segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Homem acusado de ataque frustrado a avião demite advogados

Um nigeriano acusado de tentar explodir uma aeronave norte-americana com uma bomba no ano passado demitiu na segunda-feira seus advogados indicados pelo tribunal e levantou a possibilidade de se declarar culpado em algumas das acusações.

Umar Farouk Abdulmutallab (foto), que se declarou inocente em janeiro pela tentativa de explodir um voo no dia de Natal, disse que seus advogados não estavam servindo aos seus interesses e pediu ao juiz para ser seu próprio defensor.

"Se eu quiser me declarar culpado em algumas das acusações, como isso funcionaria?", perguntou Abdulmutallab à juíza Nancy Edmunds durante uma audiência de 15 minutos.

Nancy pediu a ele para não demitir seus advogados, mas concordou com o pedido de Abdulmutallab e irá indicar novos defensores que atuarão como consultores. Segundo ela, eles responderão a questões sobre sua defesa.

Abdulmutallab, de origem nigeriana, embarcou em um voo da Northwest Airlines que fazia a rota Amsterdã-Detroit e, perto do fim do trajeto, tentou acionar uma bomba que estava em sua cueca, afirmaram procuradores.

Ilustração mostra Umar Farouk Abdulmutallab, à direita, com sua advogada Miriam Siefer na corte federal em Detroit

Segundo eles, o dispositivo não detonou completamente e ele foi rendido por passageiros e tripulantes e o fogo foi controlado.

Ele foi acusado pela tentativa de usar uma bomba de destruição em massa, tentativa de assassinato e outros quatro crimes. Se condenado, poderá passar o resto da vida na prisão.

O nigeriano cooperou com investigadores norte-americanos por vários meses e disse a eles ter recebido o dispositivo e treinamento de militantes da Al Qaeda no Iêmen.

Um porta-voz do Departamento de Justiça, no entanto, negou-se a comentar se Abdulmutallab continuava cooperando com as autoridades norte-americanas.

O ataque frustrado levou ao governo dos Estados Unidos a reforçar a segurança em aeronaves norte-americanas.

Fonte: David Bailey e Jeremy Pelofsky (Reuters) via O Globo - Imagens: AFP / AP

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