Passageiros têm bagagens revistadas por policiais, com auxílio do cão Baxo, em aeroporto de Los Angeles
Depois do atentado frustrado ao voo da Delta Airlines do dia de Natal, o governo americano reforçou ainda mais a segurança nos aeroportos para evitar outros incidentes. Algumas das novas medidas, porém, não estão sendo aplicadas por todas as companhias aéreas que fazem voos para os Estados Unidos.
– Foi uma viagem bem tranquila, bem diferente do que eu imaginava – contou a gaúcha Amanda Cheuiche, 19 anos, estudante de Medicina.
Confira os relatos que Amanda e Nádia Gandini, outra passageira gaúcha, deram no final da tarde de ontem a Zero Hora:
Amanda Cheuiche São Paulo-Los Angeles:
“No procedimento de embarque, além do detector de metais, todos passaram por outra revista antes de ir pelo corredor que leva ao avião, com um bastão detector de metais. Além disso, as bagagens de mão foram abertas e revistadas rapidamente. Não foi demorado nem pediram para ninguém tirar sapato. No início do voo, pediram que não houvesse aglomeração de pessoas em pé, senão iriam mandar todos sentarem. Além disso, disseram que seguiriam as regras de segurança dos EUA, mas não especificaram nada. Havia um boato de que não mostrariam a posição do avião, mas conseguimos ver o trajeto pela TV da aeronave o tempo inteiro. Não houve nenhuma proibição, mesmo na última hora de voo: podíamos ficar com casaco no colo, bagagem de mão nos pés... As pessoas estavam tranquilas.”
Nádia Gandini Manaus-Miami:
“A viagem foi tranquila. Antes de fazermos o despacho das malas, um atendente da companhia nos orientou sobre as novas medidas. A bagagem de mão passou normalmente pelo raio-X. Até esse ponto nada de diferente. Quando o embarque foi anunciado começou a bagunça: antes de entrarmos no avião, passamos por três vistorias. Primeiro os tênis: uma menina muito educada revistou os nossos de cabo a rabo. Depois as malas de mão: abriram e olharam tudo! Nesse ponto teve muita gente que ficou para trás, tendo que se desfazer de remédios e coisas do tipo. Na porta do avião, fomos novamente inspecionados com um bastão detector de metais. As revistas não levaram mais do que 20 minutos. A viagem foi absolutamente normal. Não houve nenhum procedimento especial na última hora de voo.”
Medidas revistas
- A própria TSA, a agência que trata da segurança na área de transportes nos EUA, alerta que nem todas as novas medidas anunciadas pelo governo americano depois do Natal são obrigatoriamente aplicadas em todos os aeroportos com voos com destino a cidades americanas.
- A agência ressalta que tem autorização para implementar novas regras de segurança com rapidez – por isso, essas medidas estão sendo constantemente revisadas e podem mudar.
As novas regras
Confira alguns dos procedimentos de segurança aos quais os passageiros com voos para os EUA podem ser submetidos:
- Além de passar pela esteira de bagagens e pelo detector de metais, todos os pertences de mão e os sapatos dos passageiros podem ser inspecionados no finger (tubo que conecta o avião ao terminal de passageiros).
- Ainda no finger, os passageiros podem passar por outro detector de metais.
- Funcionários podem pedir que os passageiros tirem os sapatos.
- Enquanto a aeronave estiver sobrevoando o espaço aéreo dos EUA, a tripulação tem autorização para não informar os passageiros sobre a trajetória do voo nem sobre a posição da aeronave em relação a cidades.
- Pode haver a proibição do uso do sistema de comunicação, como telefone, internet, GPS e programação de TV ao vivo antes do embarque e durante todas as fases do voo.
- O comandante tem autorização para proibir os passageiros de levantar-se do assento e segurar travesseiros e cobertores no colo em alguns momentos do voo.
- Em alguns aeroportos, são realizadas revistas com ajuda de cães capazes de detectar explosivos.
Fonte: Zero Hora - Foto: Nick Ut/AP
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