Muita gente tem medo de voar e isso se deve em boa parte aos mitos que ouvimos sobre aviões e às manchetes sensacionalistas das grandes mídias. Você dificilmente vê uma notícia sobre um acidente de carro como destaque na primeira página de um jornal ou portal, mas acidentes aéreos estão, quando acontecem, sempre lá.
Mas a verdade é que aviões ainda são um dos meios de transporte mais seguros do mundo. Em 2012, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) indicou que houve apenas um acidente para cada cinco milhões de voos – um número infinitamente menor do que o de vítimas em acidentes de trânsito nas estradas.
Com essa lista, vamos desmitificar alguns dos mitos sobre aviões, para você poder viajar mais tranquilo.
Mito 1 – O risco é grande
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Como já dissemos, acidentes de aviões podem ser considerados raros, se observarmos a quantidade de voos diários ao redor do mundo. Segundo Arnold Barnett, professor do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), as chances de uma pessoa morrer durante um voo é de 1 em 90 milhões.
Comparativamente, as chances de morrer em um acidente de estrada em um veículo motorizado são de 1 em 5 mil. Ou se você prefere ser mais otimista, as chances de ganhar na Mega Sena com um jogo de sete números é de 1 em 7 milhões.
Mito 2 – Acidentes não deixam sobreviventes
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No Brasil, cerca de 80% dos acidentes ocorrem no pouso ou na decolagem, segundo informações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Raramente um acidente acontece enquanto o avião está em altitude de cruzeiro.
Segundo números do National Transportation Safety Board (NTSB), cerca de 95% dos passageiros envolvi¬dos em acidentes aéreos nos EUA entre 1983 e 2000 sobreviveram. É considerado um acidente qualquer um evento em que qual¬quer pessoa sofre morte ou lesão grave, ou em que a aeronave sofre um dano substancial.
Mito 3 – Turbulências podem ser perigosas
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Turbulências podem ser bem assustadoras. Ninguém gosta de ter o corpo balançado a 10 km de altura. Mas não se preocupe, as turbulências por si só não causam acidentes.
Aqueles chacoalhões violentos podem dar a impressão que o avião não irá aguentar o tranco, mas na verdade essas aeronaves são preparadas para aguentar muito mais do que isso.
Mito 4 – Raios podem ser perigosos
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A chance de um avião ser derrubado por um raio é quase nula. O último registro de um acidente de avião causado por um raio foi em 1962, nos EUA, com um Boeing 707. De lá pra cá, a tecnologia se aprimorou muito. Além de ter pára-raios, os aviões são feitos com uma carcaça de alumínio, que faz com que a descarga elétrica do raio passe pela fuselagem e seja desviado pelo ar, continuando seu curso normalmente.
Mito 5 – Você pode ser sugado se alguém abrir a porta
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Realmente, abrir a porta de um avião pode ser bem perigoso. Mas a verdade é que é praticamente impossível conseguir abrir a porta da aeronave. Depois que a porta é fechada, a pressurização da cabine sela a porta. Então fique tranquilo: é impossível, a menos que alguém tenha uma força sobre-humana, realizar essa tarefa.
Mito 6 – Um celular pode derrubar um avião
Créditos: John Lamb/Getty Images
Há alguns mitos e verdades aqui. O mito se baseia na tese de que as ondas eletromagnéticas emitidas pelo celular e outros aparelhos eletrônicos podem interferir nos instrumentos do avião.
Essa, no entanto, é um tese que nunca foi comprovada. O assunto inclusive já foi alvo do programa Caçadores de Mitos, da Discovery Channel, e o mito foi considerado detonado. Nunca foi registrado sequer um acidente causado pela interferência de aparelhos eletrônicos no avião. E convenhamos, se celulares fossem realmente perigosos, eles seriam confiscados no embarque e devolvidos apenas no desembarque, certo?
Por outro lado, a possibilidade teórica realmente existe. Como seria difícil para as agências reguladoras testarem todos os aparelhos eletrônicos do mercado para saber se eles podem ou não causar interferência, o mais fácil é simplesmente pedir para desligarem os celulares, nem que seja só por educação.
Fonte: Gabriel Tonobohn (discoverybrasil.uol.com.br)