De acordo com a Sata, a empresa já está na posse do relatório da inspeção feita ao avião, esperando-se um parecer até, provavelmente, ao final do mês.
A transportadora aérea açoriana dissecou hoje o incidente com o seu Airbus A320-214, prefixo CS-TKO, o “Diáspora”, que efectuou uma aterragem dura no passado dia quatro de Agosto, em Ponta Delgada.
Em conferência de imprensa, o presidente do conselho de administração da Sata, acompanhado por outros responsáveis por diversos sectores da companhia, voltou a reafirmar que a transportadora, no caso do incidente do Diáspora, cumpriu à risca com o que está previsto em termos de segurança, na aviação civil, informando as autoridades competentes, nos prazos considerados legais, de tudo o que se havia passado.
Num extenso comunicado, António Gomes de Menezes explicou o processo desde o seu início, recusando-se, contudo, a apontar a culpa pelo incidente e pelo arrastamento deste processo a alguém em particular.
O responsável máximo pela transportadora preferiu sim, realçar a qualidade dos serviços da Sata, alguns com reconhecimento por parte de algumas instancias internacionais, não refutando, todavia, que os valores da referida “hard landing” atingiram os 4.86 G, isto apesar de não ter causado danos visíveis na aeronave, situação que fez com que a mesma continuasse a voar durante mais dois dias, altura em que entrou para uma inspecção periódica nos serviços de manutenção da Tap, em Lisboa, a qual já estava previamente marcada.
Desde então, o Diáspora não voltou a voar, uma vez que foram detectadas anomalias mínimas na sua estrutura, optando a Sata, como medida preventiva, proceder à total revisão do avião, algo que já está concluído.
Agora, conforme está definido, o relatório da inspecção já foi enviado - no passado dia oito de Outubro – para Airbus, sendo que a empresa irá analisar o mesmo. Depois, segundo adiantou António Gomes de Menezes, o conselho de administração da Sata seguirá o parecer técnico da Airbus no que respeita ao estado de aeronavegabilidade do avião. Dito de outra forma, caberá à Airbus decidir se e quando o Diáspora reúne todas as condições para voltar a voar em completa e absoluta segurança, o que se prevê aconteça até ao final do mês corrente.
No final do comunicado, o presidente do conselho de administração da transportadora aérea açoriana reafirma que “pelo relatório do GPIAA, fica demonstrada a veracidade da informação prestada pela Sata, bem como a correcta condução deste processo, contrariando aqueles que procuraram utilizar este incidente para minar a credibilidade e o prestígio da Sata e a confiança que inspira aos seus clientes”.
Fonte: Jornal Diário - Foto: Luis Correia