Mais da metade de todos os acidentes com aeronaves pessoais ocorrem durante decolagens e pousos. É por isso que inventor e empresário JoeBen Bevirt, conhecido por projetar turbinas de energia eólica baseadas em aviões, tem a intenção de fazer com que as pistas se tornem obsoletas. Bevirt mobilizou sua equipe de energia eólica para criar um avião elétrico pessoal chamado S2 que decola verticalmente, como um helicóptero, e voa aerodinamicamente, como um avião.
Avião elétrico é o futuro?
Ainda não existe um protótipo em escala real, mas Bevirt e sua equipe construíram cerca de duas dezenas de modelos de 4,5 quilos para demonstrar que seus conceitos funcionam.
Como fica de olho nas invenções mais promissoras, a NASA tomou conhecimento e, agora, está financiando o desenvolvimento de um veículo aéreo não tripulado de 25 quilos.
Simulações de supercomputadores de um S2 em grande escala, pesando 771 quilos, sugerem que ele poderia voar com duas pessoas por cerca de 320 quilômetros (aproximadamente a distância de Nova York a Boston) em uma hora e consumindo 50 quilowatts-hora de eletricidade. Isso seria mais ou menos equivalente a um galão e meio de combustível usado por um típico avião de dois lugares – o que tornaria a nova aeronave cerca de cinco vezes mais eficiente.
O S2 não teria sido possível há apenas uma década, diz Bevirt, que acredita que os novos motores compactos e eficientes, com sistemas de controle mais inteligentes e sensores cada vez menores significam que seu avião em breve será uma realidade. “Nunca houve um melhor momento para ser um designer de aeronaves”, gaba-se o empresário.
As vantagens seriam várias:
1. Segurança e eficiência: uma dúzia de motores elétricos compactos opera com três vezes mais eficiência do que os motores de combustão de um avião pessoal típico. Bônus: mais motores melhoram a redundância e reduzem o risco de acidentes.
2. Flexibilidade: braços retráteis reposicionam os motores na transição entre a decolagem vertical, o voo para a frente e a aterrissagem.
3. Controle: computadores ajustam a velocidade do motor 4 mil vezes por segundo para otimizar a eficiência, reduzir o ruído e melhorar o controle de voo.
Porém, é claro que nem tudo é simples quando estamos falando de tecnologia de aviação. O custo para o desenvolvimento do projeto em escala real giraria em torno de “vários milhões de dólares”. Parece que, para o empreendedor e sua equipe, só falta uma mesada gorda para tirar o S2 do papel.
Fonte: PopSci via Jéssica Maes (hypescience.com) - Imagens: Reprodução
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