quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Aeroporto Regional da Zona da Mata. Infraero sem previsão para início das operações

E o ‘elefante branco’ está lá

A expressão “elefante branco” é comumente utilizada no Brasil como sinônimo de obra gigantesca sem serventia. Aqueles que passam pela MG-353, entre Rio Novo e Goianá, sabem muito bem o que isso significa. Às margens da rodovia, é possível observar uma estrutura que custou aos cofres públicos R$ 90 milhões e que está sendo subutilizada: o Aeroporto Regional da Zona da Mata.

Reuniões entre políticos da região e representantes da Aeronáutica e da Infraero apontaram que a autorização para vôos comerciais deveria ser homologada até outubro. A notícia deixou esperançosos os moradores de Rio Novo. Tanto que a prefeitura abriu licitação para placas de táxis, que devem operar no terminal. Porém, informações obtidas na Infraero pelo Panorama não confirmam a expectativa. Segundo a assessoria da empresa aeroportuária, o início da operação ainda depende de obras que devem ser executadas pelo Governo de Minas Gerais.

Em reunião com prefeitos da região, técnicos listaram como prioritários a reforma da MG-353, ligando-a à BR-040, e o corte de parte de um morro, que estaria atrapalhando o pouso de aeronaves de grande porte. A Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas, por sua vez, afirma que a licitação para a reforma da estrada já está aberta, mas sem prazo para ser concluída. Já sobre o morro, sequer há solicitação para a execução da obra.

CARGUEIRO

Antes da conclusão das obras, divulgou-se que o interesse era transformar o terminal em aeroporto de cargas. A intenção era facilitar o transporte dos produtos das fábricas da região, como, por exemplo, as integrantes do pólo moveleiro de Ubá. No entanto, a Infraero informou, por meio de nota, que o local funcionará para “aviação doméstica regular, com possibilidade
de vir a ter características de aeroporto cargueiro”.

Outra ressalva feita para que o terminal seja voltado para o setor industrial é a atração de novos investimentos. “Entretanto, para que isso aconteça, deverá, necessariamente, atrair indústrias para que justifique o transporte de insumos e produtos”.

Novo aeroporto construído entre as cidades de Rio Novo e Goianá, em Minas Gerais

Fonte: Lidiane Souza (Jornal Panorama) - Fotos: Rodrigo BSB / COB Construtora

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