Primeiro Bandeirante produzido pela Embraer, em São José dos Campos (SP)
A AEL é uma empresa brasileira que a mais de duas décadas realiza projeto, desenvolvimento, fabricação, manutenção e suporte logístico de produtos eletrônicos, de usos militares e civis, empregados em veículos aéreos, marítimos e terrestres, tripulados ou não. A empresa é associada da ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança) e AIAB (Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil).
O avião Bandeirante decolou de São José dos Campos (SP) pela primeira vez em 1968, sendo fruto de um projeto bem sucedido liderado pelo extinto Ministério da Aeronáutica, hoje COMAER. Em 1970 o avião começou a ser produzido em série e comercializado pela Embraer, que fabricou 498 unidades, em 16 versões diferentes, tendo encerrado as suas vendas em 1991. Os modelos foram adquiridos por 36 países sendo os EUA o principal cliente. Ainda hoje estão em operação 300 unidades do Bandeirante.
A Força Aérea Brasileira (FAB) comprou 253 aviões do tipo Bandeirante dos quais 156 unidades são destinadas a operações no território nacional como o transporte de pessoal e cargas, missões de reconhecimento e treinamento de novos pilotos. A partir de 1978 a FAB começou a usar uma versão do Bandeirante para as suas missões de patrulhamento do nosso extenso litoral. A versão, o Bandeirante Patrulha (Embraer P-85) passou a ser chamada, no ’dialeto fabiano’, de "Bandeirulha". Com o passar do tempo os "Bandeirulhas" receberam a instalação de diversos equipamentos para melhorar a sua capacidade operacional. Os Bandeirantes pertencentes à Marinha são também utilizados no patrulhamento do mar.
De acordo com o COMAER estão sendo implantados nos Bandeirantes em manutenção novos sistemas de aeronavegabilidade, de mecânica, hidráulica e combustível, pintura e forração interna. O principal objetivo da modernização da frota de aeronaves é prolongar o seu tempo de vida útil em até 20 anos. Estima-se que o custo unitário médio da reforma das aeronaves é de US $ 555 mil.
Segundo Ozires Silva, engenheiro aeronáutico que participou do grupo de projeto e desenvolvimento do Bandeirante além de fundador e ex-presidente da Embraer, o avião não apresenta problemas estruturais e pode ser utilizado por um longo tempo sendo trocados alguns dos seus sistemas. Ozires declarou ("O Vale", 30/06/2010, p. 10) que "a modernização dos Bandeirantes da FAB representa uma economia na compra de equipamentos caros e que não tem um tempo de vida tão longo, a fuselagem do avião é resistente impedindo-o de sair de linha tão rapidamente".
Fonte: brasilwiki.com.br - Foto: Embraer/Divulgação
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Veja matéria de 2008 sobre o aniversario dos 40 anos do primeiro voo do avião Bandeirante da empresa Embraer: