segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Conheça as 10 maiores pistas de pouso e decolagem do mundo – uma delas é no Brasil


Qual a maior pista de pouso e decolagem do mundo? Esta disputa é acirrada e coloca frente a frente dois gigantes: China x Rússia. Estas duas potências mundiais disputam metro a metro o topo do ranking mundial da pista mais longa do planeta. Conheça abaixo o Top 10, que conta com uma participação brasileira.

1 – Aeroporto de Qambo Bamda / BPX



Este aeroporto na região Autônoma do Tibete, na China, tem a pista mais longa do mundo, 5.500 metros. A extensão é tão grande que um avião de grande porte consegue pousar, se quiser, utilizando somente meia pista. É claro que para isto ocorrer devemos levar em conta a alta altitude da localidade e as condições climáticas adversas.


Comparando o comprimento da pista chinesa com um dos aeroportos mais movimentados do Brasil, ela é três vezes maior do que a do Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Qamba Banda até pouco tempo atrás também levava o título mundial de aeroporto na maior altitude – descubra diferentes curiosidades sobre os aeroportos e voos pelo mundo.

2 – Aeroporto de Zhukovsky / ZIA



Esta antiga base militar e recentemente promovida a aeroporto moscovita de Low Costs, Zhukovsky conta com uma pista de 5.402 metros. Ele está localizado a 40 quilômetros a sudoeste do centro de Moscou.

3 – Aeroporto de Ulyanovsk Vostochny / ULY



Inaugurado em 1983, este aeroporto está localizado perto da cidade de Ulyanovsk. Além de ocupar a terceira posição com 5.000 metros de comprimento, esta pista russa ocupa o topo do ranking em relação a largura com 105 metros. O aeroporto serve como base para Aviastar-SP, a fabricante aeronáutica do Antonov An-124 e Tupolev Tu-204.

4 – Aeroporto de Shigatse Peace/ RKZ



Mais um aeroporto chinês aparece no Top 4 e novamente na região Autônoma do Tibete. Aqui há um empate com a pista russa de Ulyanovsk com 5 quilômetros de extensão. Este aeroporto atende Shigatse, a segunda maior cidade do Tibete.

5 – Aeródromo de Gavião Peixoto



A quinta colocada na lista de maiores pistas de pouso e decolagem do mundo fica no Brasil. O aeródromo Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, tem a mais longa pista de pouso para aviação comercial das Américas e pertence a fabricante Embraer. Ela tem 4.967 metros de comprimento. Aproveite para conhecer as pistas de pouso e decolagem mais longas do Brasil.

6 – Aeroporto de Upington Airport / UTN



Esta pista, no noroeste da África do Sul, tem 4.900 metros. O aeroporto foi inaugurado em 1968. A longa pista foi pensado para atender as necessidades de Boeing 747 no limite de peso. O local foi muito usado o reabastecimento de aeronaves que seguiam para a Europa.

7 – Aeroporto Internacional de Denver / DEN


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O aeroporto norte-americano conta com seis pistas, mas a maior delas é a 16R/34L com 4.877 metros. Denver leva outro título: o maior aeroporto do mundo em infraestrutura construída. O local ocupa 13.726 hectares de área construída, levando em conta: hangares, terminais, pistas, etc.

8 – Aeroporto de Doha / DOH



Inaugurado em 2014, o aeroporto internacional Hamad é a principal porta do entrado do país árabe e sede da Qatar Airways. Milhares de passageiros passaram por seus corredores durante a Copa do Mundo de 2022. A pista 16R/34L tem 4.850 metros.

9 – Aeroporto de Madri Torrejón / TOJ



Aqui aparece o primeiro aeroporto europeu com as maiores pistas do mundo. Este aeroporto não é o principal da capital espanhola. Sua longa pista de 4.818 metros é utilizada por aviões do governo, militares e executivos. O aeroporto de Torrejón está localizado a 24 quilômetros de Madri e até a década de 80 registrava uma forte presença militar norte-americana.

10 – Aeroporto de Erbil / EBL



Localizado no norte do Iraque, na Região Autônoma do Curdistão, Erbil é a maior cidade curda com 1,1 milhão de habitantes. O aeroporto inaugurado em 2005 conta com uma pista de 4.800 metros, mas desde a década de 70 ali funcionava uma base militar iraquiana

Como os motores de avião são revisados?

Os motores de aeronaves passam por um processo de revisão passo a passo que inclui limpeza e inspeção, desmontagem, reparo ou substituição, montagem e teste.

Motor Trent XWB (Foto: Joao Carlos Medau via Flickr)
Os motores de aeronaves são máquinas complexas que exigem manutenção , reparo e revisão imaculadas em vários intervalos ao longo de sua vida útil. Os motores de aeronaves estão sujeitos a desgaste extremo devido a vibrações causadas por componentes rotativos. Além disso, a exposição constante a climas variados resulta em tensões físicas e materiais no motor.

Geralmente, um motor a jato requer uma revisão completa a cada 5.000 horas de voo ou 3.000 ciclos de voo. A definição de um ciclo de voo pode diferir entre diferentes OEMs, mas como regra geral, é o aquecimento do motor a uma potência específica, seguido de resfriamento.

A revisão completa dos motores a jato é um processo passo a passo sincronizado que é realizado em uma instalação certificada de Manutenção, Reparo e Revisão (MRO).

Etapa 0: Remoção e indução


Motor sendo transportado (Foto: Kentaro Iemoto via Wikimedia Commons)
A usina é desmontada da aeronave e as carenagens, escapamento e vários outros sistemas são removidos. O motor chega às instalações da MRO sujo e o histórico de manutenção é identificado. É definido um escopo de trabalho de revisão, que inclui o nível de reparo necessário no motor durante sua visita.

Etapa 1: inspeção de entrada


O motor recebe um banho completo com água e fluidos especializados para remover qualquer sujeira e depósitos na superfície. Uma limpeza completa é necessária para realizar uma inspeção visual para identificar danos e desgaste aparentes. Além disso, uma inspeção de boroscópio (um tubo flexível com uma câmera para visualizar espaços apertados) é realizada para identificar desgaste e rachaduras no interior.

