Pouco menos de nove anos depois da tragédia do 11 de Setembro, a tentativa frustrada de explodir um carro-bomba em Times Square, no coração de Nova York (foto), mostra que a vulnerabilidade dos Estados Unidos ao terrorismo ainda é uma realidade. De acordo com a Associação para uma América em Segurança, composta por membros da comissão de inquérito sobre os atentados do 11 de Setembro, conselheiros para a segurança nacional e diplomatas de diferentes orientações políticas, os EUA continuam perigosamente vulneráveis a ataques químicos, biológicos e nucleares.
Embora um dos pontos mais sensíveis da segurança americana esteja relacionado às características que fazem de voos comerciais os principais alvos de ataques, o mais recente atentado mostra que estratégias terroristas consideradas mais tradicionais, como o uso de carros e homens-bomba, não foram descartadas pelos extremistas que visam repetir o 11 de Setembro. Estas estratégias ainda representam um grande risco para a segurança dos americanos em todo o território nacional, mas particularmente nos grandes centros urbanos repletos de turistas.
– Quando nos deparamos com um terrorista, ele tem sempre um mapa de Nova York no bolso – declarou domingo o prefeito da cidade, Michael Bloomberg, pedindo aos moradores que se mantenham vigilantes.
Outros atentados
A mais nova tentativa de ataque em solo americano remonta ao Natal do ano passado, quando um jovem nigeriano tentou explodir um avião comercial entre Amsterdã e Detroit com um artefato escondido na cueca.
Em fevereiro, um imigrante afegão e partidário da Al Qaeda, de 25 anos, Najibullah Zazi, já havia sido acusado de tentativa de atentado contra o metrô de Nova York, em setembro do ano passado.
As autoridades também indiciaram por terrorismo, em março, uma americana de 46 anos, loura de olhos azuis, chamada pela mídia de Jihad Jane, que ofereceu seus serviços para assassinar um chargista sueco.
Estudos recentes mostram que a polícia, bombeiros e os serviços de emergência de praticamente todas as grandes cidades e condados do EUA ainda não dispõem dos equipamentos necessários para enfrentar uma verdadeira ameaça terrorista.
O mais recente episódio, domingo, em Times Square, demonstra que ainda é possível violar sistemas de segurança considerados imbatíveis no passado e que existem motivos para se temer futuros atentados de grandes proporções.
A catástrofe do dia 11 de Setembro marcou o começo de uma nova era em que guerras são travadas em espaços públicos, e civis são alvo frequente de nômades terroristas.
Curiosos veem lado sombrio de Times Square
O incidente com um carro carregado de explosivos que levou ao fechamento de Times Square na madrugada de domingo pôs em alerta milhares de turistas, moradores e celebridades de Nova York que se encontravam na cidade no momento da descoberta do carro-bomba.
Bruno Santa Clara, um carpinteiro brasileiro de 25 anos, perambulava entre a multidão que se formou em frente à mobilização de policiais na Rua 43. Bruno disse ao New York Times que tinha caminhado do seu hotel, na Rua 34.
– Vimos na televisão que havia uma bomba – constatou. – Eu só queria dar uma olhada.
Ao contrário de Bruno, Kulvinder Johal e outros três jovens, todos vindos de Londres, tentavam chegar a seus hotéis do outro lado das barreiras instaladas pela polícia.
– Nunca vi este lugar (Times Square) tão deserto a esta hora – disse Taylor Blankenship, um estudante de biologia de 22 anos que acompanhava Kulvinder. – Recebemos um SMS de Londres perguntando se tudo estava bem. Estou consternado, eu pensava que Londres era pior.
A apresentadora Oprah Winfrey, que tinha ido ao Teatro Eugene O'Neil, na rua 49, ver o musical Fela, a biografia dramatizada do músico Fela Kuti, disse a uma TV local que o espetáculo transcorreu normalmente, sem que a plateia soubesse do que estava acontecendo ao redor. A polícia, entretanto, não autorizou que espectadores entrassem em teatros da Rua 46 até que os explosivos no carro-bomba fossem neutralizados.
