domingo, 21 de março de 2010

Queda de ultraleve faz dois mortos em Portugal

Dois homens morreram neste domingo (21) em Castelo Branco, Portugal, na queda de um ultraleve habitualmente usado na monitorização de apoio à decisão face aos incêndios florestais, vulgarmente conhecida por "avião da Vodafone", uma vez que foi esta empresa que a ofereceu ao distrito, perto da pista do aeroclube da cidade da Beira Interior.

O acidente ocorreu cerca das 18:45 (hora local), mas os meios de socorro só conseguiram chegar ao local, de difícil acesso, cerca de uma hora depois. "Estávamos na sede e a avioneta passou por cima da pista, já com o intuito de voltar e aterrar. De repente, embicou para o solo", afirma António Martins, testemunha ocular do acidente.

Os associados do aeroclube, que se encontravam na sede, tentaram rapidamente dirigir-se para o local da queda, a cerca de 500 metros do hangar. "Fui eu mesmo que telefonei para o INEM, mas não conseguíamos dar com o local, apesar de temermos logo, pela forma como caiu o aparelho, que seria difícil encontrar alguém vivo", avança António Martins.

As dificuldades de acesso à zona sinistrada obrigaram o médico e o enfermeiro da VMER (viatura médica de emergência e reanimação) a fazer parte do percurso no carro da GNR e parte a pé. O óbito foi confirmado já depois das 20.00.

Norberto Grancho, arquitecto, e Armindo Fernandes, engenheiro, de 55 e 38 anos, estariam a fazer reconhecimento da área quando o aparelho se despenhou. O piloto, um dos instrutores do Aeroclube de Castelo Branco, era experiente. "Foi uma coisa estranha, a trajectória que a avioneta teve. É impossível, para já, determinarmos o motivo da queda... mas não é normal um avião daqueles cair em bico", diz António Martins. No local, o cenário era "horrível" e os corpos encontravam-se no meio de ferros retorcidos, descreve a mesma fonte, segundo a Lusa.

As causas da queda são desconhecidas. "Mas foi certamente uma queda violenta", assegura fonte da GNR.

Na zona estiveram 16 bombeiros do Corpo de Castelo Branco, com seis viaturas e a VMER. Hoje chega a Castelo Branco uma equipa do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) para investigar o acidente.

Este é o terceiro desastre aéreo registado em Portugal em 2010. Desde o início de 2009, os acidentes com aeronaves já causaram 13 mortos e 13 feridos.

Fonte: Célia Domingues (Diário de Notícias - Portugal)

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