Passo 2: Desmontagem


Motor PW em manutenção (Foto: Clemens Vasters via Flickr)
No compartimento do motor, o motor é desmontado em seções modulares, como seção do ventilador, seção do compressor, seção de combustão, seção da turbina e seção de acionamento de acessórios. Cada módulo é enviado para seu respectivo compartimento modular, onde ocorre a posterior desmontagem das peças.

Um motor a jato típico consiste em algo entre 30.000 e 40.000 peças individuais. Cada parte é rotulada de acordo com seu módulo e organizada para a próxima etapa.

Etapa 3: limpeza e reparo


Direcionamento do motor a jato (Foto: dirrgang via Flickr)
Dependendo dos métodos de processamento descritos no manual do OEM, as peças individuais entram na linha de limpeza antes de cada peça ser inspecionada individualmente. Inspetores certificados marcam as peças como reparáveis, reparáveis ​​ou rejeitadas (sucata). Enquanto as peças reparáveis ​​são armazenadas temporariamente para serem usadas durante a montagem, as peças reparáveis ​​são enviadas para revisão e certificação.

Mecânicos especializados examinam e reparam as peças de acordo com os manuais de reparação. É importante observar que as peças com vida útil limitada (LLPs) devem ser substituídas durante o processo de revisão. Tais peças não chegam às linhas de limpeza ou inspeção e são descartadas na desmontagem.

Etapa 4: Montagem

Reparação CFM56 KLM (Foto: KLM)
Os módulos individuais são montados com peças reparáveis ​​(novas e reparadas). Os componentes rotativos, como as pás e o ventilador, são balanceados de acordo com os limites para evitar vibrações excessivas durante a operação. Cada módulo concluído chega à linha de montagem antes que o motor seja reconstruído.

Etapa 5: teste


Teste do motor (Foto: KLM)
O motor vai para a estação de testes, onde é submetido às condições de operação. O motor é submetido às condições mais difíceis, incluindo velocidades e temperaturas variadas. Se os parâmetros cruciais de desempenho estiverem dentro dos limites aceitáveis, o motor passa no teste.

O motor é removido da estação de testes e, após uma inspeção visual final, é emitido um certificado de aeronavegabilidade . Neste momento, o motor brilhante de contador zero está pronto para voar e retomar os voos por anos.

Tempo e custo


Para uma revisão completa, um motor a jato pode passar de 60 a 90 dias em uma instalação de MRO. O relógio começa quando o motor é introduzido na oficina e termina com a emissão do certificado de aeronavegabilidade.

O custo médio de uma revisão completa pode ser um quarto do preço do motor quando novo. Motores grandes podem custar entre US$ 2 milhões e US$ 5 milhões para uma revisão completa.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu (com informações da Simple Flying)

Aconteceu em 23 de outubro de 2022: Grave acidente durante o pouso do voo Korean Air 631


Em 23 de outubro de 2022, o Airbus A330-322, prefixo HL7525, da Korean Air (foto abaixo), operava o voo 631 (KE631/KAL631), um voo regular de passageiros do Aeroporto Internacional de Incheon, perto de Seul, na Coreia do Sul, para o Aeroporto Internacional Mactan–Cebu, em Metro Cebu, nas Filipinas. 

A aeronave com número de série do fabricante 219, tinha de 24 anos, e voou pela primeira vez em 12 de maio de 1998. Ela foi entregue nova à Korean Air em 26 de junho de 1998. A aeronave era equipada com dois motores Pratt & Whitney PW4168.

O voo partiu de Seul às 19h20 KST (10h20 UTC) e estava programado para pousar em Cebu às 22h00 PHT (14h00 UTC). A bordo estavam 165 passageiros e 11 tripulantes.

Por volta das 22h12 PHT (14h12 UTC), o voo KE631 estava na aproximação final para a pista 22 de Mactan–Cebu quando executou uma arremetida. 

Uma segunda tentativa de pouso às 22h26 não teve sucesso. Posteriormente, a aeronave circulou a nordeste de Cebu por aproximadamente 30 minutos antes de realizar uma terceira aproximação. 

Na terceira tentativa, a aeronave pousou com sucesso às 23h08, mas não conseguiu parar na pista. A aeronave continuou além do final da pista, atingindo um conjunto de iluminação do sistema de pouso por instrumentos antes de parar 300 metros (980 pés; 330 jardas) além da cabeceira da pista. 


De acordo com relatos de testemunhas oculares, "O conjunto de iluminação do sistema de pouso por instrumentos foi colocado sobre as asas da aeronave quando a aeronave foi parada no pântano."

Relatórios meteorológicos indicaram que a velocidade do vento era de 9 nós (17 km/h; 10 mph) do sudoeste a 220 graus. Quando a aeronave pousou na pista 22, havia um vento contrário de 9 nós. 


A visibilidade era de 8.000 metros (8,0 km; 5,0 mi) no momento do acidente, com trovoadas e chuva na área; não houve relatos de relâmpagos. Nuvens cumulonimbus foram espalhadas a 1.800 metros (5.900 pés) e nubladas a 9.000 metros (30.000 pés) acima de Cebu.

Outros aviões decidiram desviar devido ao clima antes das tentativas de pouso do KE631, mas não há informações sobre o intervalo de tempo entre os outros desvios e o voo da Korean Air.


Como resultado do acidente, os voos para Cebu foram forçados a regressar ao aeroporto de origem ou a desviar para o Aeroporto Internacional Francisco Bangoy, em Davao, ou para o Aeroporto Internacional Ninoy Aquino, em Manila. Mais de 100 voos foram totalmente cancelados.

A Korean Air publicou um pedido de desculpas em sua conta do Instagram , afirmando que “Uma investigação completa será realizada em conjunto com as autoridades de aviação locais e as autoridades coreanas para determinar a(s) causa(s) deste evento”.


Os comentaristas observaram que "há muitas perguntas sem resposta", incluindo por que a tripulação deste voo optou por tentar o pouso quando nenhum outro piloto considerou seguro. As notícias notaram as semelhanças com acidentes anteriores na Korean Air que foram causados ​​por erro do piloto e pela histórica cultura de segurança da companhia aérea.

Após outro incidente em que um motor de outro Airbus A330 da Korean Air apresentou defeito após a decolagem, a Korean Air anunciou que irá aterrar toda a sua frota de Airbus A330, enquanto se aguarda uma auditoria de segurança.


