segunda-feira, 25 de abril de 2011

Associação de parentes de vítimas do voo 447 quer que corpos fiquem no Brasil e pede audiência com Dilma

A Associação dos Familiares de Vítimas do Voo 447 enviará uma carta à presidente Dilma Rousseff solicitando uma audiência da chefe de Estado com mulheres que perderam parentes no acidente, que matou 228 pessoas em 31 de maio de 2009. Segundo Nelson Faria Marinho, presidente da associação, há uma série de reivindicações a serem feitas:

- Pediremos que o Brasil não participe apenas como observador do resgate dos corpos e da caixa-preta. Queremos também que os corpos não sejam levados para a França, como o governo francês pretende fazer. Eles podem ficar em Pernambuco, como aconteceu com os primeiros resgatados - defendeu Marinho.

Outro pedido da associação é que o conteúdo da caixa-preta seja analisado por um país "neutro". Para o representante da organização, já que a fabricante Airbus e a empresa aérea Air France são francesas, outro país deveria ficar responsável por estudar as informações contidas no equipamento. A sugestão da associação é que o procedimento seja feito pelos Estados Unidos.

Outro assunto a ser discutido na reunião será o pagamento de indenizações, que ainda não foi efetuado. Os familiares pedirão que o governo brasileiro interceda para que o processo seja agilizado, uma vez que, em dois anos, as famílias receberam apenas a indenização básica definida pelo Tratado de Montreal, que equivale a R$ 48 mil.

- Os provedores de algumas famílias estavam no voo, e elas estão em grandes dificuldades.

Segundo o presidente da associação, a carta a ser enviada ao Planalto será o segundo pedido de uma audiência com a presidência da República. O grupo tentou em outras duas ocasiões ser recebido pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, mas não teve resposta.

Na semana passada, o departamento de investigação de acidentes da França, Le Bureau d'Enquêtes et d'Analyses (BEA), lançou uma missão para tentar resgatar as duas caixas-pretas e corpos das vítimas do acidente. Um navio francês de grande porte, adaptado para cabeamento submarino, é responsável pela operação, patrocinada pelo governo francês com a participação de representantes da Aeronáutica.

O local da busca foi definido no começo de abril, após equipamentos contratados pela França terem identificado um número significativo de destroços de grande parte da fuselagem, onde fotografias revelaram também a existência de corpos. As buscas ocorrerão cerca de 15 quilômetros de onde se presume que caiu o avião.


Fonte: Vinícius Lisboa (O Globo)

Um comentário:

Unknown disse...

Sou Perito de Tecnologia, e me coloco a disposição para acompanhamento dos trabalhos envolvendo as caixas prestas encontradas.

e-mail sidney@peritodeinformatica.com

obrigado

Sidney de Paula