sábado, 3 de janeiro de 2009

Companhia aérea de Cabo Verde confrontada com greve na Gate Gourmet

A companhia de aviação de Cabo Verde TACV é uma das três companhias aéreas, ao lado da Ibéria e da Continental Airlines, que têm refeições fornecidas pela Gate Gourmet Portugal, que hoje iniciou uma greve de dois dias.

Os trabalhadores da empresa de serviços de 'catering' Gate Gourmet Portugal decidiram iniciar hoje uma greve, até sábado, estando paralisados em frente às instalações da empresa em Lisboa, acusando a administração de fazer "chantagem e não querer rever o acordo de empresa", disse à agência Lusa o dirigente sindical, Rudolfo Caseiro.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul disse ainda que "os trabalhadores estão fartos" do impasse negocial criado pela administração da Gate Gourmet, tendo partido para uma greve de 48 horas que contou hoje com a adesão de 95 por cento dos trabalhadores, segundo o representante sindical.

O dirigente sindical explicou mais pormenorizadamente que o sindicato reivindica um aumento salarial de 5,5 por cento para 2009, contra os propostos 2,2 por cento da administração.

Rudolfo Caseiro destacou também à Lusa que a empresa faz depender a actualização salarial dos trabalhadores se forem retirados direitos já adquiridos, o que "é inaceitável".

A administração, afirmou, só actualiza os salários dos trabalhadores se estes abdicarem dos horários de trabalho e das folgas, nomeadamente, para além de terem de efectuar actividades polivalentes e porém em prática um banco de horas, antecipando, assim, o Código de Trabalho.

Em causa está a negociação do acordo de empresa que já decorre desde Outubro, garantiu o dirigente sindical, manifestando a disponibilidade dos trabalhadores para negociar com a administração.

O representante dos trabalhadores da Gate Gourmet Portugal, empresa de "catering" que fornece, nomeadamente os TACV, a Continental Airlines e a Ibéria, além de ter negócios noutras áreas que não a da aviação considerou que o ideal seria uma actualização salarial de 5,5 por cento.

Rudolfo Caseiro lamentou que a proposta da empresa, de apenas 2,5 por cento, estar a conduzir ao descontentamento da centena de trabalhadores que há dois anos exigem um aumento dos salários.

Contactada pela agência Lusa, a administração da Gate Gourmet Portugal não quis falar, tendo remetido para a empresa nos Estados Unidos uma resposta oficial. Após diversas tentativas, não foi possível contactar os representantes da empresa nos Estados Unidos.

Os trabalhadores aguardam hoje por representantes da Inspecção-Geral do Trabalho para que seja possível ao "piquete de greve" entrar na empresa, o que hoje de manhã não foi permitido, sublinhou o dirigente sindical.

Fonte: Agência Lusa

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