Desde 31 de outubro de 2022, a Korean Air alterou o número do voo da rota Seul – Cebu de KE631 para KE615. O voo de retorno para Seul, KE632, também foi alterado para KE616.

Duas semanas após o acidente, o HL7525 permaneceu no final da pista com a pintura e o logotipo removidos, embora a aeronave ainda não tenha sido retirada do local do acidente.

O acidente foi investigado pela Autoridade de Aviação Civil das Filipinas (CAAP), com a assistência de 40 oficiais do Escritório Coreano de Aviação Civil (KOCA) que chegaram a Bohol após o acidente.


Em 24 de outubro de 2022, as autoridades das Filipinas, bem como o Ministério de Terras, Infraestrutura e Transportes da Coreia, divulgaram um relatório preliminar que concluiu que uma falha hidráulica causou a falha dos freios da aeronave.

Em 25 de outubro de 2022, foi relatado que o capitão do voo prestou depoimento de que eles sofreram um pouso forçado em sua segunda aproximação devido ao cisalhamento do vento que os forçou a descer. Durante a volta seguinte, uma luz de advertência relativa aos freios acendeu. A tripulação, portanto, declarou emergência. Na terceira tentativa de pouso, uma luz de alerta referente à pressão dos freios acendeu e os pilotos não conseguiram desacelerar a aeronave.


Este acidente foi o 17º da Korean Air desde 1970, que resultou na baixa total de aeronaves e o primeiro em 23 anos, tornando-se a 14ª perda de casco de um Airbus A330.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia e ASN

Aconteceu em 23 de outubro de 1986: A queda do Voo 672 da PIA durante aterrissagem no Paquistão

Em 23 de outubro de 1986, o Fokker F-27 Friendship 600, prefixo AP-AUX, da PIA - Pakistan International Airlines (foto abaixo), partiu para realizar o voo doméstico PK-672, do  Aeroporto de Lahore em direção ao Aeroporto de Peshawar, ambas localidades do Paquistão.

A aeronave, fabricada em 1967, foi entregue à PIA em 30 de agosto do mesmo ano. Locada à Libyan Arab Airlines, em julho de 1972, retornou à PIA em abril de 1976. 

A bordo da aeronave estavam cinco membros da tripulação e 49 passageiros. No comando, o Capitão Reza Zaidi e do Primeiro Oficial Masood. O voo transcorreu sem problemas até a aproximação para o pouso.

A descida para o aeroporto de Peshawar foi executada com visibilidade limitada causada pela noite. O copiloto, que estava no comando quando da aproximação final para a pista 35, desceu abaixo do MDA até que a aeronave atingiu um dique e caiu de cabeça para baixo a cerca de 10 km da pista. 

Na queda, quatro tripulantes e nove passageiros morreram e o piloto e 40 passageiros ficaram feridos. A aeronave foi destruída.

Chegou a ser levantada a hipótese de que foliões em um casamento coletivo, que disparavam rifles para o ar, poderiam ter causado a queda do um avião. Segundo o relatório, sete noivos foram presos por "celebrações letais durante cerimônias de casamento". Posteriormente, essa hipótese foi descartada.

Como causa provável, foi apontado que o copiloto estava sob verificação de rota no momento do acidente e não conseguiu iniciar um procedimento de contornar enquanto continuava a abordagem abaixo do MDA. Por seu lado, o capitão se desviou do monitoramento da altitude e não supervisionou corretamente as ações do copiloto.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com baaa-acro, ASN e historyofpia.com

Aconteceu em 23 de Outubro de 1942: Colisão aérea entre o voo 28 da American Airlines e um bombardeiro B-34 do Exército dos EUA


Em 23 de Outubro de 1942, o voo 28 da American Airlines era servido pelo Douglas DC-3, prefixo NC16017, equipado com dois motores Wright Cyclone de 1.102 cavalos (822 kW) e hélices full-feathering. Ele havia sido aprovado e certificado pelo Conselho de Aeronáutica Civil , e estava classificado para transportar no máximo 21 passageiros e 4 tripulantes.

Ele era pilotado pelo capitão Charles Fred Pedley, de 42 anos, que voou por 12 anos com a American Airlines e que havia registrado mais de 17.000 horas de voo. O copiloto era o primeiro oficial Louis Frederick Reppert, Jr., um piloto de 26 anos com 800 horas de voo e seis meses de trabalho na companhia aérea. O terceiro membro da tripulação era a aeromoça Estelle Frances Regan, de 27 anos.

Um Douglas DC-3 da American Airlines similar ao avião envolvido na colisão
O voo 28 partiu do Terminal Aéreo Lockheed em Burbank, na Califórnia, às 16h36, com destino à Nova York, com escala programada em Phoenix, no Arizona. Além dos três tripulantes, estavam a bordo nove passageiros.

Às 17h02, o Capitão Pedley relatou sua posição sobre Riverside e estimou sua chegada sobre o marcador Indio às 17h22 e a 9.000 pés (2.700 m). 

Às 16h26, o bombardeiro Lockheed B-34 'Lexington' (Ventura IIA), número de série 41-38116, fabricado pela Lockheed Air Corporation e operado pela Força Aérea do Exército dos EUA, partiu de Long Beach com destino a Palm Springs, ambas localidades da Califórnia.

Um Lockheed B-34 'Lexington' similar ao envolvido na colisão
O B-34 era pilotado pelo Tenente William Norman Wilson, 25 anos, adido ao Comando de Transporte Aéreo e estacionado em Long Beach. Seu copiloto era o sargento Robert Reed Leicht, também de 25 anos, do Sexto Comando de Ferries, Forças Aéreas do Exército, e também estacionado em Long Beach.

O Tenente Wilson seguiu para Riverside, circulou duas vezes perto da Base da Reserva Aérea de Março e continuou em direção à passagem de San Gorgonio.

Aproximadamente às 17h15, a uma altitude de aproximadamente 9.000 pés (2.700 m), o voo 28 foi atingido pelo B-34. 

O DC-3 perdeu seu leme para a hélice do motor direito do B-34, junto com partes de sua cauda, caindo do céu em uma rotação plana, atingindo uma saliência rochosa no Chino Canyon, abaixo do pico San Jacinto, no Condado de Riverside, na Califórnia, antes de se espatifar no deserto e explodir.