Christina Paiva, de Long Island, passou seu aniversário de 17 anos colada às barricadas policiais com um grupo de amigos.
– É perturbador, e intrigante ao mesmo tempo – disse.
Fonte: Joana Duarte (Jornal do Brasil) - Foto: AP
Embora um dos pontos mais sensíveis da segurança americana esteja relacionado às características que fazem de voos comerciais os principais alvos de ataques, o mais recente atentado mostra que estratégias terroristas consideradas mais tradicionais, como o uso de carros e homens-bomba, não foram descartadas pelos extremistas que visam repetir o 11 de Setembro. Estas estratégias ainda representam um grande risco para a segurança dos americanos em todo o território nacional, mas particularmente nos grandes centros urbanos repletos de turistas.
– Quando nos deparamos com um terrorista, ele tem sempre um mapa de Nova York no bolso – declarou domingo o prefeito da cidade, Michael Bloomberg, pedindo aos moradores que se mantenham vigilantes.
Outros atentados
A mais nova tentativa de ataque em solo americano remonta ao Natal do ano passado, quando um jovem nigeriano tentou explodir um avião comercial entre Amsterdã e Detroit com um artefato escondido na cueca.
Em fevereiro, um imigrante afegão e partidário da Al Qaeda, de 25 anos, Najibullah Zazi, já havia sido acusado de tentativa de atentado contra o metrô de Nova York, em setembro do ano passado.
As autoridades também indiciaram por terrorismo, em março, uma americana de 46 anos, loura de olhos azuis, chamada pela mídia de Jihad Jane, que ofereceu seus serviços para assassinar um chargista sueco.
Estudos recentes mostram que a polícia, bombeiros e os serviços de emergência de praticamente todas as grandes cidades e condados do EUA ainda não dispõem dos equipamentos necessários para enfrentar uma verdadeira ameaça terrorista.
O mais recente episódio, domingo, em Times Square, demonstra que ainda é possível violar sistemas de segurança considerados imbatíveis no passado e que existem motivos para se temer futuros atentados de grandes proporções.
A catástrofe do dia 11 de Setembro marcou o começo de uma nova era em que guerras são travadas em espaços públicos, e civis são alvo frequente de nômades terroristas.
Curiosos veem lado sombrio de Times Square
O incidente com um carro carregado de explosivos que levou ao fechamento de Times Square na madrugada de domingo pôs em alerta milhares de turistas, moradores e celebridades de Nova York que se encontravam na cidade no momento da descoberta do carro-bomba.
Bruno Santa Clara, um carpinteiro brasileiro de 25 anos, perambulava entre a multidão que se formou em frente à mobilização de policiais na Rua 43. Bruno disse ao New York Times que tinha caminhado do seu hotel, na Rua 34.
– Vimos na televisão que havia uma bomba – constatou. – Eu só queria dar uma olhada.
Ao contrário de Bruno, Kulvinder Johal e outros três jovens, todos vindos de Londres, tentavam chegar a seus hotéis do outro lado das barreiras instaladas pela polícia.
– Nunca vi este lugar (Times Square) tão deserto a esta hora – disse Taylor Blankenship, um estudante de biologia de 22 anos que acompanhava Kulvinder. – Recebemos um SMS de Londres perguntando se tudo estava bem. Estou consternado, eu pensava que Londres era pior.
A apresentadora Oprah Winfrey, que tinha ido ao Teatro Eugene O'Neil, na rua 49, ver o musical Fela, a biografia dramatizada do músico Fela Kuti, disse a uma TV local que o espetáculo transcorreu normalmente, sem que a plateia soubesse do que estava acontecendo ao redor. A polícia, entretanto, não autorizou que espectadores entrassem em teatros da Rua 46 até que os explosivos no carro-bomba fossem neutralizados.
Christina Paiva, de Long Island, passou seu aniversário de 17 anos colada às barricadas policiais com um grupo de amigos.
– É perturbador, e intrigante ao mesmo tempo – disse.
Fonte: Joana Duarte (Jornal do Brasil) - Foto: AP
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