Sentar-se na parte de trás pode fazer diferença?
"É um lugar tão seguro quanto qualquer outro."
-Site da Boeing
"É uma velha questão. Não há como confirmar."
-Porta-voz da Federal Aviation Administration
"Não há um lugar mais seguro."
-Airsafe.com
Realidade: É mais seguro na parte de trás.
A coisa engraçada sobre todos os pareceres dos peritos: elas não são realmente baseadas em dados concretos sobre os acidentes de avião. Um olhar sobre as estatísticas dos acidentes aéreos no mundo, no entanto, sugere que quanto mais você se sentar para trás, melhor serão suas chances de sobrevivência. Passageiros perto da cauda de um avião têm cerca de 40 por cento mais probabilidades de sobreviver a um acidente do que os dos primeiros assentos na frente.
Essa é a conclusão de um estudo exclusivo da Popular Mechanics, que examinou cada acidente na aviação comercial nos Estados Unidos, entre 1971 e 2007, que teve mais de dois mortos e com sobreviventes. Os dados brutos a partir desses acidentes estavam definhando há décadas nos arquivos do National Transportation Safety Board esperando para serem analisado por qualquer pessoa curiosa o suficiente para olhar e disposta a fazer o trabalho estatístico.
E foi trabalhoso. Durante várias semanas, nos debruçamos sobre os relatórios de acidentes apresentados pelos investigadores do NTSB. Foram estudados os gráficos dos assentos que mostravam onde cada passageiro estava sentado e quais saíram do acidente vivos ou mortos. Calculamos em primeiro lugar a média dos assento de popa nos casos de sobreviventes e óbitos em cada acidente.
Nós também comparamos as taxas de sobrevivência em quatro seções da aeronave. Ambas as abordagens analíticas claramente apontaram para a mesma conclusão: é mais seguro nos fundos.
Em 11 dos 20 acidentes analisados, os passageiros da parte traseira claramente se saíram melhor. Apenas cinco acidentes favoreceram aqueles que se sentaram na frente. Três foram descartados por não haver um padrão específico de sobrevivência. Em um caso, as posições nos assentos não puderam ser determinadas.
Em sete dos 11 acidentes favorecendo assentos traseiros, sua vantagem foi impressionante. Por exemplo, tanto no acidente em 1982 com a Air Flórida, em Washington, DC, quanto no acidente de 1972 com um Boeing 727 da Eastern no Aeroporto JFK, em Nova York, o punhado de sobreviventes estavam todos sentados nas últimas fileiras últimos. E quando um DC-8 da United ficou sem combustível perto de Portland, no Oregon, em 1978, todos os sete passageiros que morreram estavam sentados nas primeiras quatro fileiras.
Curiosamente, os cinco acidentes que favoreceram a posição da frente na cabine de passageiros, ocorreram entre 1988 e 1992. Em 1989, no acidente com um DC-10 da United, em Sioux City, Iowa, por exemplo, a maioria dos 175 sobreviventes estavam sentados à frente da posição da asa.
Houve apenas um acidente em que os passageiros da frente tiveram uma pronunciada vantagem na sobrevivência. As únicas duas mortes em um acidente em 1989 com um avião da USAir, na pista do Aeroporto La Guardia, estavam ambos sentados na fileira 21 das 25 fileiras do Boeing 737-400.
Onde haviam gráficos detalhando a disponibilidade dos assentos, calculamos também as taxas de sobrevivência nas várias partes da cabine de passageiros. Novamente, a tendência foi clara: a parte traseira da cabine (cadeiras localizadas atrás da borda posterior da asa) tiveram a maior taxa de sobrevivência, em média, 69 por cento. A seção das asas, tinha uma taxa de sobrevivência de 56 por cento, assim como a seção da classe econômica à frente da asa. A primeiro classe e a classe executiva (ou em todos os aviões com classe econômica, os 15 por cento da frente) tinha uma taxa de sobrevivência média de apenas 49 por cento.
Assim, quando os "especialistas" disserem que não importa onde você se senta, dê uma risada e vá para a parte traseira do avião.
Taxas de sobrevivência
Fonte: popularmechanics.com - Tradução/Edição: Jorge Tadeu da Silva - Foto: AP/Wide World Photos - Gráfico: Gil Ahn (Cortesia do site seatguru.com)
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