Chino Canyon, na Califórnia
Posteriormente, o tenente Wilson testemunhou em seu processo de corte marcial que ele percebeu pela primeira vez que as duas aeronaves haviam colidido quando ouviu um "barulho e uma arrancada de meu avião... à minha esquerda". 

Ele também testemunhou que notou que sua aeronave andava lentamente e o motor certo parecia "áspero". Ele foi informado por seu copiloto que eles haviam atingido o avião. O B-34 ligou para a torre de Palm Springs para notificá-los do acidente e, posteriormente, pousou apenas com pequenos danos no Aeroporto do Sexto Comando do Exército, de Ferrying, em Palm Springs.

O operador de Burbank na estação da empresa relatou que havia recebido uma mensagem do voo 28 exatamente às 17h15, dizendo: "Voo 28 de Burbank... correção de Burbank do voo 28...". 

O operador de rádio só conseguiu distinguir o voo chamando Burbank, e embora ele tenha tentado responder, ele não recebeu resposta do voo 28. Ele então dirigiu a mensagem ao Superintendente de Voo da American Airlines em Burbank. O Conselho de Aeronáutica Civil (CAB) determinou que, como o voo 28 caiu às 17h15, era possível que os pilotos estivessem tentando relatar a colisão.

Todos os nove passageiros e três tripulantes a bordo do avião bimotor DC-3 morreram no acidente e subsequente incêndio; nenhum dos dois pilotos do Exército a bordo do B-34 ficou ferido. 

O piloto do exército foi posteriormente julgado por homicídio culposo, mas foi absolvido por uma comissão de julgamento em corte marcial. 

Entre as vítimas fatais do DC-3 estavam o vencedor do Oscar, o compositor Ralph Rainger, que havia escrito uma série de canções de sucesso, incluindo "I Wished on the Moon", "June in January", "Blue Hawaii", "Love in Bloom" (canção-tema de Jack Benny), e " Thanks for the Memory", canção que é a assinatura do ator Bob Hope.

Três investigações separadas sobre o acidente ocorreram: um inquérito do legista, uma investigação militar e corte marcial, e a investigação oficial do Congresso do Conselho de Aeronáutica Civil. Cada uma das três investigações foi independente das outras.

O inquérito legista foi a primeira investigação a ser concluída, ocorrendo logo após o acidente. Seu objetivo não era decidir a culpabilidade absoluta, mas sim determinar exatamente a forma de morte dos envolvidos. Durante o inquérito, os dois pilotos sobreviventes do Exército testemunharam que tinham visto o avião, mas que subsequentemente o perderam de vista quando sua aeronave se transformou em fumaça de um incêndio florestal próximo .

Funcionários da companhia aérea e pilotos tiveram motivos para dizer: "Eu avisei". Longas e altas teriam sido suas reclamações sobre os pilotos do Ferry Command que entravam e saiam do feixe das companhias aéreas sem informar as posições aos controles de tráfego.

Os investigadores de segurança aérea do CAB chegaram ao local do acidente à meia-noite de 23 de outubro. Os restos da aeronave foram colocados sob guarda militar durante a investigação.

Durante o curso da investigação, soube-se que o tenente Wilson do B-34 e o primeiro oficial Reppert do voo 28 haviam treinado juntos e se encontrado na noite anterior e conversado sobre suas chances de se encontrarem durante o voo. Embora eles tenham discutido brevemente a possibilidade de sinalizar um ao outro, eles não fizeram planos nesse sentido. 

O copiloto do B-34, sargento Leigh, disse aos investigadores que Wilson havia confidenciado que gostaria de voar perto do avião e "torcer o nariz para ele". Foi por esse motivo que o bombardeiro circulou duas vezes em torno da Base da Reserva Aérea de Março para garantir que as aeronaves se encontrassem durante o voo para Palm Springs.

Depoimentos subsequentes revelaram que o tenente Wilson voou em seu nível B-34 com o DC-3 e balançou as asas em saudação ao primeiro oficial Reppert. Quando o voo 28 não respondeu da mesma maneira, o B-34 cruzou a linha de voo do avião e acelerou para permitir que o DC-3 mais lento o alcançasse. Wilson voou perto do avião para tentar uma segunda saudação, mas calculou mal a distância entre a aeronave e, quando tentou puxar para cima, a hélice direita do B-34 cortou a cauda do avião.

O CAB determinou que a causa do acidente foi: "A conduta imprudente e irresponsável do Tenente William N. Wilson ao manobrar deliberadamente um bombardeiro próximo a um avião comercial em uma tentativa injustificável de atrair a atenção do primeiro oficial (copiloto) deste último avião." (Arquivo da Junta de Aeronáutica Civil nº SA-74, Arquivo nº 2362-42).

O Tenente Wilson enfrentou acusações de homicídio culposo pelo Exército dos EUA. Durante o processo da corte marcial, várias testemunhas militares apresentaram depoimentos que corroboraram as conclusões do CAB. Uma testemunha, no entanto, o soldado Roy West, prestou depoimento em contradição direta com as testemunhas anteriores. 

De acordo com a Private West: "Eles estavam passando por este Passo e o Bomber em uma margem direita e o avião passou por baixo dele. O avião de passageiros abaixou o nariz e a cauda subiu e atingiu o motor direito do Bomber e a cauda foi cortada." (Roy West, Soldado, Exército dos EUA, Tribunal do Exército, Procedimentos Marciais do Tenente William Wilson).

O CAB considerou a declaração de West pouco confiável, já que quando o nariz de um avião afunda, a cauda não sobe em uma quantidade tão significativa como testemunhado por West. No entanto, a comissão de julgamento da corte marcial absolveu o tenente Wilson da culpa no acidente.

O Lockheed B-34 que colidiu com o voo 28 da American foi reparado e redesignado como um rebocador alvo RB-34A-4. Em 5 de agosto de 1943, o mesmo RB-34, número de série 41-38116, sofreu falha de motor durante um voo de balsa e caiu em Wolf Hill, perto de Smithfield, em Rhode Island, matando todos os três membros da tripulação.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia

Hoje na História: 23 de outubro de 1906 - Santos Dumont levantava voo com o 14-Bis

(Foto: Jules Beau/Domínio Público)
O voo do brasileiro Alberto Santos Dumont, em uma distância de 60 metros com o 14-Bis, no Campo de Bagatelle, em Paris, marcou historicamente aquele 23 de outubro de 1906 e consagrou ainda mais o inventor. O aparelho subiu 2 metros de altura e foi o bastante para a humanidade olhar para cima e para o futuro de forma diferente.

