, mas foi adiada devido a investigações de um possível defeito em um componente do sistema de controle de voo.
Na ocasião, a Virgin Galactic fez um comunicado sobre o defeito, destacando que não tinha relação com a investigação em andamento conduzida pela Federal Aviation Administration (FAA), a entidade reguladora de voos nos Estados Unidos. O processo teve início após a publicação de uma reportagem no jornal The New Yorker, que revelava que, durante o voo turístico realizado em julho, que levou Branson e outros tripulantes ao espaço suborbital, o veículo saiu do espaço aéreo reservado e luzes se acenderam no painel do avião para alertar os pilotos sobre a necessidade de corrigir a trajetória da nave.
Segundo a Virgin Galactic, o componente em questão não está presente no avião espacial VSS Unity ou no avião carregador WhiteKnightTwo, e inspeções detalhadas mostraram que todos os componentes dos aviões correspondem aos padrões de segurança. Mesmo assim, o cronograma já havia sido afetado. Enquanto a FAA investigava o voo, a entidade suspendeu a licença de lançamentos da empresa, e acabou atrasando também o início do período de manutenção. Agora, a Virgin Galactic deverá iniciar seus voos comerciais somente no fim de 2022.
Via Canaltech / SpaceNews
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