As autoridades do Paquistão assumiram neste domingo o controle da base aérea de Shamsi, no oeste do país, que foi esvaziada pelos Estados Unidos após as represálias ordenadas por Islamabad devido ao ataque da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que matou 24 soldados paquistaneses em novembro.
A bandeira americana antes hasteada na base, que servia de apoio ao programa de aviões não tripulados (drones) dos Estados Unidos, foi retirada pelos membros da autoridade aérea e da guarda fronteiriça, que assumiram o controle das instalações, informa a imprensa local.
Segundo a emissora "Express TV", os americanos retiraram da base os últimos radares e equipamentos militares de vigilância que ainda permaneciam no local. Eles foram levados junto aos drones às instalações da Otan no Afeganistão.
O jornal "Dawn" cita uma fonte - não identificada - do governo paquistanês para afirmar que um avião de carga das Forças Aéreas americanas transferiu no sábado as últimas tropas e equipamentos a "seu próximo destino".
Segundo o periódico, na última semana, cerca de 20 aeronaves militares dos EUA deixaram a base, situada a cerca de 300 quilômetros da cidade de Quetta e usada pelos norte-americanos desde a invasão do Afeganistão em 2001.
Este domingo era o fim do prazo dado pelo Paquistão para que os EUA pusessem fim a suas operações na base de Shamsi, usada extraoficialmente pelos aviões não tripulados para bombardear as áreas tribais na fronteira com o Afeganistão, redutos de diversas milícias fundamentalistas islâmicas.
Islamabad também bloqueou a passagem terrestre de mantimentos para as tropas internacionais mobilizadas no Afeganistão, uma represália ao bombardeio da Otan contra um posto fronteiriço paquistanês no dia 26 de novembro, responsável pela morte de 24 soldados.
Esta é a terceira vez neste ano que as autoridades de Islamabad pediam aos EUA que deixassem a base de Shamsi, depois das polêmicas bilaterais surgidas por causa da prisão do espião Raymond Davis e do assassinato do terrorista Osama bin Laden em território paquistanês.
Fonte: EFE via Terra
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