segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Força Aérea Russa recebe o primeiro jato de combate Su-75 de 5ª geração

O Sukhoi Su-57, o mais novo caça a jato da Rússia, entrou em serviço com as forças aeroespaciais russas.

Um jato em série foi transferido para os militares no final de novembro de 2020, de acordo com uma fonte anônima citada pela agência de notícias estatal russa TASS. 

De acordo com o CEO da Rostec, Sergey Chemezov, dez protótipos de pré-produção também foram transferidos para a Força Aérea. 

É o primeiro caça a jato da Rússia de quinta geração, bem como sua primeira aeronave stealth. Destina-se a rivalizar com o Lockheed-Martin F-22 Raptor, o Lockheed-Martin F-35 Lightning II e o Chengdu J-20, empunhados pela OTAN e militares chineses. 

O protótipo do Su-57 voou pela primeira vez em 2010. A primeira aeronave de produção em série foi concluída em 2019, mas caiu no mesmo ano . 

Mais quatro Su-57s devem ser construídos e entregues em 2021. No total, a Força Aérea Russa (um braço das Forças Aeroespaciais Russas) deve receber 76 novos jatos até 2027.

O projeto PAK FA

O Sukhoi Su-57 é a designação do protótipo T-50 de um caça russo furtivo, monoposto de quinta geração, resultado do PAK FA (Em russo: ПАК ФА, abreviação para: Перспективный авиационный комплекс фронтовой авиации, transliterado: Perspektivny Aviatsionny Kompleks Frontovoy Aviatsii, literalmente: "Complexo Prospectivo Aeronáutico da Aviação de Linha de Frente"'), para a Força Aérea Russa desenvolvido pela Sukhoi. 

O Su-57 é um dos poucos aviões de combate com tecnologia furtiva (stealth) no mundo — e o primeiro a ser desenvolvido na Rússia —, sendo projetado para rivalizar com o norte-americano F-22 Raptor em todos os aspectos.

O projeto PAK-FA é a iniciativa russa construir um caça de quinta geração. Em 17 de outubro de 2007, a Índia assinou um protocolo com a Rússia, tornando-se a primeira parceira internacional do programa, conforme anunciou o jornal russo, quando ambos países concordaram em desenvolver o projeto FGFA, conjuntamente desenvolvido pela Sukhoi e HAL. Será, portanto, o segundo avião derivado do PAK FA.

Em 12 de dezembro de 2007, a revista Asas divulgou uma oferta da Rússia ao Brasil da possibilidade de se tornar parceiro do Programa PAK-FA. Em 15 de abril de 2008, foi noticiado que o Brasil assinaria o acordo de cooperação mútua com a Rússia para o desenvolvimento em conjunto de um caça de 5ª geração.

Esse caça possivelmente seria o PAK-FA, ou uma versão avançada do SU-27 Flanker, com desenho de redução de RCS e maior envergadura, aumentando o número de cabides sob as asas, a fim de carregar mais mísseis de combates aéreos. Em 2009, o Ministro da Defesa Nelson Jobim anunciou a saída do Brasil no projeto PAK-FA, o substituindo pelo vencedor do programa FX-2.


O projeto iniciou-se no final da década de 1980, ainda durante a existência da União Soviética e, ao desafio do governo, responderam as fábricas Sukhoi com o Su-47 e a Mikoyan com o Project 1.44. Em 2002, o governo russo decidiu que a Sukhoi seria a empresa líder que conduziria o projeto e que definiria a concepção final do aparelho. Foi acertado também que a aeronave a ser desenvolvida deveria incluir tecnologia das duas propostas.

Em 29 de janeiro de 2010 começaram os primeiros voos. O PAK FA deverá substituir os aparelhos MiG-29 e Su-27 ainda em serviço em grandes números na Força Aérea.

Brasil no projeto PAK-FA T-50

Algumas notícias vinculadas na internet deram a entender que o Governo brasileiro haveria assinado com a Rússia um acordo para a construção conjunta de uma aeronave de combate de 5ª geração, que deveria ser desenvolvida pelas empresas Sukhoi russa, Hindustan Aeronautics Limited indiana e Embraer brasileira. O acordo também previa que as empresas brasileiras Embraer e a Avibras seriam as responsáveis pela montagem dos caças no Brasil.

A viagem do presidente russo Dmitri Medvedev ao Brasil em 25 de novembro de 2008 não resultou na assinatura de nenhum acordo relacionado ao projeto. O Comandante da Força Aérea brasileira, Juniti Saito, justificou: "Não quero denegrir a imagem do Sukhoi, mas o projeto não se encaixou nas nossas necessidades."

A Força Aérea brasileira alegou que a exclusão dos aviões da Sukhoi ocorreram pela falta de comprometimento em repassar tecnologia. Contudo, o Itamaraty e fontes russas alegaram o contrário, que a venda dos aviões Su-35 para o Projeto FX-2 não só resultaria na transferência de tecnologia, como também incluiria o Brasil no desenvolvimento do projeto PAK-FA.

Em outubro de 2013, uma delegação russa voltou ao Brasil para tentar fechar um acordo para retomar o projeto do PAK-FA no Brasil nos moldes antigos. Aparentemente isso foi motivado pela aproximação do Brasil com as empresas bélicas da Rússia, e o escândalo de espionagem de empresas brasileiras pelos norte-americanos. Fontes asseguram que, como não mais se poderia alterar a licitação de caças FX-2, que concluiu pela vitória do caça Saab JAS 39 Gripen NG, não seria retomado tal acordo com os russos sobre o T-50.


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