O F-35 é considerado pelos EUA como o avião de combate mais avançado do mundo, mas o título poderá estar em risco. No início do ano, num combate de treino contra um F-16, a aeronave foi derrotada pelo avião projetado nos anos 1970.
F-35
O Exército norte-americano já gastou mais de 350 mil milhões de dólares (cerca de 313 mil milhões de euros) no desenvolvimento da arma mais cara de sempre do país, mas os problemas com o novo avião caça F-35 não cessam.
Com a entrada ao serviço planeada para 2012, a aeronave tarda em ficar pronta, depois de sucessivos atrasos provocados por problemas com o motor, pneus inadequados ou até luzes de segurança que não correspondiam ao exigido pelas autoridades aéreas. Só estará preparado para o combate entre 2018 e 2020, revelam as autoridades britânicas, que aguardam a chegada das primeiras unidades encomendadas à Lockheed Martin.
No início deste ano, o F-35 - um portento de tecnologia que consegue ser invisível aos radares inimigos e que permite aos pilotos terem visão de 360 graus a partir do cockpit - treinou contra um F-16 num combate ar/ar, entre os três mil e os nove mil metros de altitude. Segundo um relatório agora divulgado sobre o treino, percebe-se que o F-35 perdeu contra o avião que irá substituir.
F-16
Depois da batalha nos céus da Califórnia, os pilotos do F-35 lamentaram a falta de agilidade da aeronave, que não conseguia acompanhar o F-16 ou evadir-se perante as suas investidas. "Há uma clara desvantagem de energia em todos os combates", pode ler-se no relatório de cinco páginas escrito por um piloto.
Outro dos lamentos após o treino é o facto do capacete que permite ter visão 360 graus ser demasiado volumoso para o espaço disponível no cockpit, não permitindo que o piloto consiga rodar a cabeça para perceber a localização do avião inimigo. Esta falha permitiu que o F-16 se aproximasse pela retaguarda sem que o piloto se apercebesse.
O teste permitiu concluir que o avião ainda não está pronto para combates de proximidade com as outras aeronaves. Ainda assim, o comando do Exército dos EUA continua a acreditar que esta será a arma do futuro para os céus do mundo.
Fonte: Luís Pedro Carvalho (Jornal de Notícias) - Fotos: Reprodução
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