terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Comissão Europeia quer listas negras mundiais de companhias aéreas

A Comissão Europeia já investigou mais de 400 transportadoras de 30 países, de 2006 até final de 2009

A Comissão Europeia (CE) divulgou ontem um relatório em que analisa os três anos da implementação das listas de companhias aéreas impedidas de voar para o espaço europeu. Em resumo: um sucesso, mas longe da perfeição. Em Março os responsáveis europeus vão apresentar uma proposta para alargar a lista negra a todo o mundo.

As denominadas listas negras revelaram-se um sucesso e ajudaram a melhorar a segurança aérea dos europeus, segundo os responsáveis comunitários. No total, diz o relatório, desde Março de 2006 e até ao final de 2009, os técnicos europeus investigaram aprofundadamente mais de 400 companhias de mais de 30 países. Mas nada é perfeito.

Apesar de as listas negras serem "uma ferramenta bem-sucedida a aumentar o nível de segurança" na Europa, não podem ser vistas como a solução de todos os males. "A inclusão na lista depende da disponibilidade de técnicos e dados [para investigar as companhias] e a proibição de voar aplica-se apenas à Europa", lembra a UE.

No relatório são ainda abordados outros pontos, onde é preciso aprofundar o trabalho de prevenção, tanto a nível interno como externo. Melhorar os mecanismos de imposição e remoção de proibições a companhias, a harmonização de inspecções - "desde 1994 que há mais divergências nas capacidades de investigação entre os estados-membros", lê-se - ou estabelecer um número mínimo de acções de inspecção e modernizar os meios ao dispor dos técnicos são alguns dos recados deixados por Bruxelas.

A nível internacional, diz o relatório, continuar a reforçar os laços com os países de fora da CE, criar bases de dados de segurança comparáveis e procurar a mundialização das listas negras existentes na Europa são alguns dos objectivos propostos. Em Março, na reunião anual da ICAO - Organização Internacional da Aviação Civil -, Bruxelas apresentará em pormenor esta última proposta.

Fonte: Filipe Paiva Cardoso (i-Online - Portugal)

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