O feito inédito, porém, é "apenas" a parte mais famosa das conquistas, segundo apontam os pesquisadores da vida e das obras daquele mineiro que ficou conhecido como o Pai da Aviação.

Até aquela data (e depois também), o enredo é de uma história de coragem, perspicácia, generosidade e divulgação científica como rotina de vida. Característica, aliás, de um período de fascínio pela tecnologia e pelas descobertas. Autor de quatro livros sobre Santos Dumont, o físico Henrique Lins de Barros, especialista na história do gênio inventor, destaca que feitos anteriores foram fundamentais para que as atividades aéreas se consolidassem.


Ele cita que o brasileiro inventou e patenteou o motor a combustão para aviões, em 1898, o que viabilizou o sonho de um dia decolar. Uma característica de Santos Dumont é que ele criava, patenteava e liberava a utilização para quem quisesse. Três anos depois do motor, a conquista da dirigibilidade, também por parte de Dumont, foi uma ação revolucionária.

"Ele aprendeu a voar de balão, fez os primeiros dirigíveis. Todos eles, até o número 6, têm inovações impressionantes, com mudanças conceituais. Ele sofreu diversos acidentes, mas aprendeu a voar. Foi assim que ele descobriu quais eram os problemas de um voo controlado. Quando ele ganhou o Prêmio Deutsch, em 1901 [com o dirigível número 5], ele tinha domínio total. Em 1902, ele já tinha os dirigíveis até o número 10 construídos".

“Ele tem uma produção, em dez anos, em que ele idealiza, constrói, experimenta mais de 20 inventos. Todos revolucionários. Ele tem intuição para o caminho certo e criatividade para ir adiante. Os colegas deles inventores diziam que ele fazia em uma semana o que os outros demoravam três meses”, afirma Henrique Lins de Barros.

Voo sob controle


De acordo com o escritor Fernando Jorge, biógrafo de Santos Dumont, a descoberta da dirigibilidade, por parte do brasileiro, foi um marco decisivo para o que ocorreria depois. "Entendo que foi um momento supremo e culminante para a história da aeronáutica mundial."

Para o arquivista Rodrigo Moura Visoni, pesquisador dos inventores brasileiros e autor de livro sobre Santos Dumont, as fotos mostram detalhes da emoção que tomou conta das pessoas quando houve a conquista da dirigibilidade. "Santos Dumont foi convidado para rodar o mundo. Foi, sem dúvida, um grande feito. Para se ter uma ideia, o número de notícias sobre a conquista do Prêmio Deutsch supera a do primeiro voo [cinco anos depois]. Isso é explicado porque a busca pela dirigibilidade já tinha 118 anos. Ele resolve um problema secular. Além disso, a descoberta permitiu a era das navegações aéreas", afirma.

O voo do 14-Bis na capa do Le Petit Journal de 25 de novembro de 1906
Segundo o que Visoni pesquisou, Alberto Santos Dumont disse, em várias entrevistas, inclusive pouco antes de morrer, que a maior felicidade dentre todas as emoções foi a conquista da dirigibilidade. "Isso é muito curioso. Ele dizia que o dia mais feliz não foi o dia em que ele faz a prova do Prêmio Deutsch, nem o 23 de outubro ou o 12 novembro de 1906 [em que ele faz o voo de 220 metros pela Federação Aeronáutica Internacional]. O dia mais feliz teria sido o 12 de julho de 1901, quando ele percebeu que resolveu o problema de dirigibilidade aérea. Foi uma demonstração impressionante. Ele vai aonde ele quer. Ele estava totalmente integrado ao dirigível."

O Prêmio Deutsch (no valor de 100 mil francos) foi conferido a Santos Dumont por ele ter conseguido circular a Torre Eiffel em julho. Mas os juízes garantiram a vitória ao brasileiro somente em novembro daquele ano. Os 120 anos da dirigibilidade, assim, devem ser celebrados no mês que vem.

Na ocasião, o dinheiro foi distribuído para a equipe do aviador e para pessoas pobres da capital francesa. "Ele era um homem muito generoso", afirma o biógrafo Fernando Jorge.

"Tomem cuidado!"


A série de demonstrações públicas que ele faz dos seus inventos devia sempre ser acompanhada da presença de repórteres. "Os jornalistas registravam e Santos Dumont publicava o que ele estava fazendo. Essa é uma característica impressionante. Ele divulga tudo. Tanto o que ele acerta como o que ele erra. Essa é uma característica impressionante dele. Quando ele erra, ele descreve e alerta: 'Tomem cuidado!'. Ele estava maduro na arte dos balões", afirma Lins de Barros.

População francesa assiste ao voo do 14-Bis em 1906 (Foto: Domínio Público)
A postura de Santos Dumont não era apenas a de um inventor, mas a de um divulgador científico, explicam os pesquisadores. "Ele foi um divulgador honesto."

Entre 1901 e 1906, Santos Dumont passou a entender o que era o voo do avião. "O 14-Bis ele fez em pouquíssimo tempo, pouco mais de um mês. Em setembro, por exemplo, ele experimenta e faz vários testes com o aparelho."

Em 23 de outubro, ele, após quatro tentativas, consegue voar os 60 metros. Assim ele mostra para todos os aviadores da época que era possível voar com o mais pesado que o ar. Uma revolução. A vitória significou o Prêmio Archdeacon. Bastaria voar 25 metros. Santos Dumont fez um percurso de mais que o dobro.

Demoiselle, a primeira de uma série


Depois do voo, outros inventores entenderam quais eram os problemas. Em 1907, Santos Dumont apresenta o Demoiselle (invenção número 20), um ultraleve. "No ano seguinte, Santos Dumont publica em uma revista popular o plano detalhado do Demoiselle para quem quisesse construir. Esse modelo passa a ser o primeiro produzido em série na aviação", explica Lins de Barros. O modelo foi vendido para um pioneiro da aviação na França, Roland Garros.

