No dia 23 de setembro de 1913, o pioneiro da aviação francesa, Roland Garros, entrou para a história ao realizar a primeira travessia aérea, sem escalas do Mediterrâneo, em 7h53m, apesar de problemas com o motor quando sobrevoava a Córsega.
A aventura dele começou na cidade de Fréjus, na costa sul da França. Restavam-lhe cinco litros de combustível quando pousou em Bizerte, na Tunísia.
Tenista e ciclista amador, naquele mesmo ano (1913) conseguiu estabelecer um novo recorde de altitude, atingindo 18.410 pés, e um ano depois, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, alistou-se voluntariamente nas forças aéreas do exército francês.
Sua perícia nas nuvens não impediu que realizasse em 1915 um pouso de emergência na Alemanha, onde foi capturado. Permaneceu durante três anos em um campo de prisioneiros, mas conseguiu fugir usando um uniforme do inimigo.
Depois de passar pela Holanda e pelo Reino Unido, voltou a Paris e retomou o combate. Pilotava um SPAD S.VII, mas um Fokker D VII das forças inimigas o abateu e ele morreu em 1918, quando não tinha completado 30 anos.
Pioneiro também no desenvolvimento de um sistema de metralhadoras que permitia disparar através das hélices o avião, após a morte foi ganhando reconhecimento. Mort pour la France – distinção nacional em honra aos caídos em combate e oficial da Legião de Honra, em 1928 foi homenageado para sempre.
Um ano antes, seus compatriotas René Lacoste, Henri Cochet, Jacques Brugnon e Jean Borotra – conhecidos como Os Quatro Mosqueteiros do tênis francês – derrotaram os Estados Unidos na Copa Davis, em uma série decidida na Filadélfia.
Para sediar a final, a Federação Francesa de Tênis (FFT) decidiu construir um estádio em menos de um ano, muito perto da Porte d’Auteuil, que recebeu o nome de Roland Garros.
Fontes: history.uol.com.br / El Pais - Foto: Wikimedia Commons
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