(Foto: Reprodução/Iara Venanzi/Itaú Cultural)

Santos Dumont x irmãos Wright


Nessa época, também, surge uma polêmica com dois norte-americanos, os irmãos Wright (Wilbur e Orville), que alegam terem sido os pioneiros do voo. Os pesquisadores explicam que os aviadores não têm registros de voos, com decolagem, dirigibilidade e pouso antes de 1906 sem uso de catapultas (que impulsionavam os aparelhos para o ar).

Em 1908, Santos Dumont, acometido por esclerose, abandonou o voo. O registro é de que ele se suicidou em 1932, em um hotel no Guarujá (SP). O biógrafo do aviador, Fernando Jorge, lamenta que o final da vida do genial brasileiro tenha sido de martírio diante da doença e da depressão. "Ele era um homem tímido e que revelava que não queria casar porque não queria deixar a esposa viúva. De toda forma, o que sempre me impressionou na personalidade dele foi a combinação impressionante da tenacidade, da coragem e da perseverança. Foi um gênio da humanidade."

Via Luiz Claudio Ferreira (agenciabrasil.ebc.com.br)

Hoje na História: 23 de outubro de 1911 - Pela primeira vez, o avião é usado em uma guerra

Capitão Carlo Piazza na cabine de seu Blériot XI (Foto: Aeronautica Militaire)
No dia 23 de outubro de 1911, o exército italiano executou o que é considerada a primeira operação militar da história com uma aeronave. Nesse dia, o capitão italiano Carlo Piazza voou com um Blériot XI sobre o interior de Trípoli, hoje na Líbia e na época um território otomano, em missão de reconhecimento para marcar as posições inimigas.

Nove dia depois da missão de Piazza, em 1 de novembro, a Itália realizou o primeiro bombardeiro aéreo. O militar responsável pela proeza foi o tenente Giolio Gavotti, que lançou pequenas bombas manualmente sobre tropas otomanas em Trípoli, a partir de um Etrich Taube, avião fabricado na Alemanha – e também o primeiro avião militar alemão.

As bombas lançadas pelos bombardeiros italianos pesavam cerca de 1,5 kg. No Taube, era possível carregar quatro desses artefatos, com explosivos compostos de dinamite. O ataque era como o de uma granada de mão: o piloto puxava um pino (geralmente com a boca) e lançava a bomba em baixa altitude com uma mão para fora do avião, enquanto a outra permanecia no manche.

O Taube, que em alemão significa “Pomba”, era um pouco maior que o Blériot XI e também mais potente, com motor de 85 hp. Já o tecido que revestia a fuselagem era tão fino que o avião praticamente ficava invisível no céu quando voava a mais de 400 metros de altitude, fator que também o tornava uma plataforma ideal para operações de reconhecimento.

Após as primeiras experiências, o exército italiano continuou com os voos de reconhecimento e bombardeiro contra o Império Otomano, cujos combates ficaram concentrados na região costeira da Líbia. Invariavelmente, os italianos também tiveram a primazia de ter o primeiro avião abatido da história. Em 1912, soldados otomanos derrubaram um Taube a tiros de fuzil. Foi o único abate no conflito.

Os danos causados pelos aviões italianos contra as forças otomanas são desconhecidos, mas levam a crer que foram positivos. Em 18 de outubro de 1912, o conflito foi encerrado e a Itália incorporou o território da Líbia ao seu reino. Cerca de 12.000 militares e civis das duas nações morreram durante o conflito – a Líbia se tornou independente da Itália somente em 1952.

Com informações de airway.com.br, thisdayinaviation.com e wearethemighty.com

Arremetida: entenda o que é a manobra e em que circunstâncias é feita

Especialistas dizem que manobra, apesar de assustar passageiros, não representa perigo ao voo.


A arremetida é uma manobra em que o avião interrompe a aproximação quando está prestes a pousar --tecnicamente, é chamada de "procedimento de aproximação perdida".

A imagem pode assustar quem assiste ao vídeo e trazer desconforto para quem estiver dentro do avião, mas especialistas afirmam que não há perigo. A manobra é adotada justamente para garantir a segurança (entenda abaixo).

O que pode provocar a arremetida?


Manobra de arremetida de aviões (Foto: Elcio Horiuchi/Arte/G1)
Segundo pilotos, a manobra de arremeter um avião para evitar a aterrissagem pode acontecer por diversos fatores, sejam eles operacionais, meteorológicos ou questões de fluxo do tráfego aéreo. Alguns exemplos:
  • condições meteorológicas adversas, como vento ou chuva em excesso;
  • algum objeto estranho na cabeceira da pista;
  • avião se aproxima da pista com velocidade maior do que a necessária;
  • aeronave apresenta uma inclinação ou altitude não adequadas;
  • pista está molhada além dos parâmetros normais de segurança;
  • avião com algum problema mecânico.

Manobra é para garantir a segurança


Os pilotos reforçam que o procedimento faz parte dos treinamentos justamente para que o comandante da aeronave tenha total conhecimento da manobra caso ela seja necessária.

"Os parâmetros de voo precisam estar totalmente estabilizados durante toda a aproximação, principalmente na parte final do voo, para que o piloto realize a manobra de pouso. Dessa forma, as empresas adotam como prática padrão de que, se a aproximação não estiver estabilizada, a arremetida é um procedimento mandatório. Ou seja, executa a arremetida, tenta de novo e faz uma nova aproximação", explica comandante Eduardo Antunes, diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas.

"Não me recordo de nenhum acidente relacionado com arremetida, ao menos recentemente, muito menos na nossa aviação comercial brasileira", conta Antunes. "É muito mais seguro conduzir uma arremetida do que você prosseguir em uma aproximação e posterior pouso com uma aeronave que não esteja dentro dos parâmetros adequados", diz Antunes.

Luiz Alberto Maia, proprietário da escola de aviação civil Educar, de Niterói, reforça que o procedimento de arremeter é treinado com rigor na preparação dos pilotos, que precisam estar sempre preparados para a manobra.

"Esse procedimento não representa perigo nenhum para a tripulação. O perigo existiria caso o piloto não fizesse", explica Maia.

Há alguma particularidade nos voos do Santos Dumont?


O Santos Dumont é um aeroporto de pista curta devidamente autorizado a receber voos de jatos comerciais de passageiros. A aproximação dos aviões no aeroporto requer precisão bastante alta, e não é incomum que arremetidas aconteçam.

Renato Luís Salvador Gonçalves, chefe de equipamento na Azul, lembra que o Santos Dumont tem uma legislação especial e que os pilotos precisam ter um treinamento específico para poderem operar no aeroporto.

"É uma aproximação na qual o piloto não conta com a ajuda de instrumentos auxiliares. Boa parte das aproximações acontecem de maneira visual. Em algum momento, o piloto tem que ficar olhando para fora e conseguir ajustar a velocidade, inclinação da rampa e todos os outros parâmetros de voo para justamente conseguir pousar na área de toque", explica.

O que é preciso avaliar após arremeter?


Ainda de acordo com o especialistas ouvidos, o piloto precisa avaliar as condições meteorológicas e de combustível para saber o que fazer depois de arremeter.

Se as condições climáticas forem favoráveis para que o pouso aconteça no mesmo aeroporto onde a chegada do avião estava prevista, precisa retornar com o avião para o tráfego daquele terminal (uma espécie de fila virtual). mantendo o contato com a torre de controle para que ele saiba o momento exato de se aproximar da pista novamente.

Caso as condições meteorológicas impeçam a aterrissagem naquele terminal, o piloto precisa checar a quantidade de combustível que ele tem para levar o avião para um outro aeroporto.

No caso do Rio de Janeiro, a primeira alternativa é o Aeroporto Internacional do Galeão e a segunda opção é voar até o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Por Raoni Alves, Zeca Guimarães, José Raphael Berrêdo, g1 Rio

23 de Outubro: Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira


A data celebra os profissionais que pilotam aviões, sejam eles comerciais, de transporte ou privados. As pessoas que, assim como Santos Dumont, o "pai da aviação", se arriscam nos céus e levam os passageiros aos seus destinos em uma das invenções mais maravilhosas do século XX.

Origem do Dia do Aviador

No dia 23 de Outubro de 1906, o brasileiro Alberto Santos Dumont, torna-se o primeiro ser humano a voar! A bordo do 14-Bis, sua criação, Dumont faz um voo no Campo Bagatelle, na França, que ficaria registrado como o inicio de uma grande revolução nos meios de transporte na Terra: o avião.

A Lei nº 218, de 4 de Julho de 1936, decreta o dia 23 de Outubro como Dia do Aviador no Brasil, em homenagem ao primeiro voo feito na história e graças a um brasileiro!

O Decreto de Lei nº 11.262, publicado no Diário Oficial da União, decretou que 2006 seria o Ano Nacional Santos Dumont, o Pai da Aviação (em homenagem ao centenário do primeiro voo de Dumont).

No dia 23 de Outubro também se comemora o Dia da Força Aérea Brasileira.

Homenagem ao Dia do Aviador

"Existe piloto que não é aviador.

Existe médico que não é doutor.

Existe gente que não gosta de avião.

Mas qualquer um pode ter essa paixão.

Aviador, é quem ama a aviação.

Aviação é paixão"

Fonte: Portal FAB

domingo, 22 de outubro de 2023

5 curiosidades sobre o Boeing C-17 Globemaster III

O C-17 é um avião de transporte militar pronto para tudo.

Um Boeing C-17 Globemaster da Força Aérea dos EUA (Foto: Renatas Repcinskas/Shutterstock)
Em 15 de setembro de 1991, o C-17 Globemaster III da Boeing embarcou em sua viagem inaugural. Apenas dois anos depois, o primeiro modelo de produção foi entregue na Base Aérea de Charleston, agora conhecida como Base Conjunta de Charleston. Inicialmente interessado em 120 exemplares do C-17 da Boeing, o orçamento militar dos EUA acabou permitindo bem mais de 200 aeronaves. Vários aliados, como Reino Unido, Canadá, Austrália e vários outros, também utilizam o tipo.

Uma ponte aérea crítica deve estar de prontidão, pronta para partir e ajudar a sustentar uma força eficaz. O confiável C-17 pode cumprir missões de combate, manutenção da paz e humanitárias em todo o mundo para atender às necessidades dos interesses governamentais mais modernos e dos conflitos globais.

1. Um tamanho serve para todos


O impressionante avião de transporte aéreo da Boeing pode transportar quase qualquer item ou equipamento transportável por via aérea que o Exército dos EUA possa desejar. Com capacidade máxima de carga útil de 170.900 libras (77.519 kg) e peso bruto máximo de decolagem de 585.000 libras (265.352 kg), o Globemaster III pode transportar até mesmo o maquinário militar mais desafiador.


Por exemplo, a Boeing se gaba de que o C-17 pode transportar um M1 Abrams, o principal tanque do Exército dos EUA, cujas especificações mais modernas podem atingir quase 70 toneladas. Isto é sem dúvida impressionante, mas a única razão pela qual pode transportar um é o peso do tanque; caso contrário, haveria muito espaço para mais. Notavelmente, o Globemaster III atingiu a sua 4 milhões de horas de voo em janeiro de 2021, uma das plataformas mais rápidas a fazê-lo, uma prova da sua utilidade.

2. Construído para o longo prazo


Ao projetar o C-17, a Boeing maximizou o uso de equipamentos comerciais, incluindo aviônicos padronizados pela Força Aérea. O transporte aéreo é operado apenas por um piloto, um copiloto e um comandante de carga, o que significa necessidades de mão de obra, exposição a riscos e custos operacionais significativamente baixos. Além disso, a Boeing garante vários valores aos operadores militares para garantir fiabilidade e rentabilidade.

Um Boeing C-17 Globemaster III da RAF (Foto: IanC66/Shutterstock)
As necessidades de confiabilidade e manutenção influenciaram o Globemaster III. De acordo com a Força Aérea dos EUA, a aeronave da Boeing apresenta uma taxa de probabilidade de sucesso de conclusão da missão de 92%. Além disso, para cada hora que uma aeronave relativamente complexa voa, são necessárias em média apenas 20 horas-homem de manutenção de aeronaves. E ainda por cima, as taxas de disponibilidade total e parcial da missão são de 74,7% e 82,5%, respectivamente.

3. Um artista poderoso


O Boeing C-17 Globemaster III é movido exclusivamente por quatro motores Pratt & Whitney F117-PW-100. Na verdade, o P&W F117 é a designação militar do PW2000, equipando todas as variantes da família de aeronaves bimotoras 757 do fabricante de aeronaves americano, incluindo o transportador VIP governamental C-32.


Cada motor é classificado para 40.440 lb de empuxo e possui um reversor de empuxo. Os reversores do C-17 redirecionam o fluxo de ar para cima e para frente, ajudando a evitar a ingestão de poeira e detritos e, assim, reduzindo as chances de danos. Este conjunto de quatro motores permite que o Globemaster III atinja muitas de suas capacidades operacionais características.

4. Indo longe


De acordo com a Boeing, quando abastecido com uma carga útil de 164.900 libras (74.800 quilogramas), o C-17 Globemaster III pode viajar sem reabastecimento aproximadamente 2.400 milhas náuticas. E com uma velocidade de cruzeiro de cerca de 450 nós (0,74 Mach), o impressionante transporte aéreo pode ser utilizado para uma gama substancial de missões.

Um Boeing C-17 Globemaster III da Qatar (Foto: Andrew Harker/Shutterstock)
Conforme explicado pela 445ª Asa de Transporte Aéreo da Força Aérea dos EUA, o C-17 da Boeing foi projetado para lançar 102 pára-quedistas totalmente equipados, 54 na parede lateral, mais 48 ao longo da linha central. Em geral, a aeronave pode facilitar um único lançamento de carga útil de cerca de 60.000 lb (27.220 kg) ou lançar cargas sequenciais totalizando 110.000 lb (49.900 kg). A carga pode ser carregada no Globemaster III através de sua grande porta traseira que pode aceitar carga paletizada ou, como mencionado anteriormente, veículos grandes e para-quedistas.

5. Onde você quiser ir


Os militares podem precisar agir em qualquer lugar, a qualquer hora. Para tais missões, é imperativo que o exército seja capaz de fornecer suprimentos essenciais ou mão de obra para áreas do globo de difícil acesso. Felizmente, o C-17, por maior que seja, é capaz de trabalhar com a maioria dos aeródromos. O projeto do Globemaster III da Boeing facilita as operações em campos de aviação e pistas de pouso pequenos e áridos.

Um C-17 Globemaster III da Força Aérea da Índia (Foto: víbora-zero/Shutterstock)
Segundo a fabricante de aeronaves americana, o C-17 é totalmente capaz de decolar de uma pista de 7.000 pés de comprimento (2.133,6 metros) e pousar em uma pista de até 3.000 pés (914,4 metros), às vezes até mais curta. Como bônus, mesmo operando em uma pista de pouso de apenas 27,4 metros (90 pés) de largura, o C-17 Globemaster III pode girar usando um giro de três pontos e um reversor de empuxo do motor.

Pilotos da British Airways hospitalizados após odor desagradável no Airbus A320

O voo estava operando entre Newcastle e Londres.

(Foto: Airbus)
Um rápido salto doméstico para os pilotos da British Airways se transformou em uma ida ao hospital depois de perceberem um odor desagradável a bordo. Em 19 de outubro, o serviço operava como BA1321 entre Newcastle e Londres Heathrow. O Airbus A320 estava a uma altitude de 27.000 pés quando a tripulação relatou sentir-se mal. Eles vestiram máscaras de oxigênio e contataram o controle de solo do LHR, garantindo que o voo pudesse pousar com segurança com o que parecia ser um voo completo.

O voo BA1321


O voo estava previsto para partir do Nordeste às 06h00. No entanto, só saiu do Aeroporto Internacional de Newcastle às 07h54. Enquanto estava em sua altitude de cruzeiro de 27.000 pés, o fedor apareceu, e isso tirou da água o horário programado de chegada, 07h20, com a aeronave pousando com segurança na pista 27L de Londres Heathrow às 09h06.

A aeronave começou a descer em direção a Londres enquanto passava por Birmingham e foi colocada em espera a leste de Watford, antes de contornar a capital inglesa no sentido horário antes de pousar no aeroporto mais movimentado do Reino Unido.

Assim que a aeronave chegou em segurança ao Terminal 5 de Heathrow, os dois pilotos foram avaliados no centro médico do aeroporto e, após serem considerados inalados de fumaça, foram encaminhados a um hospital local para exames adicionais em ambulância.

(Imagem via Flightradar24)
Com o Airbus A320-200 causando grande rebuliço, a aeronave permaneceu no pátio do Terminal 5 de Heathrow durante a maior parte do dia para manutenção e operou o BA954 para Munique, Alemanha, às 16h35 daquela tarde. A aeronave permaneceu em serviço regular sem incidentes desde então. A British Airways divulgou este comentário sobre o incidente: 'O voo pousou com segurança e os clientes desembarcaram normalmente após um pequeno problema técnico com a aeronave.'

A aeronave de prefixo G-EUUF


O Airbus A320-200 de 21,4 anos realizou seu primeiro voo de teste sob o registro francês F-WWIY em junho de 2002 antes de entrar em serviço comercial para a British Airways em 29 de julho de 2002. Dois motores IAE V252-A5 o alimentam e, de acordo com o Flightradar24, parece estar baseado em Londres Heathrow e está configurado em todas as configurações da classe econômica com 180 assentos.

(Foto: Markus Mainka/Shutterstock)

O Aeroporto Internacional de Newcastle (NCL)


O voo começou no Nordeste da Inglaterra, onde fica o Aeroporto Internacional de Newcastle. O aeroporto está baseado em Woolsington e atende o Nordeste da Inglaterra, Cumbria, além da fronteira escocesa. É um hub para a transportadora regional Loganair e recebe serviços frequentes da Jet2, Ryanair, easyJet e da companhia aérea charter TUI.

A Emirates oferece o único serviço de longo curso, conectando Dubai e Newcastle diariamente com o Boeing 777 ou outras companhias aéreas que podem fornecer conexões de longo curso, incluindo KLM para Amsterdã, Air France para Paris Charles de Gaulle, Lufthansa para Frankfurt e Aer Lingus. para Dublim.